A música alta ressoa por todos os cantos da pequena cidade. É dia de festa. A duzentos anos atrás uma pequena vila surgiu e cresceu rapidamente e hoje carrega em si a história de muitas famílias que nela se formaram. Três dias depois de sua chega da Lucinda assiste contente com sua avó o desfile das três da tarde organizado pelo quartel do exército após ouvirem um longo e entusiasmado discurso do prefeito. Tudo está maravilhoso e muito bem organizado. Ambas se divertem e aplaudem junto a toda a vizinhança aos festejos da comemoração.
Ao final do desfile todos se dirigem para praça central onde as barracas da quermesse se encontram na frente do parque de diversões que, mais tarde, será a última atração da festa.
Luci caminha com sua avó pelas barracas experimentando uma guloseima ou outra de vez em quando.
- Veja, Luci, uma barraca de flores.
De longe a garota percebe as mais variadas espécies de flores e, sendo podada pelas mãos do vendedor, a sua mais querida: a peônia selvagem.- Vamos lá. Quero comprar peônias para colocarmos na mesa.
Diz Lucinda.
Quando se aproxima da barraca ela dá um passo para trás. Aquele rosto, cujo qual ela mal esquece volta a encontrar a encara, mas, dessa vez, seu olhar não está provocante e sim calmo enquanto corta o caule longo de algumas flores para que fiquem todas na mesma altura.
- Oh, querida, se importa de ir buscar as flores sozinha? Quero perguntar à senhora Berkeley como estão as vendas na quermesse para angariar fundos para o Lar dos Órfãos.
Fala sem nada perceber sobre a reação da neta.
- Cla... Claro.
Luci se recompõe ao responder a avó e caminha em direção as flores com demasiada pressa após tomar a decisão de confrontar ao garçom, ou seja lá quem for, que a venha perseguindo desde o baile de fim de ano da escola.
- Suponho que deseja um lindo buquê de peônias¿
Diz Cam, a pegando de surpresa antes mesmo que pensasse em dizer uma palavra. Lucinda não se deixa abater e o questiona irritada.
- Quem é você¿ Sabia que perseguição é crime¿
- Sou apenas um vendedor de flores.
- Ora, então o que estava fazendo no baile da minha escola¿ E no supermercado¿
- Acho que quis dizer nossa escola. Estou apenas trabalhando para conseguir uma renda extra e me manter na sua cidade até o fim dos estudos.
- E essa renda vem justamente da cidade onde vim passar as férias¿
- Pode-se chamar de coincidência ou de destino.
- Destino¿
- Sim. Uma força maior querendo nos unir.
- Que cantada barata. Você é louco.
- Não foi uma cantada. Vai querer as peônias ou não¿
- Eu não te disse o que eu queria.
- Elas me lembram você. Delicadas e ao mesmo tempo confusas.
- Você nem me conhece.
- Então deixe-me apresentar. Sou Cambriel, faz tudo, e seu, muito provavelmente, colega de
classe.Lucinda suspira. Nada adianta. Ele apenas a faz andar em círculos.
- Não vai me dizer seu nome¿
- Para quê¿ Você já não sabe¿
- De fato. Assim como sei que você não recusara meu pedido de desculpas em forma de flores
por ter causado tantos mal-entendidos. O que me diz¿
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Don't Let Me Fall
FanficFanfiction inspirada no universo de Fallen - série de livros da escritora Lauren Kate. *Os personagens e parte do universo pertencem a Kate, mas o enredo é de minha autoria. *Não contém partes da obra original. *PLÁGIO É CRIME*