.zero três

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Lee Felix

O pai de BangChan me olhava esperando uma resposta minha, coisa que não aconteceu. Minha mente virou um breu. Ele me olhava confuso com o jeito que eu estava. Será que ele já sabia de alguma coisa? Pois era para ele estar no trabalho neste exato momento.

–Está tudo bem com você, Felix? –sua voz me despertou do mundo onde eu estava. Eu tossi antes de responder acenando com a cabeça.

–Eu queria saber se o Chan-hyung está. Eu precisava falar com ele.

–Está sim, ele subiu para o quarto dele agora pouco. –sorriu e fez o gesto para que eu entrasse na casa. –Entre.

Pedi licença e fui em direção a escada, e na metade do caminho o pai de Chan me chamou. –Ele subiu com raiva, acho que brigou com a Yeji, conversa com ele.

Concordei com a cabeça e continuei subindo e indo em direção ao quarto dele. E logo meus olhos focaram na porta totalmente branca, e fiquei lá parado de novo, pois eu não sabia se entrava, se batia na porta, se chamava ele ou se desistia e voltasse para casa. Levantei a mão para bater na porta, mas parei na metade. Não tinha certeza se era o certo a se fazer.

E por impulso eu bati na porta umas três vezes, e prendi a respiração sem querer. E só soltei quando ouvi a voz dele dizendo que não queria que ninguém o incomodasse. Bati mais duas vezes e esperei a voz dele soar novamente, mas ele não disse nada.

Só vi a porta abrir devagar e o rosto abatido do mais velho aparecer. Ele não expressou nenhuma reação ao me ver, apenas abriu a porta mais ainda e voltou para sua cama, onde se deitou.

Entrei no quarto tão conhecido por mim e fui até a cama dele, onde me sentei na beirada e levei automaticamente minha mão até seus cabelos. Ele estava de olhos fechados e nenhum momento -onde eu fazia um leve carinho nos fios loiros- se abriu.

–Você quer conversar? –minha voz soou tão baixa naquele quarto silencioso.

Os olhos do mais velho se abriram e focaram em mim, e isso durou minutos, acho. A gente ficou naquela troca de olhares por um tempo e só se partiram quando o celular de Chan começou a tocar. A música de uma banda de rock soava alto, nenhum dos dois se mexeram, apenas deixaram a música parar de tocar, e depois de vários toques de notificações o mais velho se sentou e pegou o celular jogado na cama. Suas reações eram tristes, e eu já sabia o motivo.

O toque com a música soou novamente, fazendo o mais velho respirar fundo e deixou o celular ao seu lado, onde a foto dele com a Yeji abraçados brilhava na tela.

–Ela terminou comigo minutos antes das fotos vazarem. –não falei nada, deixei que ele continuasse a falar. –E Eu não sei quem foi que fez isso, apenas um número desconhecido conseguiu entrar nos grupos e explanar tudo.

Sentei bem do seu lado naquela cama espaçosa e puxei sua cabeça para deitar em meu ombro. Eu estava sendo um péssimo amigo, pois eu não sabia o que dizer para ele, nem o que fazer, apenas fiquei em silêncio.

–Eu queria dizer algo que ajudasse, mas eu não sei o que falar. –soltei sendo sincero e ouvi uma risada abafada por parte de Chan.

–Eu sei, mas eu não ligo se dizer algo nada a vê. –falou levantando sua cabeça e olhando pra mim. –Sua presença já é suficiente nesse momento.

Fiquei sem ar e desviei meu olhar do dele. Uma frase super comum entre a gente me fez perder o ar. Continuei em silencio, apenas ouvindo sua respiração ao meu lado e sentindo bater em meu pescoço, já que o mesmo tinha voltado a deitar sua cabeça em meu ombro.

TOGETHER  ༈ chanlixWhere stories live. Discover now