The Beginning Of The End

2| A droga da minha vida nada interessante.

.｡.:*✧Yumi✧*:.｡.

A infância geralmente é lembrada como a melhor época da vida de uma pessoa e possui um valor absurdo para muitos que sabem aproveitá-la. Crianças correndo e brincando no parquinho em uma tarde ensolarada, risadas e sorrisos sinceros, palavras ditas com bondade e honestidade, energias positivas, bom ânimo e muitas outras baboseiras que até me deixaram entediada. A verdade é que foram poucas as vezes onde obtive atenção e carinho o suficiente de meus pais quando menor, claro que isso afetou grande parte de meu psicológico, afinal esses são os principais elementos que pais com responsabilidade podem oferecer ao seus filhos para trazê-los bem estar e conforto. É uma pena dizer que nem todos adquirem a sorte de fazer parte de uma verdadeira família.

Parando um pouco de falar sobre meu passado problemático, até hoje tento saber lidar com certas coisas e situações, ou seja, os problemas não me deram uma folga. Digamos que atualmente aprendi a ter auto controle e a ignorar grande parte do que acontece, quando percebo que tal coisa não fará diferença alguma ou deixa de valer a pena, em outras palavras, uso os famosos "tanto faz", "estou nem aí" e quando preciso "foda-se essa merda". Posso garantir que isso funciona até certo ponto.

Tudo bem, indo realmente ao que interessa, nem tanto, me chamo Kim SeokYumi e tenho 22 anos de idade. Minha vida torna-se um padrão contínuo quando desperto-me em um pulo devido ao despertador irritante repousado sobre o criado mudo perto de minha cama, algo sem necessidade pois nem possuo um emprego, me encaminho cambaleante ao banheiro á poucos passos de distância do quarto, escolho por tomar um banho gelado a fim de realmente acordar e vou a cafeteria não tão longe de casa. Sempre procuro relaxar e afastar o mal humor as vezes presente.

Durante minha caminhada por sobre as ruas pouco movimentadas e parcialmente neblinosas de Seoul, entro em um mundo pensativo e sou bombardeada por lembranças do curto período de tempo que passei no Brasil juntamente aos meus familiares, sendo mais específica, com minha mãe, pai e, bom, meu irmão mais velho já se torna um outro assunto. Meus pais são Coreanos, entretanto optaram por morarem lá graças ao local que julgaram ser agradável e exótico de uma maneira boa. Já meu irmão seguiu um rumo um tanto quanto diferente, pois preferiu ir morar com nossos avós no Japão, e tudo por motivos de que os mesmos sempre o diziam que o pagariam a melhor universidade de medicina já conhecida no continente. Seu sonho desde pequeno fora tornar-se um doutor de importância e assim ajudar os outros, deste modo ele não precisou pensar muito para acatar essa proposta que aos seus olhos era irrecusável. De princípio não dei muita importância para isso, porém quando perdemos contato totalmente, comecei a pensar que nunca mais nos veríamos e fiquei chateada em um nível extremo. Ele era o único que ainda estava ao meu lado e do nada simplesmente se foi sem ao menos avisar-me.

Flashback on

Fazia-se apenas algumas horas que eu havia chegado á casa de meus pai e confesso que estava muito feliz por vê-los depois de tanto tempo distante, mas reparei que ambos não esbanjaram a mesma reação que eu quando nos reencontramos. Notei a falta da presença de Jin, meu irmão, conosco e resolvi perguntar á eles.

- Onde está Jin ? *Nesse momento os vi exitarem*

- Você sabe que ele sempre foi apaixonado por medicina. Tentamos a todo custo impedi-lo de continuar com isso, mas... *Minha mãe respirou fundo para então prosseguir* - Ele escolheu ir viver com os avós, pois no seu ponto de vista poderiam o dar uma vida melhor.

- E porque ninguém avisou-me nada sobre ? nem mesmo ele ?

Eles balançaram a cabeça em negação e como se isso não houvesse me afetado, resolveram mudar o rumo do assunto e fingir que nada havia acontecido. Mais uma vez eu tentava manter o controle e não dizer tudo o que pensava á eles, pois certamente os magoaria. Decidi que não pensaria sobre isso pelo pequeno tempo ao qual passaria ali, até porque algo me dizia que eu não era totalmente bem vinda e não queria estragar ainda mais as coisas.