capítulo 3

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Nos 3 dias seguintes não o vi sequer por um momento, parece que nem em casa estava, nessa manhã, quando desci para o café da manhã, pergunto a Márcia o que estava acontecendo com esse homem.

- bom dia Márcia! - falei.

- bom dia Cloe, como você está hoje?

- estou bem obrigada, Márcia, você sabe me informar o que aconteceu com o Bryan? Não vejo mais ele aqui...

- já faz dias que ele não vem em casa, para falar a verdade, naquela noite que a senhora lavou as vasilhas para mim ele saiu e não voltou mais, mas ele pode estar viajando, não sei... - então ela não sabia o que aconteceu naquela noite, bom se dependesse de mim não iria saber tão cedo. Eu gosto de Márcia, mas me envergonha que aquele homem tenha tentado algo comigo. O resto do dia passa em um borrão, decido ir ao centro procurar um trabalho, e acabo com uma entrevista marcada para segunda de manhã na empresa Peterson, sequer falei com ele ou o vi, falei com uma moça muito educada e um pouco maluquinha que me arrumou uma entrevista de assistente dela, era fácil, ela era gerente de um departamento próximo a presidencia e eu tinha que organizar a agenda dela e marcar reuniões, nada demais.
Não me atrevi a perguntar de Bryan porque fiquei com receio de que ela me reconhece - se das revistas ou que soubesse que moro com ele, ela poderia muito bem cancelar a entrevista por causa disso. Fora que o trabalho paga bem, assim já que moro na casa do senhor Peterson e nada me falta, poderia ficar com uns 30% do que ganho para fazer umas comprinhas e tals, e mandar os 70% para minha mãe.
Ao voltar pela tarde, mais uma vez nem sinal de Bryan, tomo um banho quentinho e me preparo pro jantar.

- Cloe querida,  hoje vou sair. - disse Márcia entrando na cozinha toda arrumada.

- huummm - solto um som pela boca seguido de uma risada.

- é o casamento de minha sobrinha, é longe daqui e amanhã vai ter uma recepção portanto já que o senhor Bryan não está aqui, tenho permissão para sair, porém acha que consegue se virar sozinha?

- claro Marcinha vai tranquila que eu juro não botar fogo na sua cozinha.

- tente por favor! - nós rimos e uma buzina chama a atenção lá fora.

- é o táxi, beijos querida se cuide! - ela joga um beijinho no ar e sai. Termino minha refeição e lavo as vasilhas, Depois sigo para o quarto enquanto tento recitar um texto em inglês que eu acredito ser Romeu e Julieta pela complexidade das palavras. Após uns 30 minutos só falando em Romeu e Julieta escuto um estrondo vindo da sala. Aí Deus! Márcia não está aqui e nem Bryan, estão assaltando a casa! Mas como? Esse lugar era uma fortaleza! Tomo coragem e desço as escadas, quando estou no último degrau vejo Bryan calambeando sem camisa pela sala, esbarrando em todos os móveis.

- o que é isso? - pergunto assustada.

- isso, isso é você! Fudendo o meu psicológico - disse completamente bêbado, sério, tipo, muito bêbado o cheiro invadia completamente a sala.

- que isso Bryan vai tomar um banho, você fede.

- não quero banho nenhum, você não manda em mim poha.

- Bryan é sério. Você tá me assustando.

Ele caminha na minha direção .

- te deixo assustada?

- não.. é que... - ele se aproxima mais de mim - você precisa de um banho! - pego na sua mão tentando levá-lo até a escada.

- uhh, vamos banhar? Não foi bem assim que eu imaginei mas da pro gasto.

- não vamos banhar! Você vai banhar - falo o empurrando pela escada.

Chegamos no seu quarto e com muita dificuldade e com ele totalmente em protesto o coloco na banheira. Saio do banheiro e respiro fundo. Cansei de ver minha mãe carregar meu pai quando ele bebia, eu era pequena mas me lembro, foram muitas as vezes. Espero com que termine seu banho mas ele demora demais. Entro sem pensar e não o vejo no ato, chego mais perto e ele está completamente nu com a cabeça dentro da água, mas também que ideia de girico deixar um bêbado sozinho no banho, tento não me concentrar em sua nudez e o tiro da água.

O AnfitriãoOnde histórias criam vida. Descubra agora