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Aprecia as coisas singelas da vida. Lembra-te de que a tua existência não está adstrita (embora venhas a transparecer o contrário) ao trabalho e à fadiga, ao entrar e ao sair, às correrias e às necessidades, nem mesmo à fumaça a que chamas dinheiro. Apazigua teu espírito, reclina-te em conforto sob o estrelado firmamento e deixa a brisa da noite acarinhar-te a fronte. Ou, se assim o preferires, escancara as janelas da casa numa manhã de céu limpo e desfruta o concerto que os pássaros gratuitamente oferecem a ti. Saboreia um bom café, ri junto daqueles a quem amas, pisa descalço a relva macia, mergulha nalgum livro que te seja agradável. Acima de tudo, cuida de gozares mais a simplicidade do que as complicações, os pequenos deleites sobre as ostentosas promessas que não se cumprem: assim, de fato viverás e terás a certeza de que não caminhas para a morte como um que já morto está.

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