CAPÍTULO QUATRO - AMÉLIE

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CAPÍTULO QUATRO

Amélie

Perdi Matteo Brayden de vista

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Perdi Matteo Brayden de vista.

Eu tinha passado os últimos vinte minutos sentada ao redor de uma mesa, com um copo intocado de uísque nas mãos, olhando para o outro lado do salão, onde Matteo tinha permanecido, também sentado em uma mesa, bebendo sozinho. Eu me perguntei várias vezes por que ele não tinha retornado para a mesa de seu pai que possuía dois lugares vazios e estava bastante agitada, já que as quatro pessoas ao redor da mesa pareciam estar se divertindo. Matteo ficou encarando seus pais, com um olhar sério no rosto, mas em nenhum momento se aproximou. Era estranho porque ele parecia o tipo de cara que iria se encaixar naquela mesa alegre. No pouco tempo que fiquei ao seu lado, senti que ele era divertido, que gostava de sorrir e de fazer os outros rir. Era simpático e um acompanhante muito agradável.

Não tinha motivos para um homem como ele estar ocupando uma mesa sozinho e foi por isso que considerei várias vezes atravessar o salão, pedir desculpas por não ter aceitado seu convite de me juntar a ele para uma bebida e dizer que agora eu estava pronta para acompanhá-lo. Cheguei a contar às vezes em que quase criei coragem de me levantar. Foram três. No entanto, sempre que eu me preparava para ficar de pé, me lembrava de que não estava sozinha. De que, apesar da minha mente ainda estar focada no homem que conheci recentemente, eu já estava acompanhada. O problema era que eu não estava tão interessada no meu acompanhante atual como estava pelo solitário Matteo. Desde que sentei nessa cadeira, de frente para Daniel e aceitei a bebida de um garçom, eu não fiz outra coisa além de ignorar o deputado Sewell. Tanto que eu nem tinha ideia do que ele estava falando nos últimos vinte minutos.

― Amélie? ― Algo tocou o meu braço, desviando minha atenção do homem do outro lado do salão para o homem diante de mim. ― Amélie, está tudo bem?

Senti-me extremamente culpada ao olhar para o rosto do deputado Sewell porque eu sabia que ele esteve falando comigo todo esse tempo e tudo o que eu fiz foi prestar atenção em outra pessoa. Daniel era um bom homem, também era divertido e gentil. Ele merecia minha atenção tanto quanto Matteo Brayden. Eu só queria que minha mente entendesse isso para parar de pensar em outra pessoa e focar minha atenção nele.

― Eu estou bem. ― respondi, e sorri para lhe confortar. ― Do que você estava falando mesmo?

― Eu estava falando sobre aquele dia em que fui à sua casa e seu pai...

Assenti, mas minha mente se desligou novamente do que ele estava falando e eu me virei outra vez para olhar o ponto em que estive encarando antes. Ele não estava mais lá. Eu o tinha perdido de vista. Continuei olhando ao redor do salão, mas não o encontrei. Nem mesmo na mesa de seus pais. Voltei minha atenção para o deputado, que ainda dizia:

―... então nós tínhamos combinado aquele jantar, mas acabamos não falando mais sobre isso. Você se lembra?

Inclinei a cabeça, enquanto ponderava sobre o que ele poderia estar falando. Ah, sim.

Sr. Brayden \ Sociedade Escarlate - Vol.III (Disponível até 05\01)Onde histórias criam vida. Descubra agora