Recadinho antes do capítulo.
Então... Meu computador não quis ligar e todas as imagens que uso estão lá. Minha sorte é que salvo todos os meus trabalhos no e-mail ou no drive e pude publicar esse capítulo. Saiu tarde por que estou usando o computador da minha filha e tive que esperar ela terminar de usar.
Vamos a leitura e não esqueçam de votar e comentar.
Capítulo 4
Estou muito nervoso. Meus pais chegaram ao hospital e estão comigo no quarto aguardando eu ser levado para o centro cirúrgico, sei que não é nenhuma novidade para eles, já que passei por inúmeras desde o meu acidente, mas desta vez é diferente. Desta vez, há a real possibilidade de ser a última e definitiva, isso está me deixando nervoso e ansioso.
— Acalme-se, Ruan — Mamãe faz carinho em minha cabeça. — Se ficar nervoso a pressão pode subir e cancelarem a cirurgia.
— Nem brinque com isso, mamãe?! — Não posso nem imaginar ter a cirurgia cancelada por minha ansiedade.
— Então, acalme-se. — Ela puxa uma cadeira e se senta ao meu lado. — Me conta como é essa doutora que irá fazer sua cirurgia. — A imagem de Ana Luz invade minha mente e acabo relaxando um pouco.
— É uma pessoa séria e insuportável, às vezes. — Me lembro da última consulta na segunda-feira e acabo rindo.
— Está rindo, por quê? — Olho mamãe e vejo papai rindo da minha cara.
— Discutimos. — Ela faz cara de assustada.
— O que está havendo com você, Ruan? Não foram esses modos que te ensinei. — Reviro os olhos internamente, senão apanho. Mamãe tem a mão pesada e quando acha que estou sendo mau criado me bate, como se eu fosse um garotinho ainda.
— Ela também não é nada fácil, mamãe. — Justifico. — É petulante, arrogante, linda, ranzinza, delicada e sem contar o mau humor do cão. — Mamãe olha cúmplice para o papai e sei que estão conversando com o olhar. — O que foi?
— Não vejo a hora de conhecer essa doutora. — Afirma e antes que eu responda qualquer coisa, a porta se abre e o Dr. Lorenzo Péron entra seguido de sua filha Ana Luz e volto a ficar nervoso, não por causa da cirurgia, mas por causa de seus olhos escrutinadores sobre meu corpo que já está com a camisola do hospital.
— Boa tarde. — Dr. Lorenzo cumprimenta a todos e trato logo de apresentar meus pais.
—Boa Tarde, Dr. Lorenzo. — Aperto sua mão. — Esses são os meus pais, Rúbia e Ramon Santz.
— É um prazer conhecer um médico tão respeitado. — Mamãe se empolga e me deixa constrangido.
— Obrigado, senhora Santz. — Olha para trás e vê a filha nos observando. — Essa é a minha filha, Dra. Ana Luz.
— Mais que moça linda! — Vejo as bochechas da Dra. Ana Luz ficarem levemente vermelhas e fico encantado. — Realmente ela é linda, Ruan.
— O quê? — Mamãe que me matar de vergonha, só pode.
— Ele não falou que a Dra. Ana Luz era linda e delicada, Ramon? — Papai olha com cara de paisagem, mas sei que está louco pra rir.
— Delicada como uma chifrada de touro. — Falo baixinho, mas a diaba ouviu e me olha com olhar de morte.
— Vejo que estão se dando muito bem, senhor Ruan. — Dr. Lorenzo fala rindo. — Por isso, vim informar que quem cuidará da sua cirurgia é a Dra. Ana Luz. — Faço uma careta que não passa despercebido por ninguém. — Ela é tão ou mais qualificada que eu e já vem acompanhando seu caso.
— Meu filho estará em boas mãos. — Mamãe mais uma vez toma a minha frente.
— Sei que a Dra. Ana Luz é qualificada, mas quando vim para ser tratado aqui, marquei a consulta com o senhor e não com ela. Fui atendido e tinha certeza que seria o senhor a me operar. — Ela me olha sem expressar nenhuma reação as minhas palavras.
