[N/A: comecem escutando First Love - Yoongi (Wings)]
Jimin sentou-se sobre o banco do grande piano de cauda que se encontrava sobre o carpete do local arejado pelo vento das várias janelas abertas. Seus fios brilhavam sob o sol e seus lábios curvaram suavemente com os pensamentos em Jeon e suas inúmeras referências doces que mantinha consigo ao longo do tempo.
Seus dedos acariciaram as teclas parando num acorde em Lá, precionou-as. Aquele som o levou, automaticamente, à uma lembrança:
Os olhos grandes do garotinho arregalaram-se, sentiu que seu pai iria fazer algo surpreendente e extraordinário.
Tudo era singular e especial para o pequeno, que ainda descobria o mundo pouco a pouco. Seus braços levantaram-se enquanto pedia colo e seu pai não resistiu em pegá-lo e o beijar a face com carinho.
"Papai, o que é isso?" Perguntava lentamente, já que as palavras não saiam com a facilidade de uma dicção costumeira.
"Isto é um piano. O papai vai te ensinar a tocar."
O jovenzinho foi colocado no assento.
Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto do homem que respirou fundo antes de preencher novamente o recinto com um acorde em Dó maior e, tempo depois, com Fá.
Ele observava o progenitor tocar uma canção tão lenta, melódica; contudo, esperava-o acabar. O dedos passeavam tranquilos pelo teclado e Jimin gostaria de saber como tocá-lo, todavia, descobriu cedo que, se observasse, aprenderia a fazer mais rápido posteriormente.
Lembrava claramente da letra da canção que saia como suspiros da voz cansada de seu pai, que ainda reservava tempo para estar consigo antes da morte.
"No canto da minha memória, um piano marrom fixo em um lado. No canto da minha casa de infância, um piano marrom fixo em um lado." O homem proclamava como se o texto fosse um poema.
"Eu me lembro daquela época, mais alto que eu, o piano marrom que me guiou. Eu olhei para você, eu ansiei por você. Quando te toquei com meu pequeno dedo."
Aquela era a música que seu pai o ensinara perto da morte. Sorriu.
"Eu me sinto tão bem, mãe. Eu me sinto tão bem. Eu toquei o piano por onde minhas mãos me levassem. Eu não sabia da sua importância naquele momento, eu estava contente em apenas te observar."
Mas Jimin não conseguia mais cantar, suas palavras saiam tão embargadas quanto as notas do piano, que ficavam com a intensidade cada vez menor. Seu peito doía, sua voz falha gemia fraca em dor de saudade.
"Mãe..."
Não sabia ele que dali Hoseok o olhava. Chorando ao compasso do instrumento, tal como Park, que não sabia o quão complexa fazia-se a história do cunhado.
[N/A: já pode parar de ouvir, ksksks.]
Isso até percebê-lo.
"Oh, príncipe Hoseok..."
"Kim Taehyung, tocas lindamente..." Ambos se empenhavam para limpar as lágrimas sem que o outro percebe-se, sem notarem que a situação era, por si só, genuinamente nítida para os dois lados.
"Obrigado... Deseja sentar-se junto a mim?"
Sentados, Park tomou coragem para perguntá-lo:
"Quem o fez mal, príncipe Jung Hoseok?" Concerniu quanto as palavras de Hoseok em relação a tal toxidade do castelo, esta que, claramente, o havia consumido.
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Exchange
Historical Fiction{CONCLUÍDA} "Possui certeza em relação a isso, Jimin?" "Eu possuo, vossa alteza."