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Assenhoreia-te da tua língua. Resiste, combate-a, pois quantos já sucumbiram ao seu domínio! Envolve-a em correntes e faze dela escrava de tua prudência, para que a conduzas em sobriedade e do teu falar jorre instrução. Sim, aprende a ser manso quando a vida te demandar brandura, e severo, quando o rigor clamar por teu nome; não sejas um quando tiveres de ser outro, porquanto o ouvinte que necessita da palavra dócil te odiará se fores rude, e o que necessita do conselho austero caminhará para a morte se fores clemente. Deves comandar a língua e ordenar as palavras como a um vigoroso cavalo: se o fizeres bem, não haverá distância que se oponha a ti; se o fizeres mal, provarás a violência da besta que se volta contra seu dono.

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