– tem noção de como isso é perigoso??? Poderia ter pegado uma DST ou algo similar.– eu estava sentada em uma mesa de um consultório com uma médica, e esse foi o momento que eu contei a ela o que estava acontecendo entre mim e Bryan.
– eu sei... Mas na primeira vez eu era virgem, e depois, não pensei nisso... Porque tipo, ninguém engravida na primeira vez. – digo extremamente nervosa.
– entendo Cloe, e muitas pessoas também pensam assim, ficaria assustada com a quantidade de mulheres que engravidam na primeira vez. Mas de qualquer forma vou pedir um exame de sangue, amanhã você passa aqui, e eu te falo o resultado. No entanto, se foi a um mês atrás, já devia ter sintomas. Não sentido nada de estranho?
– não estou tendo tanta vontade de comer, e também não estou com disposição para fazer nada, nem exercícios... Mas achei que era normal. – ela pensa por um minuto.
– algumas mulheres na gravidez não passam pelos sintomas comuns. Mas o exame nós dirá! – ela receita umas vitaminas, e pede para que eu retorne a fazer exercícios. Saio do consultório após tirar sangue, eu penso, não era possível estar grávida de Bryan, por mais que esses dias a gente estivesse próximo, filho é uma coisa séria, e... Eu só ficaria por 2 anos, eu tinha que voltar para o Brasil, cheguei no escritório e ja subí pra sala de Kiara.
– bom dia flor!! - digo animada
– que bom que você chegou.. queria te contar uma coisa. – ela diz apreensiva.
– fala negra...
– eu... – ela respira fundo. – dormi com o Paulo.
– que??? E o Carter???
– não me julga tá? – ela diz sentando no sofá. – a gente brigou, eu saí de casa, fui no bar lá perto, e.. ele tava lá. Ai quando dei por mim, tava na cama dela essa manhã...
– meu deus...
– sabe, eu pensei, que não haveria nada, mas... Paulo foi tão... Parecido como era antes. E Carter, eu gosto dele. Muito. Mas temos tantos problemas... Eu não sei o que fazer.
– amiga... Reconsidera. Se organiza! Você tem que definir mais do que rápido o que sente por eles, ficar com os dois não dá! Eu não conheço o Carter, mas é óbvio que Paulo faria o impossível por você.. pode ser por antigamente ou porque ele ainda não te esqueceu. Mas só você pode dizer que espaço eles ocupam no seu coração. – digo com a mão no seu joelho.
– tem razão!! Quer saber? Vamos fazer compras!!! Nada que uma terapia de compras para organizar a cabeça. O ruim é que essa semana tá atarefado... Já sei!! Domingo! Pode ser??
– hum... tô cansada... nao quería sair... –respondo fazendo careta.
– por favorzinho?! – ela faz cara de cachorro pidão.
– afff o que voce não me pede rindo que eu não faço chorando?? – digo.
– ehhhhh!!! Marcado então. – eu dou um sorriso e saio de sua sala após comentarmos da reunião de mais tarde. O resto do dia foi rápido, dei baixa em muitos contatos, participei de uma reuniões a mais, e no fim do dia tava esgotada. Hoje, não vi Bryan, acho que nem pra comer saiu do escritório, acho que prefiro não topar com ele, não quero mais uma série de acusações. Pego um táxi na porta da empresa e vou em direção a casa. Eu subo pra tomar um banho, e janto enquanto vejo um filme fofo. Por volta das 23:00 eu vou dormir. Bryan, tinha chegado pouco tempo depois de mim, e se trancado no quarto. Eu respiro fundo ao pensar em como ele podia pensar aquelas coisa de mim.
3:46
O tomei em minha mão, agora, nada de mal iria te acontecer, prometi a mim mesma. Vi a porta se abrir. Mamãe! Ela veio até mim, chorando. “ realmente, você agarrou o milionário” nós sorrimos, olhei para aquele pequeno pacote em minhas mãos, era um menino, o mais lindo que já vi. Tão pequeno e indefeso. Para então, a dor vir em seguida. Cresceria sem o pai, não saberia nada dele. Assim como eu. Mas teria o apoio incondicional da mãe. Quando estava no táxi indo embora percebi. Brasil! Casa! Meu filho estava no meu país, chego na casa de minha mãe, ela estava com ele em seus braços, eu só chorava, não conseguiria sem Bryan, não seria uma boa mãe. Mais tarde, sentada no sofá admirando a beleza dele, a campainha toca, me levanto para atendê-la com ele em meus braços. Quando abro, uma surpresa. Bryan. Ele estava admirado com o que eu tinha em minhas mãos apenas intercalava o olhar entre ele e mim. “ o que faz aqui” perguntei desesperada. “ é ele? Nosso filho?” “ nosso não, meu. ” “ você não fez sozinha” acusou. “ mas você disse que não queria. ” “ acontece que eu mudei de ideia. Eu quero, e vou tomar ele de você!” “ não pode fazer isso Bryan ” disse já chorando. “ não só posso como fiz.” ele diz o tirando do meu braço e levando para longe.
Dou um grito muito alto. Meu coração acelera de uma tal forma, vejo a porta do quarto ser escancarada. Eu comecei a chorar desesperadamente. Bryan corre ate mim e me segura em seus musculosos braços.
– ssshhh... Foi só um sonho ruim.. já passou, eu tô aqui... Já passou. – ele tentava me acalmar a medida que eu chorava mais. Márcia chega na porta do quarto e me vê daquele jeito. – traga um chá pra ela por favor Márcia. – ele pede. Ela mais que imediato sai para atender ao seu pedido. – o que foi hein? Me conta.. – diz com uma voz carinhosa.
– no-nos... Nosso filho... Você... – não consegui terminar, eu só chorava, Bryan não me soltava um segundo, ali em seus braços, me senti segura. Como se pudesse afastar o mal. Márcia entra carregando uma xícara de chá, eu o tomo devagar, minutos depois eu já estava bem mais calma.
– pode sair Marcinha... Eu fico aqui com ela. – ele se ajeita na cama me cobrindo. – agora.. me conta..
– hoje.. eu fui no hospital, pra fazer um exame. Fiquei um pouco preocupada depois do que você me disse ontem.
– ontem, eu fui um idiota. Tava tomado pelo ciúme.. me desculpa.
– ciúmes? – perguntei o olhando.
– ciúmes. É isso que se sente quando tem medo de perder alguém muito importante. E eu tenho muito medo de te perder. – ele abaixa a cabeça e me dá um beijo, calmo e cheio de esperança. – se.. se for verdade isso, então vamos assumir isso juntos. Porque eu tive um parte importante nisso.
– mas.. achei que você desconfiasse de mim.
– não, muito pelo contrário. Você, em tão pouco tempo, é uma das pessoas que eu mais confio. E talvez eu esteja fudido em admitir isso, mas talvez. – ele ergueu uma sombrancelha. – talvez, eu esteja mesmo me apaixonando por você! – eu só fico maravilhada com que ele disse. Eu me aconchego em seus braços e então, eu sinto, seu coração, desparado. Eu não sei o que. Mas algo me diz, que nossa vida acabou de mudar completamente.
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O Anfitrião
RomanceBryan Peterson é o importante dono das empresas Petersons, bilionário e extremamente arrogante, sempre se achou superior, até que uma emissora o críticou pela sua forma de caridade, de como via o mundo. Então ele decidiu em um ato abrir sua casa par...