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A casa está silenciosa, posso notar isso atrás da mesa do meu escritório, pois já faz alguns minutos, se não uma hora, que eu não perdi o foco ao prestar atenção no alvoroço de Taehyung. Eu voltei a trabalhar no meu antigo posto, mesmo sendo uma luta diária fazer isso e cuidar do meu filho ao mesmo tempo.
Agora com seus quatro anos recém-completados, ele se encontra cada vez mais hiperativo, curioso e ágil, Baek fica louco ao cuidar dele, e isso até é bom para o seu desenvolvimento, mesmo que um tanto perigoso. Tae muda de humor com frequência e em um período de tempo muito rápido, desde o último aniversário ele chora por tudo e às vezes por motivo algum.
Isso me rendia noites mal dormidas e uma cabeça cheia de preocupação, por isso largo imediatamente a ficha médica de uma das crianças do alojamento dos filhotes e me levanto à sua procura.
O corredor está vazio e a porta de seu quarto está aberta, mas eu sei que ele não estaria aqui sozinho e nem mesmo com Baek. Os dois provavelmente estão na cozinha fazendo biscoitos, ou na sala assistindo mais um musical de Barney e Seus Amigos.
Provavelmente estão bem, mas meu instinto paterno me diz para eu continuar procurando. Então desço a escada apertando meu hobby ao corpo, é fim de tarde, eu sei, mas já estou vestindo meu pijama, pois é mais confortável para trabalhar.
Além disso, hoje é sábado e Yoongi também está em casa, ou seja, é o dia da família, eu é que estou sendo inconveniente ao insistir no trabalho. Talvez fosse essa a razão da inquietação do meu lobo, eu sinto e ouço Naro rosnar dentro de mim.
Dessa forma, apresso o passo e entro na cozinha, mas só encontro Baekhyun sentado ao balcão. Ele ria e prestava atenção no reality show que passava na Tv pequena, onde as pessoas faziam algumas gincanas na areia da praia, ele fazia isso enquanto colocava uma massa em várias formas pequenas.
— Baek? — Ganho seu olhar risonho. — Onde está o Tae?
— Saiu da toca, hyung? — Ele pergunta carinhoso e suspira divertido com o programa. Baekhyun nunca se cansa de cuidar de mim e da minha família, afinal, essa é a sua função. — Tae e Yoongi estão no quintal, estou fazendo bolinhos para a sobremesa. — Pega uma colher, mergulha na massa crua e me entrega. — É de laranja.
— Hm. — Resmungo deleitoso ao experimentar o sabor. — Você é bom nisso.
— É. — Dá de ombros, risonho, quando na Tv um homem caiu na areia para ganhar um prêmio. — Estou praticando.
Ele ainda assiste ao programa sem noção por alguns instantes e eu também passo a prestar atenção naquela gincana louca, com os participantes sujos de areia como um frango empanado. Ele ri, eu também, até que me lembro do real motivo de estar aqui, é muito fácil eu me distrair na minha própria casa. E isso é bom, não é uma crítica.
Apenas com aceno, então, indico minha saída da cozinha e sigo pelo corredor curto. As luzes não estão acesas, mas ainda está claro com o fim de tarde. Os raios de sol invadem pela porta dos fundos e pelas janelas com de cortinas abertas, ressaltando a cor que eu mais amo: laranja.
A sala de jantar está vazia e silenciosa, há um prato sobre a mesa de vidro longa e um pote em formato de leão que diz que meu alfa e meu filhote haviam passado por aqui. Eles sempre deixam rastros demais. Logo em frente, o único som que paira baixinho no ar vem da sala de estar, em que um coro de crianças canta com o dinossauro roxo na Tv, mas aqui não há ninguém também.

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Wolf Thing | yoonseok |
Fiksi Penggemar[Concluída]Em uma alcateia pequena toda decisão é grande, então aceitar os contratempos da vida adulta acaba sendo a melhor alternativa para entendê-los e saber lidar com eles. Ou seja, tudo o que Hoseok e Yoongi mais precisavam em suas vidas.