Capítulo 5: Um novo Amigo

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☼♡ Kumi ♡☼

Sinto que estou em um local macio, provavelmente em minha cama, coberta com meus lençóis e com uma música tocando suave ao fundo. Porém não me lembro de como cheguei em casa, muito menos de ter me deitado na cama para dormir.

Taehyung...

Este nome me vem à cabeça e sinto um frio na barriga. Recordo-me do que houve na noite anterior. Me lembro do rapaz bêbado e de tudo.

Levanto-me em um só impulso, o que me faz ter tontura e tombar para o lado. Me escoro na cômoda próxima a cama tentando recobrar o equilíbrio e esperando a sensação passar, porém para não cair me sento na cama novamente.

Após alguns minutos encarando o vazio e sentindo minha cabeça doer persistentemente, ouço uma voz vinda da porta.

- Tudo bem?

Olho na direção da voz, vejo um garoto de cabelos castanhos claros, olhos amendoados e pele clara.

- Sim. - Digo. - Você se chama Taehyung, não é?

- Sim. Que bom que se lembra. - O mesmo se aproxima devagar. - Eu não sabia onde você morava, então te trouxe para minha casa.

- Obrigada por me ajudar ontem. - Abaixo o olhar com vergonha.

Ao olhar minha roupa percebo que estou com uma blusa preta masculina bem maior que meu número de roupa, além de estar sem minha calça jeans rasgada. Me cubro com o cobertor rapidamente. Arregalo meus olhos em choque.

- O que você fez com minhas roupas?

- Bom, sua blusa estava rasgada, por isso troquei por uma minha. - O garoto coça a nuca sem jeito. - E sua calça jeans não parecia muito confortável para se dormir então...

- Você tirou minha roupa? - Estava a ponto de entrar em pânico.

- Apenas a calça. - Taehyung levanta as mão acima dos ombros. - E não vi nada, eu juro.

Me remexo desconfortável na cama. Saber que um garoto tirou sua roupa enquanto você dormia não é uma notícia tão boa logo de manhã. Porém Taehyung não parece ser o tipo de pessoa que faria mal a outra apenas por prazer.

- Qual seu nome? - Ele pergunta se sentando na ponta da cama.

- Kumi. - Me encolho um pouco. - Kumi Naidoo.

- Prazer, Kumi. Sou Kim Taehyung. - O mesmo me direciona um sorriso quadrado, diria que é até fofo se não fosse um estranho para mim. - Não vou te machucar, se não, para que a salvei?

- Está certo, você tem razão. - Concordo com um aceno de cabeça.

- Poderia me dizer o que aconteceu? Eram quase uma hora da manhã. - Ele franze a sobrancelha. - O que fazia sozinha lá com ele?

- Não tive opção quanto a ficar sozinha com ele, fui encurralada. E eu estava sozinha porque gosto de andar na rua antes de dormir...

Eu não iria contar a ele que tomo calmante antes de dormir e nem que moro sozinha sem nenhum parente no país, ainda não acredito totalmente nele.

- Ele te machucou?

- Não...

- Então por que desmaiou?

Droga. Vou ter que contar mesmo a ele?

- Eu não me sentia muito bem. Apenas um mal estar comum, devia ser por causa do estresse e susto que passei. - Minto.

- Entendo. Quer comer algo?

- Não estou com fome. - Nego com a cabeça.

- Qual é! Depois de ontem deve estar com pelo menos um pouco de fome.

The Beginning Of The EndOnde histórias criam vida. Descubra agora