Decisão precipitada

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Não aguentei as lágrimas e desmanchei-me a chorar. Não podia acreditar nisto. Não sabia o que era pior: se os meus pais terem morto alguém ou não ter dado oportunidade ao Christopher de se explicar. Acho que o pior era mesmo não ter a oportunidade de ser eu a pedir desculpas ao Christopher, agora já não vou ter.
- Lembras-te do que te pedi à umas semanas? Já decidi, vou mesmo fazer isso.
- Tens mesmo a certeza? Não sei se sabes, mas isso é algo irreversível. - diz a Maria, preocupada.
*Para quem não percebeu, aqui está o que aconteceu*
- Tenho de provar ao Christopher que gosto mesmo dele.
- Como pensas fazer isso?
- Talvez uma declaração, não, é muito normal, tem de ser algo especial.
- Não me perguntes, não sou boa nessas coisas.
- ... já sei! Maria, sabes transformar humanos em vampiros?
- Claro que sei, todos os vampiros sabem... espera, não estás a pensar no mesmo que eu, pois não?
- Eu vou-me tornar num vampiro! É a pro a de amor perfeita.
- Não há nada que possa fazer para te impedir, pois não? Ser humano deve ser ótimo.
- Não, não há nada que possas fazer.
- Se é assim que queres. É melhor ires-te despedindo da tua pele morena, nunca mais vais apanhar sol, a não ser que queiras uma viagem de borla daqui para o inferno, só de ida.
Voltando à realidade:
Narro eu;
Tal como pedi, a Maria transformou-me em vampira e ensinou-me a ser uma.
Como ela não tinha onde ficar, deixei-a ficar em minha casa. Começámos a ir juntas para as aulas. Claro que tivemos de inventar que ela era minha prima e que se tinha mudado de outro país. Toda a gente acreditou, que burros!
Agora a minha vida está a melhorar, mas ainda sinto u espaço vazio que ninguém consegue ocupar, ele pertence ao Christopher para todo o sempre.

Destinos EnsanguentadosOnde histórias criam vida. Descubra agora