Prólogo

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É dito que heróis não nascem prontos. São forjados na fornalha mais quente, do lugar mais inalcançável da torre mais sombria... Certo, exagerei, confesso, e me deixei levar pela liberdade criativa que me domina quando pego na caneta e no papel. Não quero entediá-lo, querido leitor, com os delírios deste artista que já passou por tantas aventuras e teve sua vida em jogo mais vezes que seus lábios beijados pelos encantos deste mundo. Sim, para que se mantenha acesa a chama do interesse por uma boa história, tentarei evitar os clichês. Não todos. Alguns, se me permite acrescentar. Ah, está bem, eu não resisto aos clichês, admito.

Voltando ao relato, o fato é: todos eles, os heróis, partiram de um ponto em comum: foram, em algum dia de sua vida, crianças cuja fé lhes permitiu acreditar que o bem sempre prevaleceria, por maior que fosse o mal. E foi essa crença — um tanto quanto inocente, porém, forte o bastante para moldar seu caráter — a energia que os tornaram persistentes em seus valores a despeito dos riscos, traumas, perdas, feridas e lágrimas.

Esse conto não é de fadas, apesar da existência delas nesse mundo. Tampouco é uma história mágica para acalmar os medos das crianças, embora haja magia. O que entrego a você, amigo leitor, é uma história real, cujos fatos aconteceram regados a sangue, suor e esperança.

(Bardo Paladino, Fábulas desconhecíveis dos Dragões de Jade).

ÁRIA DE YU - Os Talismãs de Jade (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora