Doente

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Maratona: 3/3.

Bônus 2.
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Solar chegou na pequena casa caindo aos pedaços, antes abandonada, da família Heo, o local que trazia à mãe dela tantas sensações ruins, porém, ao entrar no quarto em que dividia com sua irmã, a gêmea da rainha sorria.

As lembranças mais suportáveis chegavam como um rio se formando pela chuva.

"Mamãe?" Perguntou e percebeu que esta não a tinha ouvido. Tocou em seu ombro e a mulher, no reflexo do susto, o pegou com força,

"Ah, é você..."

"Mãe..."

"Logo Park Jimin morrerá." Sentou-se na cama suja.

"Ouvi dizer que ele estava melhorando" a garota disse e percebeu, pela face da mulher: algum servo do castelo havia sido corrompido para envenená-lo.

"O meu infiltrado deposita doses homeopáticas da substância na corrente sanguínea dele. Como havia dito: logo Park Jimin morrerá."

"Ele realmente precisa morrer, mamãe? Parece ser um garoto tão bom, amável."

"Sua descrença para com o meu plano me deixa magoada, filha." e aquela palavra era o gatilho para que ela não dissesse mais nada. Pois Min Sun nunca a chamava de filha, tanto, que colocara o sobrenome de sua mãe na filha, para que não parecessem familiares.

"Desculpe-me, mamãe." curvou-se e restirou-se dali com olhos marejados, indo limpar a cozinha para preparar algo.

Chorou, então, pois o que executaria nunca mais faria sua mãe chamá-la pelo tal nome.

Yong-Sun virou para o balanço e sorriu, pela primeira vez em cinco anos sua mãe a levara para o parquinho.

"Vamos brincar, mamãe!"

Ela não brincou com Solar, mas a menina, acostumada, continuou a brincar sozinha: descia e subia no escorrega, brincava de amigo imaginário na casinha.

Ouviu um latido e correu para a porta da casinha, indo observar o acontecimento. Sua mãe tentava espantar um filhote de cachorro que tentava brincar.

A mulher gritou com o filhote e o chutou de raiva. Ia da água para o vinho bruscamente.

"Me deixe em paz, cachorro de merda!" Bravejou e o bateu tanto que o filhote desfaleceu em cinco minutos, depois da mulher colocar o peso de seu salto agulha sobre a cabeça dele.

Suava e pressionava o crânio do animal sobre a areia comprimida.

E ali Solar chorou de medo pela primeira vez.

"Sua mãe é louca." falavam a si.

"Ela precisa de tratamento, Solar."

Ela nunca acreditou em ninguém, mas agora que observava, até mesmo Solar necessitava de alguém que a ajudasse a cuidar de si mesma.

Porquanto uma vez que seu coração se despedassava há anos, não guardava nela mesma a capacidade de curar a outro.

Tremeu enquanto arrumava a bancada da cozinha, com inúmeros pensamentos rondando-a.

O servo chegou ao circunscrito:

"Como ela está?" Jogou seus pertences em cima da mesa de jantar, tal qual tinha presenciado o assassinato dos pais e avô das gêmeas pelas próprias mãos.

"Preciso sair, quando a comida estiver cheirando muito, apague o fogo." colocou sobre a própria cabeça um capuz e seguiu até o parque.

Algumas crianças brincavam entre si e com seus pais. Um senhor sentou perto e sorriu.

"Saudade da infância?" Questionou-a e a menina sorriu triste.

"Não, senhor." respondeu e observou uma criança batendo palmas e pulando após seu pai fazer uma mágica, o que fez com que mais crianças viessem até ambos e pedissem para que ele repetisse.

"Uma jovem tão bonita deve sentir saudades de algo." O senhorzinho sorriu e as rugas cobriram ainda mais seus olhos, demonstrando da alegria que sentia.

"Ai!" a garota estava com uma careta de dor e seus primos chegaram preocupados até a menina no chão.

"Solá! Você está bem?" Jungkook arregalou os olhos ao ver o machucado, ainda era muito novo e parte da dicção deste era falha.

"Viu? Eu disse para que não corresse, idiotia!" Hoseok ajoelhou-se e negou com a cabeça, pegando-a no colo e levando-a para dentro enquanto esta esforçava-se para não derramar lágrimas.

Era o mais velho e sempre os protegia. Com eles, Solar não se sentia sozinha, inferior, ou culpada.

Hoseok sempre atencioso e cuidadoso, feliz e sorridente. Nunca havia brigado consigo como sua mãe brigava. A chamava de idiota e burra, porque se preocupava. Não era semelhante as surras de sua progenitora.

Jungkook era sapeca e fazia todos rirem. Não retirava seus óculos sem lentes para fingir ser inteligante como o irmão, que era sua inspiração na época.

Sim, ela sentiu falta daquilo, por alguns instantes. Porque eles eram, de fato, seus irmãos.

"Tia! Olha o meu desenho!" Sorria grande. "Esse é o Kookie, essa sou eu e esse é o Seokie." Min Jin a elogiou a falou que desenhava lindamente.

"Se continuar desta forma, possuirá muitos dotes para agradar teus pretendentes futuros."

"Pretendentes?"

"Não se preocupe com esta palavra." Sua tia acariciou suas madeixas como sua mãe nunca fazia, havia tanto zelo ali. "Se preocupe em se divertir, querida."

Mas sua Min Jin também a havia deixado, não por querer, e sim por conta do veneno injetado em si. E ela havia ajudado naquilo, matá-la, no entanto, aparentava ser tão natural anteriormente, fazer o mal.

Ela sentiu seu peito apertar novamente:

"Eu sinto, sinto saudade da minha família."

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FALTAM TRÊS CAPÍTULOS PARA TERMINAR, TÔ EM CHOCK. SCR!

Oq acharam do capítulo? Espero que tenham gostado!

Alguma teoria?

Até next week, provavelmente! Roxo vocês! 💜💜💜💜💜🌻🤧🤧🤧

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