Quando o passado bate a sua porta, Júlia Dorama se desespera para fazer a escolha certa, mas com escolhas erradas ela percebe que tudo pode ficar mais fácil se ela simplesmente não se importar.
Eram mais ou menos 2:47 quando saímos, descemos e Leandro falava boa tarde para todos que passavam. Até que ele viu um homem e passou direto por ele com uma feição aterrorizada.
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- Leandro? Leandro é você, quanto tempo... - O moço diz e vem em direção de Leandro.
- O-o que v-você quer Júnior? - Leandro diz com gaguejando e depois firma a voz.
- N-nada, só vi você e queria saber como estava
- Estou bem, não graças a você. Está morando agora? - Uma expressão confusa surge em seu rosto.
- Sim, me mudei pra cá ontem a noite, e hoje eu resolvi passear pelo prédio para conhecer meus vizinhos, muita coincidência encontrar você aqui...
- Sim, mas eu já estou saindo, tchau.
- Qualquer dia nós conversamos? - O homem olha nos olhos de Leandro como se fosse a única coisa que quisesse.
- N-não sei Júnior. Até mais.
Leandro puxa Aline que instintivamente me puxa para a porta.
- O que aconteceu lá atrás? Você sabe? - Digo cochichando para Aline
- Não tenho nem ideia. - Ela me diz cochichando também.
- Shii, parem de ser curiosas. Olha o ônibus, vamos perder.
Saímos correndo para o ponto de ônibus, vida de pobre é fogo. Pegamos o ônibus, Leandro e Aline sentam. Eles realmente gostam de sentar, idosos.
- Então... você pode me dizer o que aconteceu ali Leandro? - Aline diz com um grau de preocupação e curiosidade.
- Aquele era meu vizinho, Júnior. Nos ficávamos, até que descobri que ele era noivo de uma mulher que trabalhava na mesma empresa que eu.
- Aí é tenso né... - Digo depois dele contar a história.
- Mas agora já estou bem. - Ele diz com um falso sorriso no rosto. - Aliás, Júlia seu celular tá vibrando.
Xi, esqueci de mandar mensagem para Ivan
- Deve ser de Ivan, disse que ligaria pra ele quando chegasse. Mas esqueci
- Vixi, do jeito que esse menino é, já deve estar comprando passagem pra cá pensando que eu fiz algo com você.
- Claro que não, ele só é... preocupado comigo.
- Aham, vou fingir que acredito.
Faço uma careta para ela e disco o número de Ivan.
Ligação On
- Alô?
- Você já chegou? Está bem? Como foi a viagem? Aline está te tratando bem? Como...
- CALMA.- Dou um berro e todos do ônibus olham para mim. - Calma Ivan, eu já cheguei, estou bem, a viagem foi maravilhosa, e estou sendo tratada como uma deusa.
- Realmente. - Leandro fala alto e faço uma cara para ele parar de falar. - Aline está tratando ela melhor do que ela própria.
- Quem é esse? - Ivan pergunta surpreso.
- É um doidinho aqui.
- Doidinho nada, eu sou o amante dela. - Leandro fala mais alto e novamente todos do ônibus estavam olhando para nós.
- O QUE? - Gritou Ivan do telefone, que quase fez meu ouvido sangrar. - Eu vou ir agora.
Leandro e Aline começam a rir com minha cara de desesperada.
- Ele está só brincando amor, é um amigo da Aline.
- Amigo não, "Melhor Amigo". - Leandro diz infatizando as duas últimas palavras.