Capitulo 11 - Mentiras

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Nem acredito que estou namorando, e que vou sair pra jantar. Só pode ser um sonho, sonho que eu não quero acordar nunca mais, penso comigo mesmo deitado na cama. Hoje as aulas passaram bem rápido, achei muito estranho. Mas o bom é que, quanto mais rápido passa o tempo, mais rápido chega a hora do jantar. Tayler disse que era pra eu esperar ele em frente à minha casa sete horas. Estou contando os minutos.

- Você vai almoçar? - diz minha mãe aparecendo na porta.

- Não, mãe, não estou com fome - digo.

A ansiedade não me deixa comer.

- Mãe, eu vou sair hoje, tudo bem? - digo.

- Sim, claro, só não volta tarde, ok? - diz ela.

- Obrigado, mãe, você é a melhor mãe do mundo - digo saindo da cama e indo dar um abraço nela.

- E você é o melhor filho do mundo - diz ela.

Acabamos o abraço e ela sai do quarto. Não vejo a hora de chegar sete horas. Bocejo, estou ficando com sono, acho que não estou mais tão elétrico assim. Antes de dormir, coloco e celular pra despertar seis horas, vai que eu durmo mais que o necessário. Então durmo.

Acordo com o despertador tocando, assusto e levanto rapidamente. Já está quase na hora, preciso começar a me arrumar. Vou então tomar banho, um banho como se fosse o último banho que eu fosse tomar. Termino. Vou no guarda roupa, pego a melhor roupa que eu tenho, a ocasião pede. Visto, vou ao banheiro e penteio o cabelo, arrumo ele pro lado direto, deixando quase que um topete na frente. Ando em direção à cômoda para passar perfume, coloco o sapato. Acabo de me ajeitar e vou olhar a hora e vejo que faltam 5 minutos para as sete. Demorei de mais pra me ajeitar, mas a ocasião pede. Desço.

- Como ele está lindo, até parece que vai a um encontro - diz minha mãe, sentada no sofá.

- Quase isso, então, como estou? - digo.

- Pronto pra arrasar corações - diz ela.

- Não é pra tanto, mãe - digo.

- Não esqueça, não volte tarde - diz ela antes de eu sair pela porta.

- Tá bom - digo e fecho a porta.

Chego na calçada e olho o horário no relógio. Sete horas em ponto. Ele está quase chegando. E espero. Sete e dez. Nada. Sete e meia. Nada. Oito horas. Nada. Oito e meia. Nada. Nove horas. Chuva. Não acredito que ele me fez de trouxa mais uma vez. As lágrimas vem aos meus olhos. A chuva começa bem devagar, as lágrimas se misturam com os pingos de chuva que caem em meu rosto. Me viro e faço menção em entrar.

- Lian? - diz uma voz atrás de mim.

- Mika - digo ao ver quem é.

- O que faz aqui fora, desse jeito e na chuva? - diz ela.

- Não quero falar sobre isso - digo triste.

- Quer ir lá pra casa, aí você espairece - diz ela.

- Quero sim, assim não tenho que dar justificativas a minha mãe - digo.

Entro de baixo do guarda chuva que ela segura e vamos em direção a casa dela. Chegando lá, ela me dá uma toalha e umas roupas minhas que trouxe para cá quando vim dormir aqui, acabei esquecendo. Vou ao banheiro, tiro a roupa molhada e coloco a seca. Volto ao quarto.

- Então, o que aconteceu? - diz Mika.

- Deixa eu resumir, estou namorando e ia sair hoje pra comemorar com um jantar, mas acabei sendo feito de idiota - digo.

- Pera, que é muita coisa pra raciocinar. Você está namorando? - diz ela.

- Sim - digo.

- Com o Tayler? - diz ela.

Amor VerdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora