CAPÍTULO TRÊS - MATTEO

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CAPÍTULO TRÊS 

Matteo

A maioria das pessoas eram mais bonitas em fotografias do que pessoalmente, mas esse não era o caso de Amélie White

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A maioria das pessoas eram mais bonitas em fotografias do que pessoalmente, mas esse não era o caso de Amélie White. Assim que eu a vi na entrada do salão, recepcionando seus convidados, eu soube que as imagens não faziam jus a sua beleza. Em vez de ir até lá e aproveitar a oportunidade de conhecê-la pessoalmente, usando como desculpa o fato de que ela estava cumprimentando qualquer um que tinha um convite, eu preferi ficar afastado. Permaneci encostado em uma pilastra, com o telefone na mão, fingindo estar mandando mensagens para alguém quando, na verdade, eu só estava observando enquanto ela interagia com as pessoas ao seu redor.

Amélie ou Mia ― como os mais íntimos a chamavam ―, era uma pessoa sorridente. Cada abraço, beijo ou aperto de mão que ela destinava a alguém, era acompanhado de um sorriso largo e brilhante. Não pareciam sorrisos falsos. Se ela estivesse mentindo, era uma ótima atriz. A verdade era que Amélie parecia ser bastante simpática e alegre. Ela sorria, ria e até gargalhava com os mais íntimos, sem se importar com quem estivesse olhando ou julgando-a. As pessoas que se aproximavam e falavam com ela, também pareciam felizes de estar ao seu lado. Como se Mia fosse uma ótima companhia e todos quisessem sua atenção. Mais cedo ou mais tarde, eu descobriria se isso era verdade.

Vi quando um homem se aproximou e falou algo que a fez sorrir. Eles trocaram algumas palavras e ela riu. A julgar pela maneira como sua pele ganhou um tom rosado, eu apostava que ela havia acabado de receber uma cantada. O homem não tirava os olhos dela, parecia conhecê-la, mas a encarava como um lobo costuma encarar um cordeiro antes de atacá-lo. Ele se sentia atraído por ela. Era nítido para qualquer um que os visse juntos. Quando ele tomou a mão dela e depositou um beijo sobre seu dorso, não estava apenas se despedindo, mas também a venerando. Eu sabia disso. Conhecia aquele olhar. Eu o treinava o tempo todo para usar com as mulheres com quem me envolvia. A diferença era que, quando eu olhava para uma mulher dessa forma, estava mentindo. Aquele homem, não.

Memorizei o rosto dele para que mais tarde eu pudesse procurar informações ao seu respeito. Precisava saber quem ele era, há quanto tempo conhecia Amélie e se eles tinham ou já tiveram qualquer tipo de relacionamento. Eu esperava que ele não fosse alguém importante. Alguém que pudesse colocar em risco os meus planos de me aproximar da mulher e seduzi-la. Eu já tinha feito uma busca por namorados, ficantes ou ex-namorados. Amélie não parecia estar saindo com ninguém no momento. Pelo menos, não encontrei nenhuma fofoca em qualquer blog ou site na internet. Seu último relacionamento sério foi com um médico pediatra com quem ela namorou durante quatro anos, mas eles haviam terminado há dois anos e ela continuava sozinha desde então. Isso facilitava muito o meu trabalho.

Quando o homem se afastou, a mulher que estava próxima a Amélie a agarrou pelos ombros e lhe fez uma pergunta com bastante afobação. Eu a conhecia graças à pasta que Adalind havia me dado no início da semana. Aquela era Meredith Hopkins, organizadora de eventos, voluntária de vários projetos sociais e uma das melhores amigas de Amélie. As duas haviam organizado seis dos doze jantares de gala em prol do orfanato Nancy Sherman que era promovido pela família White todos os anos desde que eles adotaram Mia. No entanto, esse não era o único evento em que trabalharam juntas. As duas eram responsáveis por organizar vários outros eventos de caridade na cidade de Nova Iorque e constantemente apareciam nos jornais, nas revistas e em blogs e sites na internet por causa disso.

Sr. Brayden \ Sociedade Escarlate - Vol.III (Disponível até 05\01)Onde histórias criam vida. Descubra agora