Quando o passado bate a sua porta, Júlia Dorama se desespera para fazer a escolha certa, mas com escolhas erradas ela percebe que tudo pode ficar mais fácil se ela simplesmente não se importar.
- O que você pensa que está fazendo? - Aline vem correndo em minha direção e me para.
- Eu tô saindo, esse lugar não é para mim, eu já sabia. - Disse chorosa e Aline percebeu as lágrimas descendo dos meus olhos.
- O que aconteceu? - Ela coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. - Olha para mim.
Eu apenas a olho e começo a chorar, um choro baixo e fraco.
- Eu sou muito trouxa mesmo. - Digo soluçando sem muito controle das minhas lágrimas. - Sou muito trouxa de pensar que o Alex era o garoto que eu sonhava, que eu pensava que ele era. Mas o pior foi quando ele começou beijar a puta da Nayara na minha frente, eu fiquei segurando vela pra aquela, aquela...
- Calma Júlia, você sempre soube que ele era assim, só... não queria acreditar que ele era desse jeito. - Pior que ela estava certa.
- Não joga na minha cara Aline.
- Mas você sabe que esse tipo de menino só ilude né? - Certa novamente
- Sim mais...
- Mais nada, levanta a cabeça princesa, senão a coroa cai. - Ela diz levantando o meu rosto e me abraçando. - Vamos, se quiser sair eu vou com você.
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- Não precisa, eu vou no banheiro secar meu rosto, arrumar meu cabelo e já volto para nós festejarmos.
- Nossa, de onde veio essa animação? Pensei que você tava na bad depois do que viu...
- Não, eu já estou bem, já lavei minha alma, e agora vou lavar meu rosto.
Vou até o banheiro andando mais tranquilamente possível, mas apresso meus passos quando vejo Alex sozinho num canto da festa. Chego no banheiro e vou direto para uma pia qualquer e começo a molhar meu rosto. Ouço o barulho da porta abrindo e apenas continuo o que estava fazendo.
- Vocês tinham que ver a cara da iludida quando ele falou que eu dei trabalho pra ele. - Quem eu mais temia apareceu, Nayara, ela estava rindo que nem uma hiena escandalosa. - Deu até dó, mas fazer o que o Alex tem olhos para a minha pessoa.
Eu só estava lavando o meu rosto esperando quando elas iriam sair, graças a Deus, e ao grande espelho que que estava naquele banheiro, Nayara e suas pirralhas apenas ficaram se olhando e passando umas cinco camadas de batom vermelho na boca.
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- Vamos meninas, não temos mais nada para fazer aqui. Vou voltar para o meu namorado. - Disse enfatizando a palavra "namorado" .
Esperei mais um pouco para sair e secar meu rosto. Sai e fui em direção a Aline, que estava com um grande sorriso no rosto.
- Já estou melhor. - Digo olhando para o chão da festa que estava brilhando com cores que eu nem sei o nome.
- Que bom, agora fique aí que eu vou pegar bebidas para nós. - Aline saiu foi na mesa de bebidas.
- Oi, como vai? - Me viro para olhar de onde vem aquela voz, era de Ivan, um menino da sala da minha irmã.
- O-oi vou bem, e você como vai? - Gaguejei mas logo me recompus.
- Vou bem, mas não estou curtindo muito essa festa.
- Nem eu...
- Então... quer sair um pouco?
- Não da, Aline está comigo, seria meio que uma falta de consideração fazer isso com ela. - Falei querendo fugir, não dele, mas de mim mesma.
- Ela vai sim. - Aline chegou já me empurrando para a saída do local. - Ela precisa dar uma saída desse lugar.
- Ei. - Digo tentando a empurrar mas sem sucesso, Aline era uma piranha gorda. - Tá bom, tá bom eu vou sair, mais para de me empurrar.
- Tá bom então , nos vemos amanhã de manhã na sua casa . - Aline vai andando rebolando novamente.
- Então... vamos? - O menino de olhos azuis me perguntou com o brilho nos mesmos.