A Day At The Park

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Hoje de manhã acordei com uma súbita vontade de ir correr para o parque. Decidi então pôr-me a pé e ir tomar un duche e preparar-me para uma corrida no parque.

Depois de pronta fui a pé até ao parque, visto que não era muito longe de minha casa, 10 minutos.

O parque não estava muito cheio o que era bom, odiava estar a correr e o velhotes sentados nos bancos do jardim a mandar piropos.

Liguei o meu MP3 e coloquei os fones; Green Day faziam o ritmo da minha corrida, depois de mais de uma hora a correr, dirigi-me para casa para tomar banho e preparar-me para mais uma tarde a traduzir aqueles livros enormes e chatos, sobre tecnologia.

Enquanto me dirigia para a saída do parque um cheiro muito característico interrompeu os meus pensamentos , decidi interromper o meu caminho para casa e dirigir-me à pequena rolote de cachorros quente.

O empregado da barraca estava de costas, por isso carreguei na campainha que havia em cima do balcão.

Quando este se virou os meus olhos bateram nos dele e a minha boca boca abriu-se ligeiramente e quando ia para fazer o meu pedido, as palavras não saíam da minha boca. Eu estava perdida naqueles olhos azuis.

Depois de mais de 2 minutos a encará-lo uma voz velha fez-me despertar.

- Então vai demorar a pedir!? - virei-me para trás e encarei um senhor já com os seus 60 anos atrás de mim, era um daqueles que costumava estar sentado nos bancos de jardim a mandar piropos.

Voltei a virar-me e lá estava ele mas agora com um sorriso enorme nos lábios.

- Sr. Watson  o que vai desejar?  - o quê?! Ele passou-me à frente?! - Porque aposto que esta menina ainda não decidiu o quê vai querer, verdade?! - Aquela voz! , não consegui responder apenas assenti com a cabeça.

- Queria uma bifana. - Enquanto que aquele Deus atendia o tal Sr. Watson eu fiquei a admira-lo. Depois de o tal senhor pagar ele virou-se para mim e disse:

- Já escolhes-te o que queres? - arrepiei-me toda quando os seus olhos bateram nos meus pela 2° vez hoje.

- Já-á! - gaguejei - Queria um cachorro sem alface e sem ketchup. - falei parando o contacto visual. Ele virou-se de costas e os meus olhos percorreram toda o seu corpo.

Ele virou-se e entregou-me o cachorro, paguei e dei uma trinca no meu cachorro.

- A sério que estiveste a correr tento tempo para depois vires comer um cachorro? - falou ele enquanto eu me viravá de costas para me ir embora. Voltei-me outra vez para ele e ele começou-se a rir, que giggle fofo. Fiz cara de quem não estava a perceber, ele pegou num guardanapo e entregou-mo. Ah!! Já percebi o porquê de ele se estar a rir, eu não acredito que tenho boca suja.

- Obrigada! - falei com a boca cheia o que o fez rir outra vez. Corei e voltei a virar costas para me ir embora quando sinto alguém a bater contra mim. Parei e não consegui mexer nenhum músculo até que ouvi um guincho.

- A menina viu o quê fez?! Claro que não, estava no mundo da lua! - o rapaz dos cachorros já estava a ajudar a senhora irritante a limpar o molho de mostarda e maionese que se encontrava na sua cara e cabelo.

- Desculpe! - falei baixo

- Acha mesmo que pedir desculpa resolve alguma coisa?

- Ela já pediu desculpa!! - o rapaz dos cachorros falou. Depois de muito resmungar a mulher foi-se embora ainda a rogar-me uma praga, ou duas.

- Tu és um bocadinho destraida. - corei e baixa a cabeça encarando o chão.

-Luke, e tu? - afinal tem nome.

- Julie!

- Espero ver-te por estes lados outra vez! - e assim fiz o meu caminho de regresso a casa sempre com aquele ser de olhos azuis chamado Luke no meu pensamento.

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 continua...

Luke Hemmings imagines (pt)Onde histórias criam vida. Descubra agora