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Tzuyu

5 meses após

Gravidez, de um cara que hoje, eu mal converso. Mas está tudo bem, vou criar coragem e chamar os dois moços
pra conversarem, eu simplesmente sumi da universidade, a mudança que a vida tomou foi assustadora. Afinal nunca pensei em largar os meus estudos por conta de uma gravidez inesperada. Enquanto isso, Jungkook deveria estar se preparando para o seu último ano na universidade, focado mais ainda nos seus estudos, durante esses cinco meses não fizemos mais contanto, minha família me prendeu dentro de casa e a única pessoa que vinha me visitar era a Taylor, mesmo assim não há vejo uma semana.

meus pais ao descobrirem, não foi muito ruim portanto, a reação do meu pai foi pior do que a minha mãe. Ele se sentiu culpado, por nunca ter me alertado e está sempre ocupado com a cabeça em outros lugares, minha mãe não disse nada, eu sei que lá no fundo também se sentiu culpada, não que tivesse algo em relação mas pra quem desapareceu e voltou como se nada, tivesse ocorrido é de bom tamanho.
Na primeira semana, tive que me virar, correr atrás de médico sozinha, comprava os meus remédios para enjoos, noites desacordada chorando porque ainda não superei o meu término, claramente não culpo ninguém apenas eu mesma. É horrível viver com isso, nos primeiros dias.

assim que eu descobri que estava esperando uma garotinha, todo mundo se animou mas aí foi a minha vez de dar um troco, comprei uma casa pra mim com uma ajudando serviçal, meu pai fez isso por mim, desde que eu permitisse a sua visita aqui apenas nas manhãs. Peguei o meu meu celular e fui até os contatos, Jeon não havia me bloqueado, respirei fundo e mandei uma mensagem formalmente.

"Oi Jungkook."
"não se preocupe, não vou te perturbar. Mas eu preciso conversar com você, se quiser vir... caso contrário eu te entendo."

em seguida ele respondeu, milagrosamente ágil dizia que viria basta eu mandar a minha localização. Agora só falta falar com o Blake, em nenhum momento disse para ambos que estariam juntos, marquei para depois do almoço, aguardei sentada na sala com o papel de atestado, a minha seguinte pergunta era surpresa e um pouco assustadora. Eu não sei qual dos dois é o pai, tudo indica que é o Jungkook não me lembro de ter usado proteção, mas sim o uso das pílulas, só que no meu ponto de vista eu não segui corretamente o uso.

A campainha tocou, fui abri-lá, Jeon me fitou e engoliu seco descendo o seu olhar para a minha barriga, dei um espaço e ele adentrou. Disse para se sentar no sofá, assim fez observando o cômodo afinal era novo para ele. Minutos após, o Blake chegou com o rosto coberto de pontos e machucados e assim que fechei a porta, ele e Jeon se entroelharam como se quisessem matar um ao outro, pedi para que o amigo sentasse no outro sofá, ficaria em pé, alguns instantes.

— vocês dois já sabem, eu tô grávida de cinco meses... Mas eu ainda não sei qual de vocês é o pai! — suspirei fitando o chão, segurando o papel.

— você tomava as pílulas, quando estava comigo, então logicamente eu não sou o pai dessa criança.— Jk diz frio.

— bom... nós ficamos apenas uma vez e eu me recuso a prestar ao papel de pai! — Blake passou as mãos no seu cabelo, Jungkook riu sem humor. — qual a graça? por eu ter conseguido engravidar a sua ex, sem nem mesmo ter namorado e você não?

— pelo visto o estrago não foi o suficiente, não é?! — o coreano apontou pro rosto deformado.

— calem a boca! Blake e se você for realmente o pai? a gente não usou nada... — minhas mãos estavam geladas. Jeon bufou e o garoto deu de ombros.

— vamos fazer o teste de DNA, mas não conte comigo! eu tenho uma vida depois daqui, se quiser abortar será um grande favor! — minha pressão quase caiu, sentei no sofá apoiando a mão na barriga.

— cara, eu só não vou te encher na porrada de novo porque não tô na minha casa! Mas se eu trombar contigo, saiba que eu vou te matar de verdade! — algo impossibilitou a minha visão, a última coisa que eu vi foi o ódio nas suas palavras e a cara amarrada.

