Sunday

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Acordei vagarosamente com os raios de sol batendo em cheio no meu rosto, virei-me para o outro lado e vi Jimin agarrado a mim dormindo serenamente. Como se fosse automático, lembranças da noite anterior invadiram a minha mente, cada toque, cada jura, cada gemido e cada suspiro me fizeram sorrir com as lembranças, foi uma noite de amor inesquecível, uma das outras mais que virão, notei que meu garoto se remexia de leve ameaçando a acordar, apenas beijei-lhe a testa e acariciei seus cabelos, nem por isso ele veio a acordar, apenas se remexeu e continuou a dormir, deveria estar cansado de tudo o que fizemos por isso relevei.
Com relutância levantei da cama para preparar o nosso café da manhã, já se passava das nove, de acordo com o horário local no meu celular. Fiz minhas higiene s matinais e desci em direção a cozinha, eu não tinha muitas opções então tentei fazer algo simples, apenas uma salada de frutas, torradas com geleia de morango e suco de laranja.

[...]

Entrei no quarto em passos leves para não acordar o garoto em minha cama, coloquei a bandeja no criado mudo ao lado e subi na cama vagarosamente. Passei a observar seus belos traços, os olhos pequenos fechados em uma expressão serena, o nariz pequeno e perfeitamente moldado, logo descendo para os seus lábios cheios e rosados que eu tanto anseio beijar a cada segundo, suas bochechas rubras naturalmente o dava um ar mais infantil e angelical, não resisti e acabei beijando uma de suas bochechas e o vi remexer, sorri e beijei-lhe a outra bochecha logo depois o nariz e por fim os lábios, após ter feito isso vi ele sorrir e abrir vagarosamente os pequenos olhinhos, acariciei levemente seus cabelos louros bagunçados e lhe dei um selar.

—“Bom dia, flor do dia.” - Sorri.

Ele se espreguiçou e sentou na cama enquanto coçava os olhos.

—“Hum, bom dia, acho que dormi demais... Mas adorei a forma que fui acordado.” - Disse ele com a voz levemente rouca o deixando ainda mais fofo. Sorri pra ele e me levantei indo em direção a bandeja com o café da manhã que estava no criado mudo.

—“Acordei mais cedo devido ao costume e preparei o nosso café.” - Peguei a bandeja e deixei sob suas pernas. - “Não é muita coisa mas eu espero que goste.” - Cocei a nuca com vergonha e o observei comer as coisas da bandeja, vez ou outra me dando na boca.

[...]

Nossa manhã se resumiu em mimos e muitas carícias, Jimin estava mais manhoso que o normal e eu estava adorando isso. Nosso almoço foi algo bem tradicional apenas arroz, bife e fritas, onde eu nós nos ajudamos a cozinhar, foi bastante divertido cozinhar com o meu pequeno, principalmente quando ele tinha que pegar algo no alto, se esticava todo mas não conseguia, obviamente, sobrava pra mim apanhar o objeto por ele, eu ria bastante por conta desse fato, o que acabava que eu era estapeado pelo próprio, me fazendo rir mais ainda e perceber o quanto fica adorável emburrado. Mas a carranca não durava por muito tempo, logo eu o enchia de beijinhos e tudo ficava bem e, eu voltava a ver aquele enorme sorriso em seu rosto angelical.
De última hora, decidimos fazer a sobremesa, um típico bolo de chocolate que Jimin afirmava ser a receita de família que sua avó o ensinará desde quando era um garotinho, fizemos uma bagunça e tanto,as no fim ficou muito gostoso, o melhor de tudo era ver meu garoto feliz com as bochechas melecadas de chocolate, onde eu aproveitava a deixa e espalhava beijinhos pelo seu rosto gordinho enquanto, com minha boca, eu retirava o exceço de chocolate.
No momento estamos jogados no sofá, eu deitado e ele por cima de mim, estamos em um momento gostoso, onde eu acaricio suas madeiras louras enquanto assistimos um filme qualquer na televisão.

—“Jeongguk.” - Jimin me chama e eu murmuro um "hm" como resposta. —“Você nunca me disse sobre a sua família, eles têm contato com você?.” - Pergunta receoso e ao mesmo tempo curioso.

Suspiro, nunca fui muito de falar sobre minha família ou me relembrar deles, meu pai sempre foi meu herói e amigo, já minha mãe sempre foi a "má" da história, desde pequeno fui desprovido de carinho materno.

Percebendo a minha demora pra responder Jimin tira sua atenção do filme entediante e olha pra mim com seus pequenos e brilhantes olhos.

—“Tudo bem se você não quiser falar, eu acho que acabei sendo invasivo.” - Ele fala rapidamente percebendo meu desconforto.

—“Não, amor. Tudo bem, uma hora ou outra eu teria que falar sobre isso com alguém.” - Sorrio fraco e deixo um beijo casto na testa dele.

—“Desde pequeno eu era um garitinho bem sonhador sabe, sempre quiz viajar o mundo e ser independente. Mas sempre tinha um problema, minha mãe criticava praticamente tudo que eu fazia, não sei o que tinha com ela, mas eu era desprovido de carinho materno. Com o passar do tempo eu descobri o real motivo por ela me tratar tão mal, eu não era uma gravidez desejada e quando meu pai descobriu ameaçou ela de denúncia-la caso ela abortasse.” - Suspiro.

Percebendo o quanto eu estava tenso, meu pequeno começou a acariciar o meu peito em uma forma de que eu me acalmasse.

—“Minha infância foi bem sofrida em relação a minha mãe, como ela não pôde abortar, me teve, mas se sentiu presa ao meu pai, cujo era um homem que ela não amava mas que fazia de tudo para vê-la feliz. Ah, meu pai, meu pai foi meu herói, me salvou de todas as vezes em que mamãe chegava bêbada em casa e queria me bater, ele me protegia das palavras duras que ela me falava e a respondia a altura.” - Sorri minimamente lembrando-me do meu exemplo. —“Mas, quando eu apenas tinha 15 anos, mamãe veio a falecer por conta de uma overdose, foi bem triste na época, mas no fundo eu sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer, já que ela vivia bebendo e se drogando toda noite.”

—“E seu pai, o que aconteceu com ele?” - Jimin me pergunta, ainda curioso.

—“Meu pai após a morte da minha mãe focou apenas no trabalho, passava horas no escritório descontando a frustração por ter se tornado viúvo no serviço, mas, graças a esse esforço ele construiu a enorme rede de cafeterias. Mesmo ele sofrendo a perda de mamãe eu via que ele queria me consolar e dar seu melhor a mim, mesmo ele trabalhando horas ele dedicava um tempinho para perguntar como eu estava e como tinha sido meu dia. Atualmente ele mora em Busan, conseguiu achar um novo amor de mora com a minha madrasta, ela é uma pessoa legal e muito amorosa também, me recebeu de braços abertos e supriu todas as necessidades de amor materno que eu tinha.” - Sorri.

—“Hm, agora eu fiquei bem ansioso para conhecer a sua família.” - diz ele dando um risinho logo depois.

—“Um dia, pequeno, um dia...” - Sorri e aconcheguei ele melhor em meus braços.

[...]

Nosso domingo passou bem rápido e ao cair da tarde tive que levar meu menino para casa, deixei com Jyieon e passei na empresa para pegar alguns documentos, segunda seria minha folga da empresa então aproveitaria para adiantar algumas coisas sobre a contratação de novos funcionários e novos ambientes para a construção de mais cafeterias.

Macchiato | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora