Como fui me apaixonar por Derek Hale?

Eu fui um idiota

-É… é claro que não vocês acabaram de ser atacado. -Disse meu pai colocando a mão sobre o meu ombro. -Mas graças a Deus todos vocês estão bem.

- Sim, estamos. -Respondi cabisbaixo. 

Lydia estava em um canto conversando com Parrish, eles se abraçaram e se beijaram, senti um pequena inveja por não poder fazer o mesmo com o Derek. E eu também estava preocupado, pois estava tarde e não fazia idéia de onde ele poderia ter ido a essa hora. 

-Parrish pode me ajudar aqui? -pediu meu pai.

-Estou indo chefe. - ele deu um leve beijo em Lydia e veio em nossa direção.

-Parrish me ajude a pegar esse corpo -indicou o alfa que Derek matou- e vocês peguem aquele ali.-Apontou o corpo do cara que o Derek matou mesmo depois que Scott havia dito que não.

Meu pai e o Parrish saíram na frente, logo depois Scott e eu erguemos o outro corpo, o que foi bem fácil pro Scott, e mais fácil do que eu esperava para mim.

- O que houve entre você e o Derek? -Scott sussurrou enquanto levávamos o corpo para fora da casa.

- Ele não gostou de algo que eu falei e deu todo aquele show. -Bufei.

- Tá, mas o que você falou?-Ele perguntou curioso. 

- Depois que meu pai for embora te falo, até por que a Lydia também deve querer saber. -Sussurrei em resposta. - Pai onde colocamos?

- Porta-malas. - Ele respondeu caminhando de volta para a casa. 

Voltamos para a casa enquanto Parrish e meu pai levaram o último corpo, ficamos em silêncio até que eles voltaram.

- Vocês não precisam se preocupar com nada, em questão as corpos pelo menos, mas tomem cuidado. - Disse meu pai. -Ah! Filho, o almoço amanhã ainda está de pé? 

-Sim, claro! -Exclamei surpreso, pois não havia percebido que já havia chegado a data que marcamos de almoçar juntos.

-Amor, você quer que eu volte depois para ficar aqui? - Parrish perguntou a Lydia, ele devia tá preocupado, pois Lydia estava abraçada ao próprio corpo e com o olhar perdido. 

-Seria bom. -Ela respondeu sem focar o olhar nele.

Parrish pareceu incomodado com isso, mas não disse nada. 

Assim que eles foram embora, Scott já me questionou curioso. 

- O que houve entre você e o Derek? - Ele perguntou enquanto nos dirigíamos ao sofá. 

Vi que Lydia também me olhava curiosa. Fechei os olhos e respirei fundo e comecei a contar o que havia ocorrido após todos estarem sentados.

- A gente subiu para o quarto e eu falei que meu pai não sabia sobre a gente, mas até aí tudo estava bem. Até que ele perguntou o porquê, já que meu pai não parece o tipo que ficaria com raiva por conta disto e eu falei que era pelo fato de ser filho único e que meu pai esperava que eu tivesse uma família um dia.

- Mas vocês podem ter uma família. - Lydia olhou com uma cara de que aquilo era bem óbvio. 

- Ele disse isso, mas eu disse que não seria a mesma coisa.

- Sabe que isso foi bem babaca, né? - Lydia perguntou.

- Por que? -Perguntou Scott tentando entender. 

- Porque o que se dar a entender é que o Stiles não acha que seria a mesma coisa, pois os filhos deles seriam adotados ou por terem apenas o genes de um deles e é muita estupidez pensar assim. Até porquê família é mais do que um laço sanguíneo e você Stiles -ela me encarou- deveria entender isso muito bem até porque o Scott é praticamente seu irmão.

- Agora que você disse desta maneira entendo porque ele ficou com raiva e estou me sentindo mal por ter sido tão idiota. - Passei as mãos sobre o rosto. - Além de está preocupado com ele.

Scott se sentou ao meu lado e colocou a mão sobre o meu ombro direito.

- Derek sabe se cuidar, ainda mais agora que ele é um alfa novamente. Você não precisa se preocupar com ele e provavelmente amanhã vocês vão estar bem novamente. -Disse ele tentando me tranquilizar.

Concordei com a cabeça, mas ainda continuei cabisbaixo. Ficamos todos sentandos em silêncio por alguns minutos até que Scott, foi se deitar, pois tinha que ir a Beacon Hills pela manhã, para ver se os outros estavam bem. Ficamos apenas Lydia e eu ali apenas nos encarando, até que Parrish chegou.

Lydia se levantou e o abraçou apertado, ouvi quando ele sussurrou que a amava, ela sussurrou de volta. Lembrei do dia em que Derek disse que me amava e que eu simplesmente não respondi, a culpa chega fez meu peito doer.

Eu o amava, e agora sabia disso só esperava que não fosse tarde para dizer isso a ele. Me levantei e fui para o quarto, estava escuro e frio, olhei para o quarto e lembrei do nosso primeiro beijo e de tudo que havíamos vivido ali, desde a nossa primeira conversa naquele quarto que foi quando eu vi que aquele era um novo Derek, um que era doce, meigo, companheiro, que se importava com os amigos e que faria de tudo por mim, pude ouvir claramente a voz dele em minha cabeça relembrando que ele havia me feito dormi enquanto cantava, isso me fez sorrir, entretanto não um sorriso alegre, mas um sorriso amarelo e sem graça, pois isso também me lembrou a decepção em seus olhos e a raiva que ele me olhou antes de sair. 

Me joguei na cama, enfie a cara no travesseiro e senti as lágrimas molharem meu rosto. Eu estava arrependido, percebi que o que eu havia dito por mais que na hora parecesse algo bobo para mim, para ele foi algo preconceituoso, porque o que se deu a entender era que nós não éramos um casal de normal, e que eu não esperava ter uma família como ele. O arrependimento doía meu peito e eu chorei até que acabei pegando no sono.

Acordei com o som de do despertador tocando, sem abrir os olhos tatei a cama em busca de Derek, mas ele não estava lá, ele havia passado o resto da noite fora. Me levantei sem animo algum, mas precisava sair cedo para comprar as coisas para o almoço.