Sinopse:
Quando Matteo Brayden aceita o trabalho de seduzir a filha de um influente político americano a mando de um poderoso cliente da Sociedade Escarlate, sua lealdade para com a organização que ele adotou como sua família é posta a prova. Tudo...
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Onze anos depois...
Holden Gregory Ward era um homem de palavra. Eu estava sentado em uma cadeira, ao redor de uma mesa aqui do clube, quando na segunda-feira passada, ele fez o juramento de que beberia cinco canecas de cerveja na segunda-feira seguinte, se os Yankees derrotassem os Red Sox na partida de sexta-feira. O detalhe interessante nessa história era que Holden detestava cerveja. Na verdade, ele evitava ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica. O que era bem difícil quando você passava grande parte do seu tempo trabalhando em um escritório sobre uma boate. Eu tinha que parabenizá-lo por isso em algum momento. Talvez eu fizesse isso agora.
Os Yankees venceram os Red Sox no jogo de sexta-feira, então passei o fim de semana enviando mensagens para Holden avisando que ele tinha que cumprir com sua promessa. Ele me enviou emojis com o dedo do meio todas às vezes. E depois eu era a criança do grupo. Bati print da tela para mostrar aos outros mais tarde. Tudo bem, isso não era muito adulto, mas eu precisava provar que não era o único.
Cheguei ao clube escarlate três horas antes da boate abrir, isso porque eu precisava estar lá antes de Holden para cercá-lo quando ele finalmente chegasse. Obviamente eu iria obrigá-lo a cumprir com a sua palavra. No entanto, nem precisei. Ele chegou uma hora depois de mim, encontrou-me no bar conversando com a barwoman e disse que estava pronto para encarar suas canecas de cerveja. Nem perdi tempo. Pedi para Mandy – a barwoman – trazer as duas primeiras canecas. Uma para Holden, outra para mim, claro.
Essa era uma visão que eu jamais pensei que veria diante de mim. Ali estava Holden, vestido em seu impecável terno preto ― apesar de estar fazendo um calor do inferno lá fora ―, sentado em uma banqueta de bar, derramando cerveja garganta abaixo, enquanto fazia uma careta engraçada de desagrado. A pele dele estava ficando vermelha e ele parecia prestes a vomitar nos meus sapatos. Foi por isso que desci da minha banqueta e sentei em outra mais afastada. Só por segurança. Ri quando um pouco de espuma permaneceu sobre seu lábio superior e ele nem reparou porque estava se concentrando bastante para não cuspir tudo fora.
Eu estava na minha segunda caneca, ele, na quarta.
― Vai lá, cara. ― incentivei. ― Falta pouco agora.
Holden ergueu a cabeça e me lançou um olhar mordaz que só me fez rir um pouco mais.
― Vai se ferrar, Matteo.
Assisti enquanto ele derramava as últimas gotas e depois batia a caneca sobre o balcão. Ele ergueu a manga do paletó e da camisa que usava e limpou a espuma da boca com o antebraço. Estava aí outra coisa que eu nunca pensei que veria um rapaz certinho como Holden fazer. Realmente, existia uma primeira vez para tudo.
