Parte 1
― Aw, querido. Você estava tentando voltar a dormir de novo? – Seokjin sussurrou primeiro antes de se inclinar para acariciar os cabelos bagunçados de Yoongi. Yoongi não disse nada. Ao invés disso, ele nervosamente olhou de lado para Namjoon, o homem alto de pé com uma camisa simples larga e calças. Ele tinha covinhas e sorriu para Yoongi. O adolescente não imaginou que o homem parecesse tão doce e bonito, baseado no quão forte sua música (e língua) era.
Yoongi quase deu uma palmada quando se sentiu ser levantado novamente, completamente desligado do momento. Ele não soube porque, mas ele imediatamente escondeu seu rosto na curva do pescoço de Seokjin, mesmo que ele se sentisse mais nervoso fazendo isso. Seus olhos continuaram mudando enquanto ele tentava processar tudo o que ouvira.
Eu estou abraçando o príncipe, seu cérebro gritou com ele. O príncipe que tinha tanto poder que poderia tecnicamente ordenar atear fogo em qualquer pessoa na Coréia ou mata-las.
Okay, agora Yoongi estava indo longe demais, mas era tecnicamente verdade.
Yoongi continuou a pensar, sua mente raciocinando. Mas ele é meu Appa, o garoto não se sentiu muito ajudado com isso, mas pelo menos foi um pouco tranquilizante. Até ele descobrir quem o homem verdadeiramente era, Yoongi não tinha medo dele. Seokjin fora legal e carregara ele todo o tempo. Ele estava apenas tomando conta dele. Se a situação não fosse tão estranha, Yoongi poderia realmente gostar de ficar aqui-
Ai meu deus, eu estou seriamente ficando louco aqui, Yoongi estalou-se.
Ele sentiu ser sentado com Seokjin. Ele continuou no colo do jovem príncipe e tinha seus braços ao redor do pescoço alheio num aperto firme, devido ao medo prévio de ser derrubado. Yoongi sabia que ele era extremamente leve, mas ainda assim ele ficava preocupado em ser acidentalmente derrubado pelo mais velho.
Seu rosto quase tocou o couro do sofá, não se incomodando em olhar para nenhum dos dois. Yoongi não pôde deixar de se perguntar quando aquela peça da mobília havia custado. Provavelmente mais do que qualquer poderia ganhar em Daegu, Yoongi não pôde evitar de pensar.
― Hey, baby boy. – Seokjin sussurrou em sua orelha. ― Venha dizer oi, bebê. Não quer conhecer o seu papai? – Seokjin tentou movê-lo. Ele esfregava círculos reconfortantes em suas costas, mas Yoongi estava longe de ficar confortável.
Ele não sabia porque, mas virou sua cabeça rapidamente e apertou-se mais em Seokjin. Porque saber os status deles o fazia ter mais medo agora? Era porque se eles certamente não gostarem dele, poderiam apenas jogá-lo fora? Eles não têm permissão para fazer isso? Quem poderia pará-los?
Seokjin riu: ― Meu garotinho tímido. Vamos lá, papai não vai morder.
Isso foi tudo o que as orelhas de Yoongi foram capazes de ouvir antes de ele se sentir ser tirado do corpo quente. Um grito lamentável escapou da garganta do menor quando ele sentiu outro par de braços fortes segurá-lo. Eles estavam frios, mãos fortes que não o faziam se sentir melhor no momento. A cabeça de Yoongi ficou estressada com o movimento, fazendo ele deixar escapar pequenos choramingos sem perceber.
― Shhh, não chore pequeno príncipe. Eu prometo que o papai não vai te machucar, nunca. – Uma voz que definitivamente era mais profunda que a de Seokjin foi ouvida próximo à sua orelha. A voz que todo mundo conhecia com o coração estava sendo sussurrada para ele.
Os olhos de Yoongi estavam fechados com força, as ele pôde sentir seu corpo ser guardado por braços musculosos. Seu corpo se inclinou para o lado ao que ele sentou sobre o colo do homem.
― Vamos lá, querido. Papai pode ver seu menino lindo?
Yoongi abriu seus olhos e eles imediatamente encararam os escuros, mas de alguma forma macios, olhos castanhos. É claro que o homem que o segurava era lindo, desde que em Seoul todos pareciam com modelos. Ele tem um legal cabelo marrom claro que estava partido em dois na sua testa. O coração de Yoongi pulou com o quão próximo ao homem ele estava.
