Capítulo 12

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(S/n)'s POV

Na noite passada nós mudamos um pouco o esquema. Eu dormi junto com o Dylan, no meu quarto, e Soph(shopia) foi dormir com Megan(melissa). Dylan(Miguel) disse que queria conversar comigo, mas acabou dormindo antes. Estava em um dos meus sonos mais profundos quando ouvi a porta ser quase derrubada por fortes batidas. Me levantei, cambaleando tanto que parecia que estava bebada, e peguei meu celular. 11 a.m., quem era a essa hora? Pode não ser considerado cedo por muitos, mas para mim é muito cedo. Antes do meio dia é muito cedo. A porta ia ser derrubada qualquer momento, e não é exagero.

-- Já vai, porra! -- irritada -- Sabe esperar não, merda? -- Peguei as chaves e a destranquei. -- Jessy(Luiza)? O que faz aqui? -- em seu rosto era desenhada uma expressão de preocupação.

-- Eu preciso falar com o Dylan. É muito importante (S/n)! Tenho tentado falar com ele a muito tempo, mas ele não me atende, nem me responde.

-- Falar comigo? -- Dylan colocava uma camisa atrás de mim, pois havia dormido sem. A mesma assentiu.

-- Entra Jessy. -- a mesma fez e se sentou no sofá.

-- Primeiro de tudo, Jéssica, como achou meu endereço? Veio para Los Angeles só para falar comigo? Por que essa cara de assustada? Por que... -- dei um tapa no meu amigo.

-- Gato, se controla! -- ele assentiu pedindo desculpas.

-- Então, vocês estão mesmo juntos? -- por instinto respondi que não, mas ao mesmo tempo Dylan disse que sim. Depois mudamos essa ordem. Até que, por fim, falei:

-- Não! Não estamos juntos, nunca estivemos e nunca vamos estar. Vocês dois se resolvam e parem com essa putaria. Eu vou voltar a dormir, passar bem. -- não me acorde antes do meio dia.

Dylan's POV

Eu e Jessy esclarecemos muitas coisas, muitas mesmo. Nós conversamos civilizadamente, fizemos perguntas um ao outro,... Até que ela me falou algo que me deixou boquiaberto. Ela enrolou muito mais que isso para dizer, mas, basicamente, disse que sou pai. Exato. Pai.

-- M-mas você tem certeza que é meu? E o Rodrigo? Pode ser dele também, né?

-- Não, não pode. Eu nunca fiz nada com o Rodrigo. -- me assustei, isso deve ter ficado nítido -- As poucas vezes que quase chegamos lá eu falei o nome de outra pessoa e, digamos que, ele não gostou. -- tentava respirar fundo e acalmar meu coração.

-- Você vai me achar muito escroto se eu pedir um exame de DNA?

-- Não. Eu te entendo. Podemos providenciar. -- assenti. Levei minhas mãos até meus cabelos.

-- Quantos meses?

-- Estou de cinco.

-- Cinco? E só veio me dizer agora?

-- Eu tentei te dizer antes, mas você simplesmente não colaborou. Te liguei um milhão de vezes e você recusou. Te mandei mil mensagens e você ignorou. Te mandei vários recados, mas você não deu a mínima.

-- Eu não tinha ideia de podia ser... Isso.

-- Não dava para você fazer as contas? -- realmente as contas batem. Fiquei encarando sua barriga. -- Quer mexer?

-- Eu? -- assentiu óbvia. -- Tá. -- levei minha mão até sua barriga, devagar. -- Já sabe se é menino ou menina?

-- Mais ou menos. Eu fiz um exame, mas nada muito certo. Quer saber? -- assenti. -- A princípio é um menino.

(S/n)'s POV

Fiquei um tempo no quarto, mas não consegui dormir. Estava com medo daqueles dois colocarem fogo na casa. Depois de um tempo, quando Jessy foi em bora, Dylan veio me chamar para conversar. Chamou também Soph e Meg. E, bom meus caros, serei titia. Nós ficamos super animadas, afinal não é todo dia que seu melhor amigo anuncia que vai ser pai, mas ele não parecia feliz.

