Carlos passou aquela noite no meu apartamento e transamos outras duas vezes. Eu não quis mais pensar no que tinha acontecido, eu só queria ele ali comigo, me preenchendo, me amando. Meu coração implorava para lhe dar outra chance e aquilo foi mais forte do que a minha mágoa.
No dia seguinte, ele me levou de carona e disse que não era mais para eu ir de ônibus. Questionei-o se não daria margens a fofocas na empresa e ele apenas sorriu.
Ao chegarmos no escritório, notei que alguns colegas nos olhavam com curiosidade. Elaine tinha um sorriso no rosto.
Antes do almoço, ela aproveitou que eu havia levantado para pegar um café e se aproximou.
— Está grávida, Lena? — perguntou baixinho.
— Nãaaao.
— Fez o teste?
— Fiz, mas deu negativo.
Ela fez uma cara de muxoxo.
— Que pena, Carlos ia gostar...
Arqueei as duas sobrancelhas.
— Elaine! Como...?
Ela riu.
— Mais evidente do que vocês têm deixado, impossível.
Olhei-a, esperando uma explicação.
— Carlos não tira os olhos de você. E vi como você ficou incomodada com a presença da Suellen aqui outro dia. Vi que depois disso, você se afastou... — Ela fitou-me com interesse. — Já fizeram as pazes?
Eu estava surpresa com a perspicácia de Elaine.
— Fizemos, mas...
— Mas... ?
— Ele ficou com ela semana passada... — contei. — Disse que ficou confuso, mas que acabou descobrindo que não sentia mais nada por ela.
Elaine suspirou.
— Aquela mulher teve muito poder sobre ele, Lena. Ele fazia tudo por ela... Foram muitos anos de relacionamento, um relacionamento quase obsessivo por parte dele e abusivo por parte dela. Acho que foi natural ele se sentir confuso, ficar em dúvida. Perdoe-o. Se ele diz que não sente mais nada, acredite. Carlos é um dos caras mais sinceros que conheço, ele não mentiria para você.
Sorri. Era bom ouvir aquilo.
— Acho que já o perdoei.
— Isso é bom. Agora é melhor cuidar bem dele, porque, se eu o conheço bem, ele irá entrar nisso de corpo e alma, ele vai se entregar e se doar a você com tudo o que tem. Então não o machuque, ou irá se ver comigo! Entendeu? — disse ela sorrindo.
— Entendi perfeitamente, dona Elaine — sorri também.
Olhei para meu querido chefe que estava nos observando com uma cara de curioso. Ele era tão passional assim? Um formigamento subiu pela minha nuca. Ele era lindo...
Para minha surpresa, quando fomos almoçar, Carlos enlaçou-me pela cintura na frente de todos. Pelo visto, ele não queria mais esconder nosso envolvimento e isso me aqueceu o coração.
À tarde, ele saiu e só voltou no fim do expediente. Perguntei onde ele tinha ido e ele me deu um sorrisinho safado, sem me responder. Quando chegamos em nosso prédio, ele me pediu para que fosse até o apartamento dele. Relutei. Não tinha certeza se queria entrar lá. Não queria ficar imaginando que ele a bruaca haviam transado ali.
— Por favor... — Ele pediu.
Entrei e meu queixo caiu. O apartamento estava cheio de arranjos de flores e a mesa posta com cuidado.
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Vizinhos: contos eróticos - DEGUSTAÇÃO
Romanceconto 1- MEU CHEFE, MEU VIZINHO DELICIAAA...- Esse livro é uma coletânea de três histórias, porém só a primeira está disponível nesta publicação. As demais você poderá ler na Amazon! Contos: #1 Meu chefe, meu vizinho... deliciaaa! #2 A garota da...