capítulo 27

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Cloe on:

Segui Herick pela casa, quando chegamos na cozinha eu me sento no balcão que ali estava. Hoje tinha sido um dia muito difícil, foram tantas e tantas lágrimas, mas eu não poderia deixar isso passar. Não mais longe que isso foi.

- sinto que tem algo pra me dizer... - ele falou.

- sente?

- você tá me seguindo a um tempo já, eu tô ficando assustado. - eu dou um sorriso leve.

- você acertou em cheio. - digo sorrindo.

- pode falar. - ele põe uma xícara de café na minha frente.

- é que.. acho que eu quis muito que a gente desse certo, mas embora eu tivesse aqui por você, eu nunca.. nunca deixei de amar ele. Nem mesmo por um minuto. Quando percebi, o quanto a vida é curta, quanto tudo pode mudar de uma hora pra outra, eu simplesmente não sou capaz de deixar isso de lado. Preciso.. preciso voltar pra perto dele, mesmo que não fiquemos juntos, eu só preciso deixar você ir, e me agarrar a esperança de o tê-lo de volta. - ele me ouvia com cautela, levou um tempo para dizer tudo isso, bem mais do que eu gostaria, e no final, me senti tão livre quanto um passarinho.

- Cloe.. eu amo você. E por eu te amar, não posso deixar que perca a sua vida longe de quem você ama. Porque... Amar é deixar ir. Então se era disso que precisava, você está livre. - ele soltou um sorriso leve o que de certa forma me acalmou.

- sem ressentimentos?

- sem ressentimentos. Mas tem uma condição.

- diga qual.

- a gente tem que continuar sendo amigos. Quero poder acompanhar a sua caminhada, e conhecer Chase.

- pode contar com isso. - eu dou um sorriso e nos abraçamos, e assim eu encerrei mais um dos capítulos turbulentos da minha vida.

...

Bryan carregava as malas como se sua vida dependesse disso, minha mãe tinha trago tanta coisa que eu fiquei chocada, mas claro, dona Cora disse que era apenas o nescessário. Eu não devia estar nem ao menos surpresa, quando íamos viajar quando eu era pequena, ela carregava a casa inteira e no carro, mesmo sendo apenas nos duas, eu sempre ia com os pés lá em cima. Essa semana também foi corrida, mas a verdade é que desde que fiquei grávida, nunca teve uma semana em que eu chamasse de calma. Me mudei de volta para a casa do Bryan na segunda, Kiara afundou a cabeça no trabalho para tentar se distrair do que havia acontecido. Na quinta o quarto de Chase ficou pronto e ficou a coisa mais linda que já vi, e eu agradeci muito por Bryan não ter desistido. E cá estamos nós, no sábado carregando as muitas malas de mamãe pelo elevador do prédio.

Márcia e ela se deram bem de cara. Mamãe quando jovem, estudou inglês, o sonho dela era trabalhar aqui, mas ela engravidou de mim e o sonho ficou pra depois, passando de certa forma para mim no futuro. Nós almoçamos em harmonia e na parte da tarde, eu, Márcia e mamãe passamos, dobramos, e colocamos no guarda roupa de Chase tudo que havíamos comprado mais outras milhares de coisa que Bryan comprou. Era uma quantidade absurda de brinquedos, demoraria muito até que Chase fosse finalmente brincar com eles, mas Bryan disse que era estritamente nescessário. Quando acabamos montamos a bolsinha dele pra maternidade e depois jantamos pra acabar mais um longo dia. Me sentei na varanda na espectativa de pegar um vento e me refrescar do calor que estava em Seattle, vi Bryan se aproximar e sentar ao meu lado.

- onde sua mãe está? - ele perguntou calmo.

- ela disse que estava cansada, tomou um banho e foi - foi a sua única resposta.

- eu.. queria te agradecer Bryan, por ter minha mãe por perto, pelo que você fez pelo Chase, e por mim.. obrigada.

- pelo Chase você não precisa agradecer.. é meu filho, mas por você, eu faria tudo de novo. - ele da um sorriso tímido. Ele firma um olhar na minha direção, nesse momento tudo que eu lutei contra por muito tempo veio a tona, eu o amava, era simplesmente isso, amor. Eu estava cega e confusa.. mas agora sei, sei que o amo e quero ele pra sempre perto de mim. Eu retribuo seu olhar e nos aproximamos, por fim ele me dá um beijo calmo e tímido, como se tivesse medo que eu recusasse. Não recusei, me afundei naquele beijo e estava mais realizada que tudo. Depois disso, cada um seguiu para seu quarto e eu tentei por um tempo dormir, mas em vão, eu estava feliz demais.

O AnfitriãoOnde histórias criam vida. Descubra agora