3°capítulo de o lado vampirico dos one direction

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Eu estava ficando com uma garota e podia sentir o seu perfume em vez do cheiro do seu sangue. Eu podia beijar seu pescoço sem querer mordê-la. Eu podia empurrá-la na parede enquanto a beijo, sem machuca-la. Eu podia fazer tudo com minha namorada. Se eu tivesse uma e se eu não fosse vampiro.

Acordo cansado desses mesmos sonhos a que venho tendo. Sonhos de quando eu era normal. Está enganado se acha que eu gostei de ter me tornado vampiro. Se eu pudesse saía fugindo assim que a Violet, mandou. Se eu pudesse não estaria bêbado e não andaria nas ruas de Londres naquela noite. Eu mudaria tudo. Niall pode ter se acostumado e pode estar aproveitando muito bem por ser um vampiro, mas eu não me acostumei, não com a ideia de que não sou um cara normal. Depois que vi o Niall querendo matar a enfermeira naquela noite, que tanto me aterroriza, eu tomei nojo do que me tornei. Eu com certeza mataria a mulher que nos transformou no que somos hoje. Não importa quem ela seja, o porquê de ter feito aquilo, apenas não importa. Eu a mataria com todo gosto e não olharia pra trás.

Levanto da cama e vou em direção ao banheiro, parando na frente do espelho.

Até que tem alguma coisa boa em ser vampiro. Eu ainda continuarei lindo. Pelo menos depois de lavar minha cara de texugo assim que acordo. Aí é uma exceção. –Faço uma careta a me ver e saio da frente do espelho, entrando no box.

Tomo um bom banho, me visto, porém não coloco a camisa. Meu café se resume em cerais, mesmo sendo quase hora do almoço. (Aham, vampiros dormem. E eu durmo até demais). Estou jogando o prato na pia, quando alguém bate na porta. Reviro os olhos. Niall já quer encher meu saco a essa hora? Caminho até a porta e paro bruscamente. Não é o Niall. É ela. Seu cheiro me permite identifica-la. Respiro fundo me deliciando daquele aroma, mas logo balanço a cabeça querendo me controlar. Ela bate mais uma vez na porta. Eu ajeito meu cabelo e abro.

– Hã... Oi.

– Oi.

– Então, você não estava no apartamento do Niall com os garotos e eu entreguei a eles papéis com as datas dos shows e já que você não estava eu vim aqui entregar né. – Ela diz percorrendo o olhar por meu corpo. Sorrio satisfeito. Ainda bem que não coloquei a camisa.

– Hum, obrigado Elisa. – ela me entrega o papel e eu franzo a testa ao olhar uma caixa na sua mão. Assim que ela vira as costas eu falo. – Posso saber o que você vai fazer com essas caixas? – pergunto meio envergonhado com medo de me sair intrometido.

– Estou arrumando o resto das coisas do nosso novo apartamento. – ela diz referindo-se a ela e sua mãe. – E vou jogar essas aqui fora.

– Precisa de ajuda? – pergunto com um sorriso de lado.

– Porque não? – ela retribui o sorriso.

– Te vejo em seu apartamento em 5 minutos.

– Ok. – ela dá um riso de leve e vira as costas indo em direção ao elevador.

Fecho a porta e em 2 segundos estou vestindo a camisa. Espero ansiosamente os mais lentos 5 minutos e saio em direção ao seu apartamento. Eu nem preciso bater na porta, pois já está encostada. Coloco a mão na maçaneta, pronto pra abrir, mas hesito. Aproximo minha cabeça e olho de canto. Elisa estava de camisa xadrez azul e um short branco, estava de quatro pegando uma caixa. Engulo em seco. O calor invade meu corpo extremamente frio. Deixo minha boca entreaberta e meus olhos concentrados em sua posição, imaginando milhares de coisas em minha cabeça. Ela levanta e vira na direção da porta. Sumo em uma piscar de olhos. Elisa põe a cabeça pra fora verificando se tinha alguém e confirma que não. Estou escondido logo na esquina do corredor. Suspiro. Ainda bem que ela não me viu. Espero mais um minuto e volto, dessa vez batendo em sua porta que agora estava fechada.

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