Aparecido

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Saímos da festa em direção a uma pastelaria.

- Júlia, vou falar com meu pai sobre a minha saída da festa, você me espera um pouco? - Olho para a sua cara de preocupação e noto que ele se importa comigo.

- Pode ir, eu fico te esperando aqui fora. - Digo com um sorrisinho no rosto.

- Mas e se o Alex vier falar com você? Se a Nayara abusar da sua fragilidade? E se... - Eu o interrompo pois sei que se deixar ele falando tudo que pode acontecer, provavelmente vai falar por umas 3 horas.

- Calma Ivan, eu sei me cuidar, qualquer coisa eu te chamo, ou sei lá, grito.

- Haha, espero que não precise disso. Mas é sério, eu tô preocupado em deixar você aqui, tá muito escuro.

- Ivan, eu já lutei Caratê, acho que ninguém se meteria comigo. - Olho para ele com uma cara falsa de raiva e com as punhos cerrados.

- Tá bom então, confio em você. Vou lá e já volto, espere por mim. - Diz simpático e entra dentro do estabelecimento.

Alguns minutos depois sinto alguém tocando em meu braço.

- Oi gatinha... - Diz um rosto conhecido que vi na festa. - Vamos dar um rolê na minha casa? - Dito isso e começa a puxar meu braço.

- Sai menino, não tô afim.

- Vamos, é rapidinho. - Olho para o estado dele e percebo que está completamente bêbado. - Eu te dou 10 reais aqui. - Me mostra um panfleto de transformar dinheiro em ouro.

- Já falei que não garoto. - Falo brava me afastando.

- Vai ser bom, eu vou começar a te beijar e depois você sabe o que acontece né? - Ele diz quase caindo no chão de tão alcoolizado que estava.

- Não sei, não quero saber, muito menos com você. - Digo me afastando ainda mais e indo pra perto da pastelaria onde estava Ivan.

- VOCÊ É UMA PUTA MESMO, EU SOU UM CARA BACANA E VOCÊ ME REJEITA ASSIM? SABE QUANTOS CARAS NÃO FALARIAM COM VOCÊ E SIMPLESMENTE SÓ FARIA AS COISAS ERRADAS QUE ELES QUEREM FAZER? - Ele começa a gritar completamente desesfreado e dá um tapa no meu rosto que arde na hora.

- PARA DE SER COVARDE, DEIXA A JULIA EM PAZ SEU FILHO DA PUTA. - Ivan grita saindo rapidamente da pastelaria de seu pai. - SAI DAQUI SEU BABACA. - Grita mais uma vez e da um murro no cara.

- Eu to de boa aqui mano, só estávamos conversando. - O homem começa a andar para trás, sem controle e acaba caindo.

- SAI LOGO DAQUI, OU VOCÊ QUER QUE EU TE BATA DE NOVO? - Vi a furia em seus olhos.

Ele levanta e sai rapidamente, fiquei novamente à sós com o Ivan.

- Você está bem? Tá doendo? Quer que eu te leve ao médico? - Ele pergunta com um grau de preocupação. - Se aquele cara tiver feito algo com você eu juro que eu o mato. - Ele vai cerrando os punhos e trincando o maxilar.

- To melhor agora, que você chegou. - Olhei para ele com o meu melhor sorriso.

- Sua bochecha está vermelha... Quer um gelo? - Disse colocando as mãos macias em meu rosto.

- Não precisa, estou bem... Na medida do possível.

- Quer voltar para a festa então? Talvez alguém tenha alguma bolsa de água quente ou de gelo. - Ivan me diz preocupado com o que pode acontecer se ficarmos aqui fora.

- Não, só quero que você fique aqui... comigo, por favor... - Apenas o abraço.

   Ele corta o abraço, olha no fundo dos meus olhos, e se aproxima lentamente, eu sem muita paciência junto logo nossos lábios, e ele comanda o beijo, um beijo apaixonado e suave

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Ele corta o abraço, olha no fundo dos meus olhos, e se aproxima lentamente, eu sem muita paciência junto logo nossos lábios, e ele comanda o beijo, um beijo apaixonado e suave.

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