7 Cores

Capítulo Três

Duas semanas se passaram, o tempo começou a fechar para a alegria dos dois, Maya já havia ajeitado suas coisas escondida de seus pais

- conseguiu? - Maya se vira para trás em sala de aula

- Tá na mão - ele cochicha

Ambos haviam pegado o cartão de seus pais escondido, era algo errado com toda a certeza, mas eles sabiam o que iriam fazer. Assim que bateu o sinal eles correram para casa que era apenas a um quarteirão dali.

Eles haviam combinado que assim que a chuva começasse eles se encontrariam na estação de trem. Maya colocou sua capa de chuva rosa e suas galochas, amarrou os longos cabelos ruivos em um rabo de cavalo e colocou sua mochila nas costas com tudo que precisava.

A chuva começou, Maya precisava sair de casa sem que seus pais a vissem, ela desceu as escadas lentamente e olhou para os dois lados como se fosse atravessar a rua e andou de fininho até a porta dos fundos e foi abrindo lentamente

- Aonde a senhorita pensa que vai? - diz o irmão mais velho sardento de Maya

-Dylan - sorri de lado - eu só ia até a casa do Will

- E porque você não passa pela porta da frente? ou melhor, porque você não avisa pra mamãe ou papai?

-Puff...- revira os olhos - não é nada demais maninho

Maya não suportava seu irmão mais velho, como ela mesma dizia "ele é a personificação do própria coisa ruim"

-MÃEEEE! - ele grita

- tá bom, tá bom - ela tampa a boca dele - o que você quer pra não dizer nada?

- Primeiro você vai me dizer aonde vai, e segundo, você vai fazer tudo que eu mando por duas semanas

Maya pensou bem

- Fechado!

eles apertam as mãos

- E ai, pra onde você vai? - cruza os braços

- Eu vou procurar o final do arco-íris!

Dylan não segura a risada

- Isso não existe tampinha - ele recupera o fôlego

-Já acabou Dylan? - ela fica séria

-tá, pode ir pirralha

-se a mamãe ou o papai perguntarem- aponta o dedo em seu rosto - você não sabe de nada

- Deixa comigo.

Maya sai de casa e corre até a estação que não era a longe dali, ela vê seu amigo com sua capa de chuva verde e logo da um sorriso

- e ai, alguém te viu? - Will pergunta

-Dylan!

- Que? E se ele contar Maya?

-Ele não vai contar, fiz um trato com ele - revira os olhos

Will olha para todos lados e molha a ponta do dedo virando para um lado e para o outro

-O que tá fazendo?

-É vento sul! - ele exclama

- Como você sabe?

-Eu presto atenção nas aulas de geografia sabe...

-O que eu faria sem você? - ela sorri

- Nada!

Maya anda até o mapa que ali havia e olhou todas as cidades ao sul

- Acho melhor irmos para a Green City

- Meu pai mora lá - diz cabisbaixo

-Desculpa Will, eu não lembrava

O pai do Will largou ele e a mãe quando ele tinha cinco anos de idade, desde então ele só deposita a pensão e nada mais

- É bom, assim se precisarmos de um lugar para ficar, eu posso pedir

-Acho que a gente não vai precisar - Maya comenta

- Não sabemos quando essa chuva vai passar.