06 - Um Sonho Efêmero

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✍🏻Notas Iniciais✍🏻

Oi, galera. Espero que esteja tudo bem com vocês. Como eu tinha dito, nesse mês teríamos mais de uma att pra felicidade de vocês.

Sendo este  um dos meus capítulos favoritos, eu não podia deixar de dedica-lo à uma pessoa que foi muito importante na minha jornada como escritor, lendo a minha primeira obra, que digo de passagem, era uma bosta total. Ela sempre me encorajou muito, além de ser uma pessoa com uma alegria contagiante, principalmente quando se tratava de falar de livros que ela estava lendo. Raquel, sei que você não pode ler isso mais, mas a suas palavras  estarão para sempre em meu coração.  Obrigado por tudo.


💚💙

O céu estava mudando seus tons conforme a noite chegava. Harry podia ver pelos vidros do carro um esboço de uma lua difusa e pontos pouco nítidos de estrelas começando a nascer sob um fundo cinza aveludado. Ele estava dentro do carro, esperando Louis descer com um nervosismo que fazia suas Mãos suarem. Mas o dia todo foi assim, pensou ele, uma vontade nervosa de alcançar o amigo com palavras doces e toques quentes que fariam o Tomlinson gemer com o roçar de suas peles, uma urgência que já mais ele sentia comandando seu corpo.

Com o canto de seus olhos, ele percebeu a porta da casa ser aberta, uma figura um pouco mais baixa que ele andando na sua direção. Quando Louis chegou mais perto, ele viu que o Tomlinson vestia um suéter bordô de zíper, o colarinho mandarim espanando a parte baixa de sua mandíbula. Por baixo ele vestia uma blusa branca de gola V, um cordão de couro marrom pendendo do pescoço, um  pingente de âncora brilhando na escuridão.

Ele estava lindo. Algo que tomou outras proporções, quando ele abriu a porta revelando calças beje que pareciam uma segunda pele agarrada ao seu corpo.

Harry estava realmente perdido.

"Desculpe pela demora." Ele disse como saudação. "As gêmeas queriam vir comigo de todo jeito."

"Não... não tem problema, Lou." Ele respondeu, a voz grossa de desejo. Ele arrancou com o carro, agora cheio do aroma de menta cristalizada e baunilha que o garoto mais baixo exalava. "Eu aproveitei pra perguntar Liam como vai a... situação dele."

Louis riu.

"Você quer dizer, se ele e o Zayn conseguiram transar?"

Harry sorriu divertido, as mensagens piscando em sua memória . Liam estava ficando impaciente e, um pouco, temperamental com as interrupções constantes do universo quando se tratava de levar Zayn para a cama.

"Liam me disse que uma criança jogou uma bola na janela do quarto dele dessa vez." Harry cantarolou.

Louis, como sempre, estava mexendo no rádio do carro tentando sintonizar uma boa estação. Geralmente, ele não conseguia ficar satisfeito com uma e vivia mudando até ficar enjoado e pular para a próxima.

"Zayn me disse que ele parecia querer pegar um dos cacos de vidro do chão e enfiar na carótida do menino, mas que ele não deixou." Louis fez um barulho de impaciência para os botões que girava incessantemente. "Seria uma manchete perfeita para os jornais: (Jovem Mata Criança por Frustração Sexual.)"

"Com toda certeza passaria no jornal que tem aquele âncora babaca. O das seis." Harry confabulou."No entanto, isso não faz muito a cara do Liam, mas tenho que reconhecer que Zayn está provocando ele ao ponto de ruptura." Ele virou a William Burgs tentando prestar atenção em algo diferente que não fosse Louis. "Eu não entendo como Zayn pode estar tão calmo."

"Realmente, não faz muito a cara de Liam, mas faz totalmente a cara de Zayn." Harry inclinou a cabeça em um pedido para que Louis explicasse. "Zayn gosta da ideia que esperar por algo implica. Ele é um cara charmoso, tímido e romântico, apesar de antes de Liam começar a namorar com ele, as pessoas não o verem como nada além do cara bonito que pegava qualquer um que queria. Liam é especial, e aposto que Zayn está com medo disso. Por tanto, eu não ficaria surpreso se Zayn estivesse meio querendo e meio evitando toda a situação."

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