Pregnant {Nate Maloley}

{seven}

Nate

    Debby me ligou chorando. Me disse que precisava conversar e que passaria na minha casa em 20 minutos. Bom, o tempo se passou e a campainha tocou. Estava chovendo muito. Abri a porta rapidamente e ela estava ali toda molhada, com seu rímel bem distribuído sobre suas olheiras. Ela me abraçou imediatamente e levantou, me olhou nos olhos, eu olhei no fundo dos seus e as lágrimas não paravam de descer. Ela ficou amarelada por um instante e encheu as bochechas. Ela iria vomitar. E fez.

—Me desculpa.— Ela disse surpreendida.— Posso entrar?— Ela perguntou na maior naturalidade. Pelo visto não era a primeira vez que ela vomitou em alguém.

—A casa é sua, Collins.— Eu disse e ela entrou. Tirei minha camisa e peguei o cobertor do sofá. Fiz sinal para ela sentar no mesmo e me sentei na poltrona, me cobrindo com meu cobertor.— Porque está aqui, Deb? Quer dizer, desde aquela noite, você sumiu.

—Há quatro dias atrás...— Ela colocou a mão no bolso e tirou uma caixa de la— Eu desmaiei. E decidi comprar isso.— Ela me deu em mãos e eu o vi. Era um teste de gravidez. Eu fiquei em choque.

—Sammy vai ser pai? E, o que eu tenho a ver com isso?— Eu disse entregando o teste para ela, enquanto fechava meu punho nervoso

—Nate, eu nunca transei com Sammy. Ou qualquer outra pessoa. Não além de você.— Ela disse enquanto seu choro diminuía cada vez menos.— Eu não fiz esse teste ainda. Quero fazer aqui. Na sua casa.— Ela disse e eu fiquei perplexo

—Deborah... você está dizendo, que...— Eu comecei a me tremer. As palavras simplesmente não saiam da minha cabeça, mas não conseguiam passar da minha garganta.

—Sim, Nate, eu posso estar grávida... de você.— Ela afirmou e começou a chorar de novo. Um desespero assustador passou a se distribuir em meu corpo. Ficamos alguns segundos em silêncio até que ela secou suas lágrimas e coçou a garganta.— Onde é o banheiro?

—Terceiro a esquerda.— Eu disse apontando para as escadas. Ela levantou sem dizer nada e apenas foi, com duas caixas na mão.

   Pensei em ligar para Kim, mas eu lembrei que ela também é melhor amiga da Deborah e eu tinha quase certeza que eu era o primeiro a saber daquilo.

   Quinze minutos se passaram e eu comecei a pensar na ideia de Nate Maloley ser pai. Faltavam uns 5 meses para meu último ano acabar, mas, e Deborah? Eu tinha 17, quase 18. Mas, ela ainda tinha 16 anos. O que iria acontecer com ela? E aquele padrasto idiota dela? O que ia fazer com ela?

   Meus pensamentos foram interrompidos por uma mensagem de Debby.