— Minha filha é uma excelente neurocirurgiã, senhor Santz e caso não tenha sido informado, essa nova técnica foi trazida ao hospital por ela e não por mim. — Olho para ela e sinto vergonha. — Portanto, o senhor será operado pela médica que desenvolveu junto com uma equipe essa nova experiência e tenho certeza que agradecerá futuramente.
— Peço desculpas pelo meu filho. — Me olha de cara feia. — Ele está nervoso e ansioso e quando fica assim, fala asneiras. — Faço uma careta.
— Bom... — Ela finalmente se pronuncia. — Não precisa se desculpar pelo seu filho, senhora Santz... — Mamãe interrompe novamente.
— Pode me chamar de Rúbia, minha querida. — Fico embasbacado com a atitude de mamãe.
— Então, Rúbia, não precisa se desculpar. — Me olha. — Sabemos que pacientes ficam nervosos antes de uma cirurgia e não estou aqui para provar as minhas qualificações para o senhor Santz. — Me olha novamente e me dá um frio na espinha. Essa mulher terá um bisturi nas mãos e pode se aproveitar disso.
— Peço desculpas, Dra. Ana Luz. — Ela franze o cenho e fica ainda mais linda. — Estou nervoso e nunca colocaria em dúvida a sua capacidade.
— Já que estamos resolvidos. — Dr. Lorenzo fala. — Uma enfermeira virá te buscar junto com os maqueiros e a equipe te aguardará no centro cirúrgico.
— Quantas horas de cirurgia, Dra. Ana Luz? — Papai se pronuncia.
— É uma cirurgia simples, que dura menos de 30 minutos, se tudo correr bem, e é realizada com anestesia geral. A incisão é realizada sobre a coluna e tem aproximadamente 4cm. O eletrodo fica dentro da coluna, na parte de trás da dura-máter, membrana que cobre a medula espinhal, entre ela e o osso.
— Vamos esperar aqui, meu filho. — Mamãe me beija.
— Nos veremos no centro cirúrgico, senhor Ruan. — Vira as costas e sai junto com Dr. Lorenzo.
Depois de receber uma bronca de mamãe, finalmente estou seguindo para o centro cirúrgico e a cada distância percorrida, oro para que dessa vez tudo dê certo e eu volte a andar. Sou posto na maca do centro cirúrgico e virado de bruços, já sinto o frio do ar condicionado na minha bunda, ouço a movimentação e a conversa dos profissionais que estarão auxiliando a Dra. Péron e assim que ela entra dá para sentir o quanto o pessoal a admira, todos a cumprimentam e falam da honra de auxiliá-la, sem contar nos elogios e rasgação de sêda.
— Está tudo bem, Senhor Santz? — Me pergunta.
— Um pouco nervoso. — Sou sincero.
— Vamos começar a prepara-lo, mas preciso que fique tranquilo. — Uma música começa a tocar e logo identifico a voz de Alejandro Santz — Corazón Partio e fico tenso.
— Isso é algum tipo de brincadeira? — Pergunto incrédulo.
— Não, Senhor Santz. — Uma mulher responde. — Dra. Ana Luz só opera ouvindo música e isso faz suas cirurgias serem disputadíssimas entre os profissionais do centro cirúrgico.
— Fica tranquilo, Senhor Santz. — Uma voz masculina fala. — Breve estará dormindo e nem ouvirá nada.
Entrego para Deus a minha vida e espero que nem tão cedo Ele me queira com Ele. Logo começo a me sentir sonolento e apago.
***** ¨¨¨¨*****
Sem Revisão
Espero resolver o problema antes de terça-feira, caso contrário continuarei postando sem as imagens.
Bom Final de semana.
Bye
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Encontrar Alguém
Short StoryEncontrar alguém era tudo que Ana Luz Mota Perón nunca procurou, sempre focada em seus estudos e determinada desde a infância a seguir os passos do pai, o renomado Neurocirurgião do hospital Isabel Perón. Filha caçula de uma família tradicional de M...