Capítulo 9

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Pov. Alice

1 semana depois...

- "William vamos chegar tarde." - eu digo.

Demoramos quase meia hora de atraso sem contar as semanas de atraso que tenho.

- "Só um pouco mais e já estamos prontos." - ele diz e eu reviro os meus olhos.

- "William essa roupa não é adequada. Está fazendo frio e não quero ninguém doente nessa casa." - eu grunhi.

- "Mas..." - ele faz um bico.

- "William se apresse!" - eu digo irritada. Passam cinco minutos até que aparecem na sala.

- "E como estamos?" - eu abro amplamente os meus olhos quando vejo eles.

- "Não."

- "Não o que?"

- "Lily não vai para lugar nenhum vestida assim. William esse clima está louco, agora tem um pouco de sol mas não sabemos se vai ficar assim o dia todo. O clima é estranho. Embora Lily esteja muito fofa com esse vestido, ela não vai sair assim. Vá buscar uma manta para enrolá-la" - eu digo.

- "Está bem mamãe brigona."

Ele me entrega Lily e sobe as escadas correndo para ir em direção ao quarto da pequena. Conhecendo ele, sei que ele não encontrará nada para colocar nela. Subo as escadas e me dirijo para o quarto de Lily, chegando lá vejo ele parado olhando cada coisa que há no armário.

- "Achou?" - eu digo, ele se vira e me olha, vejo que ele está com o cenho franzido.

- "Pode me dizer, quando foi que você comprou toda essa roupa?" - ele pergunta.

Me aproximo e entrego a bebê a ele; que está chupando o seu polegar com vontade sem se importar em babar toda a sua mão inteira.

- "Pra falar a verdade eu não comprei tanta coisa, a não ser aquela vez que fiz aquele pedido grande. A maioria das roupas aqui foi eu quem fiz." - digo enquanto sorrio.

- "Quando você fará algo para mim? E o que eu coloco nessa menina?" - ele diz olhando para a bebê e ela lhe dá um grande sorriso.

- "Espera." - digo enquanto procuro a nova manta que fiz para Lily.

Terminei há dois dias, é uma manta cor rosa pálido com flores bordadas, que demorei muito para aprender mas ficaram lindas e em uma das pontas tem um capuz.

- "O que é isso?" - ele pergunta com o cenho franzido.

- "Me passa o bebê e você verá."

Pego a bebê dia seus braços, coloco a capuz em sua cabecinha e enrolo o seu corpinho. Quando eu a tenho pronta, eu a mostro a William.

- "Não estou vendo ela." - ele diz e se aproxima de mim.

Levanto um pouco o capuz e quando Lily o vê, ela grita. Eu sorrio e William tira ela dos meus braços.

- "Ei!" - eu me queixo.

- "Tenho que ganhar experiência." - ele diz e sai do quarto.

Finalmente poderemos sair de casa. Quando chegamos na caminhonete, me surpreende ao ver que William está sentado no banco de trás e me entrega a chaves.

- "Você vai me deixar dirigir?" - eu pergunto.

Não estou muito segura de dirigir.

- "Sim, porque?"

- "Eu não sei dirigir muito bem e não quero me arriscar com Lily. Ou você dirige ou não vamos." - digo cruzando os braços e o escuto suspirar.

- "Vocês duas vão me matar. Está bem, você ganhou. Eu dirijo." - ele passa por meu lado e tira as chaves da minha mão, mas antes que possa dar volta, me ocorre algo.

- "William." - eu o chamo, ele se detém e me olha feio.

- "O que?" - ele grunhiu.

- "Eu te amo." - eu lhe mando um beijo sonoro. Entro no carro junto com Lily; que está muito concentrada chupando o seu polegar.

Depois de 1 hora chegamos no consultório médico. Como sempre está tranquilo. Assim que entramos Dona Luiza veio nos atender, ela é a enfermeira mas desde que o médico começou a trabalhar com os supostos assassinatos que seu filho cometeu, ela ficou como médica oficial, de fato ela é a responsável por Lily está conosco hoje.

- "Bom dia Dona Luiza, como a senhora está?" - eu digo.

- "Estou bem, querida. O que os traz por aqui hoje?"

- "Bom, viemos para a revisão mensal de Lily e também quero fazer um exame de sangue." - eu digo, William está atrás de mim brincando com Lily.

- "Ah sim, me dê a bebê para examiná-la e depois irei tirar o seu sangue." - ela diz enquanto leva a bebê para a enfermaria onde ela começa a examiná-la.

Segundo ela Lily está com uma saúde excelente, e eu fico muito feliz e aliviada em ouvir isso.

Depois da consulta de Lily, ela começa a preparar os materiais para coletar o meu sangue. Eu nunca tive medo de agulhas, mas quando vejo a seringa em sua mão, fico um pouco tonta, D. Luiza se dá conta disso e me ajuda a sentar.

- "Agora entendo porque você quer fazer um exame de sangue." - Dona Luiza diz. William supervisiona tudo enquanto brinca com Lily.

Não olho para D. Luiza e ela ri. Sinto uma pequena picada, pelo menos não doeu. Ela tira o tubinho com o meu sangue e coloca uma etiqueta.

- "Pronto?" - pergunto em um sussurro, ainda não me sinto bem para falar melhor.

- "Sim, já terminamos. Em uma hora os resultados estão prontos." - ela diz.

- "Pensei que iam demorar mais."

- "Sim, mas como eu também quero confirmar o seu estado, eu farei agora mesmo. Vocês podem dar uma volta pelo povoado e depois vocês podem ir embora para comemorar, está vindo una tempestade ai, não vai ser muito forte, mas não podem se dar gosto dessa pequena adoecer." - ela diz e sai do quarto.

- "O que vamos fazer enquanto isso?" - ele pergunta.

- "Iremos a Don Coco Di Lino. Preciso de mais tecidos."

- "Quem é esse?"

- "Quando chegarmos lá, você o conhecerá." - eu digo e saímos do consultório médico.

Passamos meia hora escolhendo tecidos, compramos mais tecidos para fazer mais roupinhas para Lily, o que me surpreendeu foi que William também escolheu alguns tecidos para que eu fizesse algumas calças e camisas. Depois voltamos ao consultório em companhia do meu pai, quando o encontramos ele tirou Lily dos braços de William.

Dona Luiza me entrega os resultados do exame, com todo temor que tenho e com as mãos tremendo, eu abro o envelope. Começo a ler o que dizia, li o meu nome e não sei o que mais, até que cheguei no meu diagnóstico.

- "Positivo." - digo em voz alta sem me dar conta.

Meu Deus do céu, estou grávida.

LIVRO 2: Olhares de Amor - O Perdão (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora