Destinos Ensanguentados

Vocês conhecem-se?

Eu não podia acreditar! O meu ex-namorado estava mesmo à minha frente! Mas espera um pouco... como é que ele sabia da existência daquele mundo? É melhor, como é que ele conseguiu entrar? Não eram só os vampiros que tinham a chave de acesso? Eram imensas as perguntas, nada fazia sentido e ainda vinha a piorar quando o ouvi pronunciar o meu nome:
- Matilde! Finalmente te encontrei, estava preocupadíssimo.
- Espera aí... vocês conhecem-se? - disse o Christopher num momento pouco oportuno.
- Isso digo eu! Como é que este idiota sabe da existência dos vampiros?
- Eu explico-te tudo, mas primeiro tens de voltar comigo, está toda a gente preocupada.
- Eu não vou contigo a lado nenhum! Eu não te quero voltar a ver! Percebe isto de uma vez, ACABÁMOS! - diss aquilo é saí a correr enquanto as memórias vinha e lágrimas caiam.
- Matilde espera! - gritaram o Erick é o Christopher ao mesmo tempo.
- Então, tu é que és o Erick? Anda cá que eu já te dou o teu merecido. - disse a Maria a ponto ponto bater  o Erick, mas foi impedida pelo irmão antes de poder fazer alguma coisa (que pena, queria mesmo ver porrada).
- Mas o que é quiser e se possa aqui? Como se conhecem? - perguntou o Christopher enquanto segurava a fera (Maria).
A Maria teve a delicadeza de explicar tudo o que se passou entre a Matilde e o Erick, incluindo a traição, mas nunca referir o facto dela ser humana.
- Tenho de ir ter com ela, ela pode cometer uma loucura e ainda por cima o sol está muito as quente agora. - disse o Christopher antes de sair a correr a alta velocidade.
O Erick também queria ir, mas a Maria lançou um olhar, apertando os punhos que o fez ficar imóvel.
Narra Christopher:
Estive a correr durante cinco minutos, estava realmente preocupado com ela, felizmente encontrei-a na praia. Ficava tão linda sentada a apanhar sol... ESPERA! Ela estava a APANHAR SOL, está louca! A minha única reação foi ir a correr a alta velocidade e pegá-la ao colo levando-a para a sombra.
- Mas estás louca, não podes mandar por aí a apanhar sol... mas espera! Tu não tens uma única queimadura! Tu não és vampira pois não? És uma humana! Bem me parecia que me tinha cheirado a sangue humano que te picas-te na rosa! A Maria vai ter muito que explicar!
- NÃO! Não faças isso! Fui eu que a convenci a deixar-me ficar e fingir que sou um vampiro, ela não tem culpa nenhuma, a culpa é toda minha.
Ele baixou um pouco o tom da voz ao ver que os meus olhos estavam a começar a ficar húmidos, para depois dizer:
- Só diz-me uma coisa, porquê?
- Se bem conheço a Maria já te contou tudo...
Depois de uma breve explicação, ele ficou calado para interiorizar a informação, mas o silêncio foi quebrado uns minutos depois:
- Ele era meu melhor amigo...