Você mexeu com tudo aqui dentro no momento em que me olhou aquela última vez e fez com que tudo começasse a ser sobre você, ao que você se submetia, ao que você gostava de comer, de frenquentar ou ver.
Porque você, a partir do momento em que disse me amar, se tornou tudo antes mesmo que eu imaginasse que seria capaz de amar tanto alguém, assim, dessa forma que te amei.
É como se uma dinamite explodisse aqui dentro quando te vejo dar as costas e dizer que precisa ir ou quando você diz que não vai poder vir hoje aqui, me ver, me acolher, me socorrer desse abismo que é viver sem estar com você mesmo que breve.
Eu não sei se vai permanecer sempre assim, sereno daí e explosivo daqui.
Não é à toa que dizem que os opostos se atraem, pois eu sempre tão cheio de manias e vícios e você tão doce e sutil e eu sempre tentando ser como você, me encaixar, quando todas as peças deste quebra-cabeça já estavam inseridas em seus devidos lugares.
E eu estarei aqui pra explodir, pra surgir, pra fugir, pra ser pra você e por você e com você.
E eu sei que posso estar sendo precipitado ou rápido demais nisso de amar, mas é que eu já te procurei tanto, te esperei tanto que é como se você estivesse a minha espera também e eu me sinto na obrigação de fazer o possível por a gente, porque eu confesso, eu tenho muito medo de te perder, disso acabar, do que é nosso ser somente seu ou meu.
Porque quando você chegou tudo se tornou nosso, falo do sentimento, da vida reciprocidade, da mutualidade, da vontade de fazer e acontecer apenas por mais uma noite juntos.