EPISÓDIO #07

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Virgil não aguentava mais esperar Após a conversa com Barry, ele não pôde retornar diretamente para casa. O velocista o informou que ele passou vários horas desmaiado/tendo sua lente mente lida por J'onzz e que a papelada do acordo só ficaria pronta na manhã do dia seguinte.

Com isso, Barry o guiou para um quarto privado para que ele pudesse esperar. No fim, o jovem sabia que aquilo era um jeito de falar cela temporária já que ele não poderia sair dali. O velocista foi resolver problemas de herói ao redor do planeta, deixando-o a sós.

Barry havia contado a Virgil que aquilo era uma das instalações secreta da Liga em Central City. O garoto ficou curioso para saber mais sobre aquele local e sobre todas as outras coisas envolvendo a organização que cresceu admirando, no entanto, teve que se contentar no momento com quatro paredes sem janelas, uma cama confortável com lençóis brancos e diversos produtos da linha do Flash.

As HQs eram as mais populares e Virgil já tinha lido tudo aquilo (até porque senão Richie o importunaria até ele ler). Não tinha muito mais o que fazer então ficou folheando as páginas para distrair sua mente sobre o que estava prestes a acontecer. Mil cenários sobre como seu pai e sua irmã reagiriam a notícia desfilaram em sua mente.

Eventualmente, ele conseguiu dormir. Acordou com batidas leves na porta. Barry entrou com a mochila de Virgil em uma das mãos e um óculos na outra.

-- Aqui estão suas coisas. Coloquei uma muda de roupa pra você se trocar também antes da gente ir. -- Virgil segurou sua mochila.

-- E pra onde nós vamos?

-- Nós vamos de trem de Central até Dakota. Na estação vamos encontrar o Freeman e de lá partimos para sua casa. -- Augustus Freeman era o representante judicial da Liga da Justiça, além de ser o herói conhecido como Ícone. -- Está na hora também de você começar a conhecer alguns dos nossos apetrechos.

Barry levantou os óculos.

-- Nós apelidamos esses aqui de clarks, em homenagem ao nosso querido garoto do Kansas. Como os civis sabem a minha identidade secreta e a de Freeman não seria bom para nós irmos até sua casa em nossa aparência habitual então vamos nos disfarçar de pessoas que apareceriam por lá e não chamariam a atenção.

Assim que o velocista vestiu os óculos, Virgil não o enxergava mais como Barry Allen e sim como seu melhor amigo, Richie.

-- Isso...como...pera...então é assim que...

-- É sempre divertido ver as reações das pessoas na primeira vez.

-- Como vocês conseguiram copiar meu amigo?

-- Redes sociais. Não foi difícil reunir fotos e vídeos que ele ou colegas postaram. O computador fez a análise e montou um esquema holográfico 3D.

-- Então tipo, tem como virar qualquer pessoa?

-- Você não vira a pessoa, você cria uma projeção da aparência da pessoa que fica basicamente em cima do seu corpo todo. Precisa ter cuidado porque se escolher alguém muito diferente de você, o disfarce pode ser comprometido. Por exemplo, se eu estivesse me passando por alguém com uma barriga maior que a minha era capaz de se eu me espremer para passar por uma mesa e quem me olhar perceber que minha barriga vai passar através do objeto. Vair ficar bem nítido que aquele corpo é falso.

-- O mesmo se você fingisse ser alguém com cabelo comprido, ele pode meio que esbarrar em coisas e você nem perceber, mas pra quem tá olhando vai ver que é um holograma.

-- Exato. A gente faz treinamentos em missões de infiltração, mas no caso de algo simples como hoje, não é preciso pensar tanto. Ainda tenho a vantagem do seu amigo já usar óculos.

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