Do fundo da garganta, ele soltou um pequeno gemido e tentou se afastar. Ele estava cheio de estranhos pelo dia e ele não se sentia confortável sabendo que estava sentado no colo do maior músico da Coréia. Yoongi costumava idolatrar esse homem, fazendo ele se sentir ainda mais estranho.
Então ao invés de permanecer onde ele estava, ele virou a cabeça para o outro jovem homem que estava sentado ao lado deles. Yoongi não soube porque, mas começou a esticar seus braços para Seokjin. Ele soltou um outro choramingo, sua garganta continuava áspera demais para falar, um lamentável efeito para leva-lo. Ele preferia ficar confortável com o príncipe do que assustado olhando para o idol no momento, muito obrigado.
Oh deus, essa é minha vida agora, Yoongi percebeu o que ele apenas tinha pensado.
― O que houve, bebê? – Seokjin pegou Yoongi de volta quando ele começou a ficar agitado. Uma vez em seus braços, Yoongi voltou à sua primeira posição de antes de ser pego. Ele envolveu suas pernas em cada lado de Seokjin e abraçou seu pescoço, mais forte que antes. O adolescente enterrou seu rosto contra a curva do pescoço de Seokjin.
Dizer que Seokjin ficou surpreso era um eufemismo. Yoongi estava gritando e xingando ele não muito tempo atrás, mas agora ele se agarrou a ele com muito medo. O que aconteceu?
Seokjin compartilhou um olhar preocupado com seu marido. Namjoon na realidade não parecia muito afetado com a ação. Ele parecia estar perdido em pensamentos profundos. Seokjin estava prestes a perguntar ao seu marido se o que ele estava pensando era sobre o garoto, até uma voz interrompê-los.
"E nós estamos de volta com mais cenas da família real! Aqui vão algumas cenas extras da chegada do Príncipe Kim Seokjin e seu marido Kim Namjoon, com seu novo pequeno, Min Yoongi e-"
Namjoon subconscientemente pegou o controle remoto e abaixou o volume. Seu dedo ficou pairando sobre o botão de abaixar, quando ele percebeu finalmente algo que começava a fazer sentido. Ele virou sua cabeça. Seus pensamentos foram confirmados quando ele notou Yoongi espreitar minimamente a tela antes de rapidamente voltar para seu esconderijo quando percebeu estar sendo assistido.
― Yoongi. – Namjoon quietamente chamou. ― Você sabe quem nós somos? – Ele perguntou com olhos cuidadosos.
Yoongi não disse nada. Ele meditou consigo mesmo se ele deveria responder ou não. Bem, ele não poderia esconder para sempre, certo? Ele espiou por um olho de onde estava, timidamente encontrando o rosto preocupado de Namjoon.
Seokjin sentiu um leve aceno de cabeça de seu pescoço e logo a respiração quente de Yoongi.
― A-a TV. Você é RM e v-você é o príncipe. – Ele sussurrou por conta de sua garganta dolorida. Yoongi se amaldiçoou por soar fraco e assustado, mas o que estava feito, estava feito.
Namjoon tentou montar um sorriso encorajador.
― Sim, nós somos. Está tudo bem para você, baby boy? Ou isso é muito? – O homem jovem perguntou numa voz baixa, como se ele estivesse falando com um humano frágil. Era assim que o adolescente parecia no momento? Assustado e frágil?
Yoongi estava impressionado com o quão preocupado o homem parecia. Bem, finalmente preocupado, já que desde que ele ainda era parte dessa barganha inteira que Yoongi profundamente odiou.
O adolescente fungou antes de ele quietamente sussurrar:
― E-eu só quero ir para casa. Eu preciso ajudar minha família. E-eu nem deveria estar aqui. – Yoongi disse mal acima de um sussurro. Seus olhos foram para baixo quando ele subconscientemente cerrou seus punhos nos ombros de Seokjin. Ele não podia nem mencionar sua família ou então ele cairia numa espiral de pensamentos sobre qualquer coisa que poderia estar acontecendo com eles. Eles sequer sabiam que ele havia sido selecionado? Yoongi realmente não deveria estar aqui. Esse não é o seu lugar. Ninguém além dele.
P.S.: Sei que ficou curto, porém o cap da autora original está com mais de 7k e eu só não queria deixar vcs sem att, sei que amam SD <3.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Selection Day | Tradução PT-BR
Fanfic[Esperando update da fic original, por isso sem att por enquanto] Min Yoongi não deveria ter sido escolhido no Dia da Seleção. Ele não deveria ter perdido sua liberdade para virar o bebê de uma família rica e ainda, especialmente, não deveria virar...