Fetiches | Min•sung (REESCREVENDO)

Desejos incontroláveis

Desde que Jisung decidiu conversar com o artista plástico pelo kakaotalk ele não conseguia raciocinar direito, parecia estar sendo movido pelas suas emoções e a situação que acabou se inserindo deixava ele muito confuso e sem uma saída.

O desenho que havia ganhado de Minho está colado por uma fita durex no seu espelho presente na porta de seu guarda roupa. Parado em frente a este espelho, Jisung observou cada mínimo detalhe daquela simples arte, imaginou o que mais o artista poderia fazer se fosse realmente o modelo dele.

O Han já pensava nisso desde que encontrou o mais velho na boate de Seungmin, foi naquele momento em que seu cérebro havia parado de pensar, a diferença de altura entre eles acabou deixando Jisung com sua mente entorpecida, por breves momentos imaginou que estava subindo no colo de Lee Minho, mas por naquele momento ter sido a primeira vez que ficava cara a cara, o Han achava ser cedo demais para investir em algo, além do mais o artista é arromantico, o que complicava um pouco sua possível aproximação.

Mas nada era impossível para Han Jisung.

O músico olhou para seu corpo pelo espelho reparando nas meias arrastão que estava usando e na cinta liga, adorava se vestir com esses tipos de peças quando está sozinho em casa, um de seus principais fetiches era usar roupas femininas algumas vezes, gostava do contraste das peças com o seu corpo, por muitas vezes já tinha ido para a faculdade usando algumas delas, porém se sentia muito estranho e incomodado com os olhares que recebia.

Jisung dificilmente conhecia pessoas que gostassem dos seus fetiches, na boa maioria das vezes seus desejos eram deixados de lado para satisfazer o "outro". O menor desejava um dia poder encontrar alguem que também curtisse suas diferentes formas de se divertir numa relação sem ser taxado de estranho e esquisito, queria de fato descobrir como seria realizar seus gostos e fetiches com alguém.

Pensando sobre isso o Han acabou se Irritando consigo mesmo e pegou seu celular olhando para a tela, ainda nem são oito da noite e Felix ainda não havia chegado do estágio, Hyunjin estava ocupado com um teatro da cidade, então o Han nem cogitou a ideia de ligar para seu amigo naquele momento.

MinHo por algum motivo estava ignorando suas mensagens desde que mandou aquela foto, talvez tenha acontecido alguma coisa ou apenas ele não havia gostado do que ele fez, então sem ter alguém para conversar, Jisung respirou fundo e retirou as peças que usava para vestir um conjunto de moletom confortável, se deitou na cama se cobrindo até os ombros e encolheu as pernas abraçando o travesseiro para tentar dormir, mas sua mente perturbada não permitia.

Inconscientemente o Han passou a imaginar as mãos fortes do Lee apertar suas coxas, aqueles lábios finos e rachados por causa do frio sugar a pele levemente bronzeada de seu pescoço, sendo traído pelos seus próprios pensamentos, Jisung se virou na cama ficando de barriga para cima e encarou o teto com a tintura branca um pouco gasta pelo tempo, não lembrava exatamente quando que começou a imaginar tal coisa com o artista plástico, parecia loucura perceber que foi algo totalmente inconsciente.

O Han deu um tapa forte em seu rosto e depois reclamou da dor que começou a sentir em sua bochecha esquerda, bufou irritado e passou as mãos nos cabelos, aquilo estava ficando fora de controle, ele tinha que fazer algo em relação ao que estava sentindo por Lee Minho, pois não ia demorar para perder sua sanidade.

Jisung se levantou da cama e vestiu seus chinelos para sair do quarto, andou pelo corredor do apartamento até chegar na cozinha americana, abriu a porta da geladeira pegando uma garrafa de água gelada e tomou um pouco do líquido gelado desceu rasgando pela sua garganta causando uma sensação gelada em seu estômago.

O menor fechou a garrafa e colocou na geladeira novamente, após fechar a porta do móvel, Jisung se encostou nele e inclinou a cabeça para trás, massageou a clavícula direita sentindo uma leve dor naquele local por motivo desconhecido, era muito ruim ficar sozinho em casa em pleno final de semana e pior ainda era não ter vontade nenhuma de sair de casa.