18h58min

abri os olhos, a iluminação estava fraca deveria estar entardecendo, ouvi algumas vozes vindo do andar de baixo. Olhei para o lado e havia um copo de água em cima do criado mundo, os abajures acesos e eu lembrei de tudo. Na verdade, só lembro de ter apagado após ouvir Jungkook e Blake discutindo e de repente voltei aqui, os passos e vozes se aproximaram até entrar no quarto, Dr. Rick seguido do Jungkook?
ele ainda está aqui? ao me verem des-
pertada, Jeon ficou mais afastado com as mãos no bolso e o médico se apro-
ximou, acho que vou levar um sermão
do meu doutor favorito.

— boa noite, está se sentindo melhor Chou Tzuyu? — ele sentou na cadeira ao lado, examinando o meu rosto com um sorriso largo.

— não sei, mas meu bebê está? — fechei e abri meus olhos, tensa.

— sim, melhor impossível. Mas se a
senhorita não se alimentar bem, ela quem vai sentir as consequências! — desviei o olhar pra Jk, que mexia em seu celular. — ainda bem que o rapaz estava aqui, a enfermeira estava do lado de fora.

respirei fundo, tomei um remédio e o médico se despediu dizendo pra mim ficar sobre observação, me sentia fraca e fracassada por não saber o que fazer e como criar uma criança sem o pai. Jk caminhou até mim, puxou a cadeira e sentou em seguida fazendo contato visual comigo, eu tô devendo muito pra ele.

— eu pedi pra Nancy fazer uma janta pra você. — ele falou apoiando os cutuvelos em cima dos seus joelhos.

— obrigada por tudo Jungkook. Eu... tô me sentindo péssima! — meus olhos encheram de lágrimas.

ele abaixou a cabeça e eu pude ouvi-lo
fungar, caramba como eu fui idiota ao ponto de, ir pra cama com um babaca qualquer sendo que eu estava compromissada com o homem, que eu mais amo nessa vida toda. Só sei sentir a minha vergonha, enxuguei as minhas lágrimas ao ver Nancy pedindo permissão pra adentrar no quarto. Eu não havia almoçado hoje, estava tão nervosa pra chegar onde cheguei agora, Jeon me esperou terminar de comer e disse que iria embora.

— Jungkook, você não pode assumir essa criança? sabe, embora as coisas estejam ruim entre nós... — ele me cortou, de costas.

— preciso pensar, você sabe que pra mim não é fácil. —  caminhou pra fora do cômodo.

2 dias após.

ele ainda não apareceu, mas eu vou compreender. Nada disso estava planejado, era pra eu estar estudando e formando uma nova vida, foi pra isso que eu me mudei não é? se bem que eu poderia voltar para Nova Zelândia porém, inúmeras coisas me impedem. Estava em um bar de café, do lado de dentro protegida do frio fitando o meu café esfriar na mesa, quando vi Jeon passar pela porta encapuzado, me fitou e puxou a cadeira á minha frente, retirando o capuz da cabeça, a garçonete veio anotar o seu pedido mas ele não pediu nada, teria que ser rápido nossa presença aqui.

— eu pensei em tudo. E posso te ajudar a cuidar... mas não sei se vou me acostumar com a ideia de ser "pai" não é filho meu, então. — cruzou os braços em cima da mesa.

senti meu coração bater mais forte, pelo santo senhor, segurei as lágrimas e mostrei o meu sorriso de satisfação, meu nervosismo todo abaixou. Teve até graça em beber aquela café gelado
logo também Jeon pediu para que eu fizesse uma lista do que seria necessário pra comprar pro bebê, ele iria cuidar disso tudo sempre que tiver um tempo de folga na universidade. Seus pais ainda não sabiam, apenas do nosso término recente portanto a gravidez ele disse que não iria falar nada sobre, detestava dar satisfação da sua vida pra eles especialmente pra Mônica. Logo que estava esfriando, resolvemos ir embora, ofereci uma carona que aceitou com muito custo.

o deixei na porta da universidade, antes de descer o mesmo me encarou um tanto aflito e nervoso, passava todas as cenas vividas por nós dois ali e até mesmo com os nossos amigos, eu abaixei a cabeça e senti o toque da mão de Jungkook em contanto com a minha, me fazendo levantar a cabeça e o analisa-lo. As tatuagens continuavam bela, tudo nele ainda era, passou a mesma mão no meu rosto e acariciou levemente meus cabelos, logo ele desceu e adentrou normalmente. Eu sinto tanta falta de estar naqueles corredores, das aulas, das pessoas, de tudo basicamente. Voltei para casa e liguei para o meu pai, contei tudo que aconteceu e o mesmo ficou surpreso com o ato de Jeon.

meu pai agora, gostava pra caramba do Jungkook, como um genro era a melhor pessoa possível.

He's mad but cute [Concluída] Onde histórias criam vida. Descubra agora