-- Amigo, por que não está pulando de alegria?

-- Sei lá, Meg, isso tudo é muito novo. Sabe, eu nunca quis ser pai, ainda mais aos vinte e um anos. Não sei se estou pronto.

-- Existe algo chamado camisinha. Se tivessem usado isso não teria acontecido.

-- A gente não usou porque ela disse que tomava anticoncepcional, então não vi problema.

-- Independente disso, a gente vai estar aqui te apoiando. -- o abracei -- Não está sozinho nessa.

-- Também quero! -- Megan nos abraçou e Sophie em seguida.

Depois de conversar muito com meu amigo consegui animá-lo um pouco. Voltaram a bater na porta, e eu fui atender. Pensei que Jessy tivesse esquecido algo, mas assim que a abri dois lábios se colaram nos meus, antes que pudesse ver quem era. Na verdade nem precisei ver nada para saber de quem eram aqueles lábios. A maior me grudou na parede e, mordendo meu lóbulo, perguntou:

-- Tem alguém em casa?

-- Tem "alguéns" em casa! -- falei rindo, pois Dylan, Megan e Sophie estavam olhando-nos enquanto seguravam o riso. Demi olhou para trás e os viu, os mesmos não conseguiram conter o riso. A moça em minha frente escondeu seu rosto em meu pescoço.

-- Que vergonha! -- minhas mãos escondiam mais ainda seu rosto corado. Depositei beijos em seus cabelos.

-- Fica tranquila que eu já vi pior! -- o idiota morria de rir.

-- Dylan!

Ficaram um tempo nos zoando, até que eu resolvi ir para a sala de música com minha gata. Sentei em um banquinho e ela sentou no meu colo, atacando meus lábios novamente. Depois de nos beijarmos, muitas vezes, contei a ela que seria tia e ela se animou também.

-- Eu sempre disse que queria começar a ter filhos aos trinta, mas, bom, não aconteceu como imaginei. -- ri. -- Já se passaram quatro anos do esperado e nada.

-- A vantagem de ficar com mulheres é que você não tem perigo de engravidar sem um planejamento, como o Dylan! -- mostrou aqueles belos dentes em forma de sorriso.

-- Ele não parece muito animado. -- se ajeitou no meu colo e fechou os olhos contra meu pescoço.

-- Não está. Dylan sempre deixou muito claro que não queria ser pai. Desde os treze ele já dizia que não queria.

-- Mas... E você. Quer ser mãe? -- engasguei com minha saliva. -- Ok, se não quiser responder não precisa.

-- Não! É que, eu também não queria. -- questionou o "não queria". -- Não queria porque agora eu quero. Você abriu meus olhos para muito coisa, Lovato.

Depois que disse isso ela ficou meio estranha, não sei se de um jeito bom ou ruim. Foi embora não muito tempo depois. Cara, sabe, tem muito tempo que alguém não me faz sentir como ela faz. Ela me faz sentir renovada, nova, outra pessoa. É, eu acho que Demetria Devonne Lovato está me fazendo abaixar minha guarda depois de sete anos. Arrisco até dizer que estou me apaixonando. Sim, eu disse apaixonando. Percebi que ela é totalmente diferente do que conhecemos pela mídia. Se eu estiver me apaixonando é realmente pela Demetria, não pela Demi.

-- I think I love her. (Eu acho que a amo)

~•~•~•~•~•~•~•~•~

Hey gatinhes, como estão? Eu disse que ia postar um capítulo novo ontem a noite, mas acontece que eu dormi escrevendo (muito a minha cara) e acabei não postando. Porém aqui está ele.

Agora sim as coisas vão começar a esquentar por aqui rsrs.

Você não pode se livrar dos seus medos, mas pode aprender a conviver com eles. Não é tão ruim quanto parece.

Amo vocês, até breve 💙

Sob os Acordes do Destino [Demi Lovato]Onde histórias criam vida. Descubra agora