Teimosia...

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No dia seguinte:
- Acorda Matilde, temos de ir tomar o pequeno-almoço. - diz a Maria, enquanto me abana como se tivesse a mexer um cocktail.
- Só mais 5 minutos.
- Nem 5 minutos nem 5 segundos, é já! Temos um longo dia pela frente.
- O que é que vai acontecer assim de tão especial?
- Não vai acontecer nada, simplesmente os vampiros gostam de acordar cedo. Se não tiveres pronta em menos de 10 minutos o Christopher passa-se, ele costuma acordar mal disposto e é melhor fazer o que ele quer mesmo que custe um bocado obedecer àquele tonto.
- Vai indo para baixo, eu já lá vou ter, vou só tomar banho.
A Maria foi indo e eu fui tomar banho, vesti-me, etc... e desci para tomar o pequeno-almoço.
- Bom dia. - disse eu com uma cara de simpatia.
Todos (incluindo os empregados) ficam calados exceto a Maria que me responde como deve de ser.
- Eu posso estar mal da memória, mas sei que quando alguém nos deseja um bom dia, fica de bom-tom fazer o mesmo.
- Quem é que pensas que és para me dizer isso? Que eu saiba, também é de bom-tom chegar a hora ao pequeno-almoço. - disse o Christopher já com um pouco de raiva.
- Desculpa lá se eu não pude o despertador para as 4 da manhã. - respondo eu também com um pouco de raiva.
- Já estou farto desta discussão! Não vou gastar mais do meu latim com uma miudinha. Vou dar uma volta. - diz o Christopher, já totalmente enervado.
- Eu também vou dar uma volta, nem vou comer nada porque toda a comida que entrar sai direitinha na cara dele... Vens Maria? - digo eu também enervada.
Eu e a Maria fomos dar uma volta junto à praia quando nos deparamos com duas raparigas que vinham na nossa direção, penso que conhecem a Maria e ela também as conhece.
- Oi Maria, quem é ela? - disse uma delas
- Oi meninas, esta é a Matilde, eu já explico tudo, e Matilde, estas são a Iara e a Joana, minhas conhecidas.
- Ela não tem amigas, só conhecidas. - sussurra-me a Iara
- Olá, e um prazer. - dizemos as três depois de um pequeno sorriso discreto devido ao comentário anterior.
Ficámos imenso tempo a conversar e a conhecermo-nos melhor, elas são muito simpáticas.
- Gostava-mos de ficar a falar, mas temos de ir, não precisamos de mais motivos de discussão entre a Matilde e o Christopher. - diz a Maria depois de ver as horas
- Como ela tem coragem de discutir com ele? E aliás, deves ser especial para ele te dar assim tanta importância. - disse a Joana.
- Essa é cá das minhas. - diz a Maria, toda orgulhosa.
Fomos para casa e deparamo-nos com um cenário estranho: estava o Christopher com uma rosa na mão e com uma cara de cachorrinho (ok, admito, ele fica fofo assim... mas o que estou a pensar? Ele é um idiota, pára com isso Matilde), mas o mais estranho é que ele vinha na nossa direção.

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