capítulo 6

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  Saio do shopping por volta das 19 horas, nunca andei tanto na minha vida! Sério, meus pés não aguentam mais, quando vejo o motorista de Bryan no estacionamento só falta me jogar dentro do carro. Ele me ajuda imediatamente com a quantidade absurda de sacolas que eu carregava, entramos no carro e seguimos para casa. Quando chegamos eu desço tirando minhas sacolas e o carro de Bryan encosta no mesmo instante.

– precisa de ajuda Srt.Grey? – disse depois de ver eu e o Adam, que a propósito esse era o nome do motorista e ele era muito legal, abarrotados de sacola.

– não senhor Peterson. Eu dou conta mesmo de carregar minhas próprias sacolas. – digo deixando uma sacola com langerie cair. Ele imediatamente abaixa para pega- la e me olha com uma cara safada.

– tudo bem então, eu posso levar essa aqui. – diz pegando a sacola e colocando a langerie preta nela. Que vergonha!!!! Aonde eu enfio minha cara??! Tipo, eu sou mulher, eu compro roupas íntimas, não que eu pretenda usar com alguém..  subimos os 3 e colocamos tudo em cima da cama, imediatamente Adam sai do quarto me deixando a sós com Bryan.
Ele sai do quarto após me dá mais uma olhada, sem falar nada. Eu guardo tudo no meu armário e vou tomar um banho, depois, desço e vejo que Márcia já fez o jantar. Me sento a mesa e minutos depois Bryan chega com uma calça de moleton cinza e uma blusa preta. Ok, detesto oficialmente calças de moleton, devia ser proibidas! 

– controle seu olhar senhorita Grey, não é uma atitude que uma dama tomaria. – ele adverti. Eu apenas aceno completamente vermelha. Márcia sai da sala de jantar nos deixando a sós. Começa aí um bate bate de garfos absurdos, um silêncio horrível como se tivéssemos sozinhos.

– vamos realmente fingir que o último fim de semana não aconteceu? – digo o olhando, não aguentando mais não falar sobre esse assunto. Ele para de mastigar refletindo por um momento, depois corta a carne ainda pensativo.

– aquilo foi um erro. Eu não sou romântico daquele jeito, talvez fosse... Carência?

– então você me usou?

– talvez.. eu queria uns beijinhos, e você, tava aqui... Você é bonita, mas nós apenas ficamos. Eu não sou de me apegar, de ficar só com uma, espero que entenda.

– isso é algum tipo de padrão? – digo extremamente irritada elevando mais o tom de voz.

– como? - ele pergunta confuso.

– é padrão? Dizer isso as mulheres que vocês conhecem? Tipo " eu não sou homem pra você"  " esse é o meu jeito espero que entenda?" É padrão ser um Bernado Ferrari ou um Cristian Grey?

– A eu não sei do que você tá falando, e B não é padrão ser assim, é só que eu não estou preparado para entregar meu coração para alguém que eu não sei o que vai fazer.

– EU NÃO PEDI SEU CORAÇÃO! EU SÓ PEDI PARA NÃO FINGIR QUE NADA ACONTECEU! – digo gritando.  Eu me levanto socando a mesa. Ele no mesmo instante se levanta socando ela também.

– já disse que aquele cara que você conheceu não existe! Eu estava tentando não ser grosso com você Cloe mas parece que não tem outro jeito. Nós nunca vamos ter nada. – disse pausadamente apenas aumentando a minha dor. Não que eu quisesse algo com ele, mas não vou mentir, ele era muito lindo, talvez eu tenha cogitado a possibilidade, e ele esmagou elas antes mesmo de saber que existem. Eu saio da mesa completamente irritada, subo as escadas e coloco uma roupa pra sair, está mais do que na hora, de conhecer do que Seattle é capaz. Me arrumo muito mesmo, deixando de lado essa minha figura comum de boa moça, eu nunca fui a um bar ou a uma boate, só a restaurantes e cinema, minhas amigas sempre me convidaram mas eu preferia ficar com minha mãe ao invés de ir. Mas naquele momento senti que eu precisava, precisava disso para esquecer o que aquele cretino me falou, tá, se eu conheço as normas da boa moça que se apaixona por um bilionário nesse momento eu devia estar chorando e pensando o que eu faria da minha vida sem ele, mas não comigo. Talvez outro dia.
Termino minha maquiagem e chamo um táxi, me olho no espelho e quase não me reconheço, o vestido era curto demais, colado demais, a maquiagem pelo menos deixei o mais simples possível. Apesar de querer curtir, não queria chamar atenção.

O AnfitriãoOnde histórias criam vida. Descubra agora