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Ruan

Clarete: Olha só o que comprei, olha.- jogou a sacola em cima da mesa e depois fez uma fileira do pino em cima da mesa, não deu dois e ela começou a cheirar.

- Eu te odeio.- falei baixo, em um sussurro.

Clarete: Odeia? Me odeia?- riu alto.- Eu te pari, meu filhinho.- falou debochada virando na minha direção.

- Porque não me abortou? Sei lá, quando nasci não me vendeu pra alguém, eu não pedi pra nascer! Eu não pedi! Você destruiu a vida do teu filho... não se sente culpada não?- falei ainda com ódio.

Clarete: Quem disse que não tentei te aborta?- veio na minha direção.- Sabe o que você é?- puxou meu braço me balançando.- Resto de aborto, você é um resto de aborto!- guspiu na minha cara, fechei os olhos chorando baixo.

Chorei de medo, de ódio, eu me senti mais ruim que tudo, senti o ódio me consumindo a cada dia, talvez isso tudo é por culpa dela, tudo ela.

Clarete: Engole o choro, engole! Seu desgraçado.- ela desferiu dois tapas fortes no meu rosto.- Vou te matar na porrada então! Vou te matar!- ela começou a me esmurrar com forças.

Eu gritei pra ela parar, chorei, mas não adiantou, ela apenas continuava a casa minutos, sentia a ardência no meu corpo com cada chute, murro e tapa.

Quando ela aliviou eu agradeci, porém, ela não tinha parado, ela pegou a cinta e estralaçou nas minhas costas.

- Para, por favor!- gritei sentindo a ardência.

Ela me empurrou com força fazendo minhas costas bater na parede, me encostei até sentar no chão e abraçar meus próprios joelhos, chorei sentindo tudo doer...

(...)

Xxx: Gostou?- passou a no meu rosto e apenas fechei os olhos deixando as lágrimas escorrer.

Novamente minha mãe me obrigou a vim com esse homem, ela me obrigou, eu fiz de tudo pra não vim, mas foi apenas questão pra ela me bater e força a entrar no carro.

Como se não bastasse os hematomas que estava pelo meu corpo, eu tinha vontade até mesmo de me matar, de fazer qualquer coisa pra não viver mais assim, não aguentava mais! Eu não aguentava mais viver tratado dessa maneira!

...

Clarete: Toma!- levou o cigarro na minha direção.- Da uma tragada e vai ver como é bom.

Medi ela que estava toda descabelada, bafo de bebida e um cheiro insuportável, apenas neguei.

Clarete: Você acha que vai se torna um homem bonzinho?- passou a mão no meu cabelo.- Vai se torna um cara tão ruim que eu vou ter gosto de estar assistindo você, morta, mas vou persistir na sua vida.- engoli em seco e desviei meu olhar para a faca que estava atrás dela em cima da mesa.

Desviei meu olhar novamente pra ela e andei rápido até a mesa pegando aquela faca na minha mão.

Eu senti o ódio subir tudo pra minha mente, a raiva torna mais e fazer minha respiração ficar descompassada a cada momento.

Ela me olhou assustada e veio rápido na minha direção, apenas tomou a iniciativa e enfiei a faca na barriga dela que abriu a boca e arregalou mais os olhos.

- Eu te odeio, eu te odeio por tudo que me fez passar, você roubou minha inocência, você acabou com minha vida, mãe.- tirei a mão rápido olhando tudo assustado, vi ela cair no chão gemendo de dor e não conseguindo se mexer.

Não esperei mais nada, apenas saí dali rápido, saí o quanto mais rápido possível que consegui...

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Mancha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora