Capítulo 8

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Carter

Depois da minha discussão com a Mia, entendi que muitas mulheres com quem me relacionei tinham intenções de um futuro casamento. E que agora que estava casado, e futuramente quando me divorciasse não seria mais o mesmo, seria um divorciado com um filho. Essa constatação me fez odiar meu avô, era graças a suas ideias insanas que estava passando por tudo aqui.

Com o termino com Mia minha vida sexual estava arruinada, pois não pretendia fazer a Ella passar por situações desagradáveis, por sair tendo casos por ai.

No outro dia eu me desculpei com a Ella pela desagradável aparição de Mia. No jantar daquele dia ela me disse que teria consulta no dia seguinte e me convidou para ir, eu respondi que tentaria ir para não ficar chato, pois não pretendia ir.

No dia seguinte, acordei mais cedo e sai sem falar com ela, preferi assim para evitar qualquer constrangimento. Quando cheguei à empresa não consegui me concentrar em nada, meus pensamentos estavam na Ella, ali eu percebi que estava sendo um covarde, pois por mais que eu não quis ser pai, o bebê já estava ali e nada mudaria isso.

Então em um rompante peguei as chaves do meu carro e sai em direção ao consultório onde Ella fazia seu pré-natal. Cheguei lá uns minutos atrasados e Ella já estava na sala do médico, me identifiquei e pedi para que a secretaria perguntasse se eu poderia entrar.

Entrei e me sentei ao lado da Ella e me desculpei pelo atraso, o médico estava passando um aparelho sobre a pequena barriga dela, no dia a dia eu nem tinha percebido que a barriga dela já estava crescendo.

Depois de alguns minutos o médico nos informou que teríamos uma menininha e para me desestabilizar totalmente ele soltou o som do coraçãozinho dela que ecoou forte e ritmado preenchendo a sala toda. E naquele momento tomei consciência que um pedacinho meu crescia dentro da Ella e que eu faria o possível para faze lás feliz. Saímos do consultório e seguimos em silêncio para casa, a deixei e voltei para o trabalho.

Os meses que se seguiram foram os mais felizes que já vivi, voltar para casa todos os dias após o trabalho tinha outro sentido, pois sabia que teria Ella me esperando. Conviver com ela era tão simples, ela me trazia paz e enchia a casa de vida. Acho que me apaixonei por minha esposa de conveniência e isso me assustou bastante.

De Repente PaiWhere stories live. Discover now