Capítulo 21

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Pov. William

- "William." - Alice diz perto dos meus lábios.

Nós nos beijamos e quando terminamos ela pega os meu lábio inferior com os seus dentes e o puxa devagar. Isso faz com que eu me acenda mais. A penetro mais fundo enquanto ela solta um gemido.

Estamos no quarto, trancados em nosso banheiro. Lily não deixa Alice em paz quase o dia todo e as únicas vezes que posso está com minha mulher, são quando a pequena está dormindo ou quando ela está com Lara.

Percorro suas curvas com minhas mãos, seus seios cresceram mas não muito e agora a sua pequena barriga está começando a aparecer.

- "Querida, olha pra mim." - digo enquanto agarro os seus quadris.

Ela me olha e tem um brilho em seus olhos que me deixa louco e desde que ela engravidou ela está muito mais bonita. Seus lábios estão entreabertos por onde sai pequenos gemidos. Deus como amo essa mulher.

Uma de suas mãos está em meu ombro e a outra está em meu traseiro. Suas pernas estão abraçando os meus quadris, me dando um ponto de acesso ao seu sexo de uma maneira que posso entrar nela como nunca. O chuveiro está ligado, então os jatos d'água caem pelas minhas costas e parte do seu corpo.

- "Acho....que não vou...aguentar mais..." - diz entre seus gemidos.

Eu também acho que não consigo aguentar mais. Me acomodo mais e continuo com os meus movimentos de puro prazer que nós dois estamos sentindo.

Aumento um pouco a velocidade e segundos depois Alice tem o seu orgasmo. Seus espasmos fazem que em poucos segundos eu também alcance o meu orgasmo deixando tido o meu gozo em seu interior.

- "Deus, como eu te amo." - eu digo.

- "Eu...também." - ela diz e se agarra mais em meus braços enquanto se recupera.

Pov. Alice

- "Ei, pequena mais devagar. Ninguém vai te tirar a comida." - ele diz enquanto da a mamadeira para Lily. Eu gosto dessa visão, pois ele está tão encantador com ela em seus braços.

Estou na cama desenhando algumas roupas que eu tenho em mente para William e ele está do outro lado com a bebê. Ao olhar para eles, o meu peito se infla de emoção mas uma dúvida chega a minha mente.

- "William." - eu o chamo.

- "Diga." - diz enquanto continua caminhando de um lado para o outro com a pequena.

- "O que vamos fazer se Brenda vier atrás de Lily? Você irá entregá-la?" - eu pergunto, ele para de andar e me olha.

- "Não vou entregar ela. Ela foi embora e deixou a menina aqui. Se não fosse por nós e por Lara, só Deus sabe o que seria dessa criança."

- "William, mas ela é a sua mãe. Ela pode vir e levá-la quando quiser." - eu digo.

- "Ela não vai fazer isso, já que sabe que com ou sem bebê, não irá obter mais nenhum dinheiro de mim. Ela deve amadurecer, deve saber e entender que toda ação tem uma reação, Alice. Brenda escolheu a vida fácil, eu poderia ter dado tudo o que ela queria, se ela tivesse mostrado um pouco de juízo e maturidade, mas jamais fez isso. Em meus braços está a prova." - ele diz enquanto Lily começa às ficar adormecida em seus grandes e fortes braços.

- "Eu sei, só tenho medo de que um dia ela chegue e leve Lily como se nada tivesse acontecido. Eu tenho mentalizado que serão três bebês daqui a seis meses, não apenas dois." - eu digo.

- "Você está dizendo, que você está considerando Lily como uma filha?" - ele diz enquanto pega uma fralda e coloca em seus ombros.

William acomoda Lily e com suaves batidinhas em suas costas começa o trabalho para fazê-la arrotar.

- "Por acaso você não? Por favor William, assuma que você a ama como uma filha. Essa pequena garotinha roubou o seu coração. Você nunca teria tomado a responsabilidade de cuidar dela se você não a amasse." - digo enquanto o observo.

- "É claro que a amo, isso se nota à distância. Mas eu tenho medo. Não sei se vou poder com tudo isso." - ele diz sem me olhar.

- "William, o que você não está me contando?"

- "Ontem eu falei com a minha mãe." - ele diz se sentando do meu lado com Lily dormindo profundamente em seus braços. Olho para o meu marido e vejo que seu rosto reflete preocupação.

- "O que ela te disse para te deixar assim?"

- "Me disse que Brenda sofreu um acidente. Ela bebeu demais e dirigiu embriagada. Ela perdeu o controle do carro em uma curva fechada e acabou batendo em uma barreira de contenção." - ele diz mas há algo em sua voz que não me convence. Há algo que ele não está me contando.

- "E o que mais?" - ele me olha e posso ver que ele está duvidando em dizer.

- "Brenda está em estado vegetativo. Só está viva graças às máquinas. Ela não usava o cinto de segurança e graças ao impacto ela foi projetada para fora do carro. Não sabem exatamente a hora que foi a batida, muito menos quanto tempo ela convulsionou. Só sabem que ela perdeu massa encefálica e segundo os exames demonstraram que ela teve morte cerebral." - ele diz com a voz apagada.

- "Você quer ir vê-la?" - pergunto enquanto acaricio a sua bochecha.

- "Não sei. Quero continuar tendo em minha memória os poucos mas bons momentos que passei com ela. Tenho medo que em um futuro Lily seja a cópia de sua mãe. Tenho medo de perdê-la em um futuro, assim como estou perdendo a minha irmã nesse momento." - ele suspirou.

- "William isso não vai acontecer, Lily tem a nós dois e não vamos deixar acontecer nada. Nesse momento somos seus tutores e da minha parte nunca vai faltar amor a ela e sei que se sua parte também não. Não duvide mais. Só vamos fazer com que Lily seja feliz." - eu digo. Ele olha para Lily por bastante tempo até que toma um ar e diz.

- "Minha mãe disse que amanhã irão desligar as máquinas que a mantém viva. O último pedido da minha irmã é que todos estejam de branco em seu funeral. Acho que isso queria demostrar, que detrás de tanta maldade ainda podia encontrar a minha pequena irmã, minha inocente irmãzinha." - ele diz enquanto acaricia a bochecha de Lily.

- "Nathan sabe?"

- "Sim. Ele vai para a cidade amanhã de manhã cedo."

- "Então está decidido." - eu digo.

- "Decidido o que?" - ele me olha.

- "Iremos ao funeral de sua irmã."

- "Não estou muito de acordo com isso."

- "William, está na hora de perdoá-la e deixá-la ir. Essa essa alma precisa de descanso que nunca encontrou na terra. Se for necessário eu iria te levar arrastado, eu não aceito não como resposta." - eu o escuto suspirar.

- "Está bem, nós vamos." - eu olho pra ele, me aproximo e o beijo.

- "Isso é para o seu bem, William. É para que você encontre um pouquinho de paz que a anos foi negado a você." - eu digo enquanto permaneço do seu lado para que ele se recomponha um pouco.

Pobre Brenda.

Por mais que ela tenha errado nessa vida, não era para ter um final assim. Talvez Deus a levou para que ela descansasse. Quem sabe? Somente Deus conhece seus caminhos.

LIVRO 2: Olhares de Amor - O Perdão (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora