𝘰𝘯𝘦 - 𝘰𝘩 𝘣𝘢𝘳𝘯𝘦𝘺

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S T E V E

Eu encarei meu padrasto com certa raiva e ele riu. Riu com desdém.

– Mãe? Você vai realmente deixar isso acontecer?

Ela ficou quieta por uns segundos, o ambiente estava pesado e eu queria morrer ali mesmo.

– Filho, pense pelo lado bom.

– Mãe, o infeliz do seu marido jogou na minha cara que eu não tenho direito nenhum, já que eu sou órfão de pai. Onde tem lado bom nisso?

– Amor, o James vai estar lá. - suspirei pesadamente e afundei no banco de trás do carro. - E o seu pai aqui só quer o nosso bem.

– Meu pai faleceu, esse imbecil não é meu pai e ele não faz nada por mim.

– Eu não sou seu pai, por isso não tenho obrigação nenhuma com você. - Paul disse com aquela voz nojenta. - E você é um delinquente, garoto!

– Você sabe que inventou esse negócio todo de má reputação e espalhou pela vizinhança, eu odeio você!

– Steven! - minha mãe repreendeu.

– Se você deixar esse imbecil me largar lá, esqueça que tem um filho. - fiz um drama básico.

– Chegamos! - a minha mãe disse abrindo a porta do carro e esperando que eu saísse. E não foi o que aconteceu. - Vamos, meu amor!

– Mãe, eu estou falando sério... - ela já tinha lágrimas nos olhos. - Se eu sair desse carro não espere que eu volte a pisar naquela casa.

– Não dificulte as coisas. - ela pediu. - Por favor, Steve. Sai desse carro.

– É isso que você quer? Certo? - eu ri com desdém. - Parabéns, Paul! Conseguiu se livrar de mim como tanto queria.

Sai do carro e encarei minha mãe com um certo desespero. Ela não se moveu. Sorri fraco e passei por ela, abrindo o porta malas em seguida. Tirei minhas coisas de lá e encarei os três edifícios.

Um para dormitórios femininos, o do meio era a "escola" e o outro eram os dormitórios masculinos.

– Filho... - encarei a mulher e balancei a cabeça. - espero que me entenda.

– Entendo perfeitamente, mãe. - ela sorriu aliviada. - Você escolheu esse imundo ao invés de me escolher, mas tá tudo bem, a vida tem dessas. Espero que ele cuide de você e te faça feliz.

Levantei a alça da mala e sorri uma última vez para ela.

– Espero que não se arrependa dessa escolha, não tem mais volta. - abracei ela apertado e deixei algumas lágrimas escaparem. - Eu te amo apesar disso.

– É o melhor para você, filho. Eu te amo! - balancei a cabeça e me afastei dela.

Ela entrou no carro e o imbecil nem esperou ela entrar direito para arrancar com o carro. Tomara que morra, desgraçado.

– Perdido, mocinho?

Me virei para a dona da voz, uma ruiva - bem bonita por sinal - me chamou sorrindo.

– Huh, acabei de chegar. Sou Steve Rogers. - ela sorriu estendendo a mão, a qual eu dei um beijo delicado.

– Natasha Romanoff. - sorriu. - Vou te ajudar a achar seu quarto.

– Você por acaso conhece algum James Barnes? - ela balançou a cabeça.

– Barnes não me é um sobrenome estranho.

Me lembrei o quanto ele odeia ser chamado daquele jeito e ri.

– Algum Bucky?

– Oh, Barney... - ela sorriu. - Ele é um sem noção.

𝘽𝘼𝘿 𝙍𝙀𝙋𝙐𝙏𝘼𝙏𝙄𝙊𝙉 Onde histórias criam vida. Descubra agora