Despedida

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Peter

Fizemos nossa viagem de volta a clareira em silencio, um silencio que me cortava por dentro, e a lemrbança dos labios de valerie me vinha a cabeça a cada vez que meus olhos encontravam a face dela, agora em uma expressão indiferente.

Arrumei minhas coisas na pequena bolsa de couro que eu levo sempre comigo, deviamos proceguir nossa viagem e depressa.

- Venha, vamos continuar a viagem, já perdemos tempo demais.- Não, não perdemos tempo, valeu cada atraso por aquele beijo dela, aquela pele macia roçando na minha, mas logicamente não falarei isso pra ela, nao quero dar-lhe esperanças.

Ela apenas acentiu e levantou-se, agora quase andando normalmente, seguindo-me por dentre a floresta, nossas roupas estavam levemente umidas agora, que já receberam severamente o calor do sol do meio dia, que agora nos acompanhava pelo caminho.

a trilha sonora de nossa caminhada eram apenas os galhos secos que estralavam embaixo de nossos pés,e continuamos assim ate o sol estar se pondo.

-Descansaremos agora.- finalmente quebrei o martirizante silencio.

- Não.- ela não deu ouvidos e continuou andando.

- Hei ! - apressei meus passos até ela, e a segurei firmimente pelo braço.- Eu dou as ordens aqui. - falei.

- Se continuar-mos por sorte chegaremos na cidade mais proxima mais rapido.- ela disse sem expressão alguma no rosto, sua indiferença estava estampada em cada palavra.

- Não vou andar por aqui a noite Valerie, não seja estupida e faça o mesmo.

Ela arrancou o braço das minhas mãos e sentou-se sobre um tronco caido, seria dificil ascender o fogo com o a frieza da noite que se aproximava,acho que será melhor usar meus truques, ela esta magoada demais pra prestar atenção em mim, estralhei os dedos e o fogo necessario para a fogueira surgio sobre a lenha que estava empilhada perto de mim.

- Como fez isso ?!- gritou valerie, que prestava mais atenção em mim do que eu previ.

-Fiz o que? - disfarcei.

- Eu vi o que você fez com o fogo, e é muito mais do que truques de caçador ! - concluio ela, visivelmente espantada.

- você que não viu direito eu apenas bati algumas pedras por um tempo, você devia estar desatenta.

- Esta me chamando de burra- ela levantou do tronco- eu sei o que eu vi Peter, você apenas... apenas estralhou os dedos e o fogo surgio - ela estralou os dedos também.

- Você naõ viu nada ! - disse irritado com minha displicencia e a falta de sorte dela ter visto.- deve ser sono, durma que amanha partiremos cedo.

- Você não é tão esperto quanto pensa, sabia ?

- E você não é tão atenta quanto imagina, sabia? - cheguei mais perto dela, me embriagando com seu cheiro doce novamente.

- Já me livro de você, selvagem. - ela ficou na ponta dos pés, adoro quando ela faz isso.

- Será que é mesmo isso que você quer ? - olhei-a nos olhos, segurando seu braço.

- Me larga, - ela puxou o braço.- Não vou deixar que me beije de novo, e depois venha com desculpas.

- Não lhe forcei a nada ruiva. - rebati.

- E quem. Disse. Que. Eu. Gostei ? - ela soletrou cada palavra em minha cara, quase arranhando meu ego.

- Não me faça fazer você implorar por outro beijo, bem mais quente que aquele ruiva, pro seu bem.- adiverti.

Ela deu as costa irritadissima, e deitou-se no chão o mais distante possivel de mim, eu ri por dentro por aquela coisinha de labios tão gostosos ser tao  atrevida, antes que eu me virasse ela gritou:

- Nunca vou implorar !

Não respondi, sabia que meu silencio a irritava mais do que minhas respostas prontas, a noite foi tranquila, assim como a anterior, e quando eu acordei valerie já estava de pé, o sol estava acabando de nascer o que fazia nascer mexas mas claras em seu cabelo o que a deixavam inacreditavelmente mais linda, se é que isso era possivel.

-Ual.-deixei escapar, ela estava em pé em minha frente com aquele ar de superior, que despertava em mim vontade de desbancar aquela marra de dona do mundo que ela tinha.

- Vamos, não quero perder tempo.- disse e se virou.

Levantei, e peguei minhas coisas passando na frente dela, seguindo o caminho da cidade, pouco antes do meio dia, chegamos numa cidade "Lamego" era o nome dela. Não contive o suspiro por ter que deixar-lá lá mais trato é trato, e nunca obrigo ninguem a ficar comigo.

- Aqui esta. - Falei meio seco.

- E agora? - ela disse perdendo a marra, e assumindo um tom meio perdido.

- Agora vou deixar você em alguma estalagem de confiança, e eu... bem eu sigo com minha viagem.

- Pra onde você vai ? - ela perguntou enquanto estavamos parados sobre a ampla vista da cidade.

- Você não iria acreditar ruiva, mas você vai se virar bem sozinha, a verdade é que nunca precisou de mim, quem sabe eu que precisava mais de você do que vice-versa, você é esperta, continue assim e não deixe nenhum noivo babaca lhe passar a perna.- passei a mão sobre seus ombros e ela enlaçou minha cintura também.

Caminhamos sem pressa, pela cidade onde muitos comerciantes faziam seus negocio e vendiam suas especiarias, tapetes, perfumes, joias... sentiria falta daquela chata, mas ela já se arriscou demais ficando esse tempo comigo, já quase viu meus truques, e não quero arriscar que "ela" a descubra.

A escolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora