capítulo 23

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Bryan on:

Eu desço as escadas correndo na esperança de alcança - lá e pedir, se preciso implorar, para que não me deixe. Quando chego ao elevador ela me olha com aqueles olhos lindos, já vermelhos de tanto chorar, meu coração quebra ao vê- lá assim.. a porta se fecha e ela vai embora. Eu não sei se me sentia totalmente capaz de perdoar minha mãe pelo que ela fez. Mas tinha certeza que eu não me perdoaria por fazer Cloe passar por isso, deixei essa situação ir longe demais, para minha mãe as aparências era tudo que deveria existir. Ela sempre quis controlar tudo, eu não me importava no início, a empresa precisa de um líder. Mas agora, tinha saído do meu controle e eu não sabia como desfazer a merda que eu fiz. Pego meu celular, limpando as lágrimas que não paravam de cair e ligo para Kiara.

- alô? - ela atende tranquila

- Ki.. - eu não consigo terminar, começo a chorar feito um bebê.

- Bryan? O que foi?? A Cloe está bem? Bryan!!!

- ela.. ela foi embora... - digo tentando respirar.

- co- como assim embora?? - ela pergunta parecendo desesperada.

- mamãe veio aqui e humilhou ela de todas as maneiras possíveis.. ela se.. se cansou e foi embora. Disse que ficaria em um hotel eu não sei..

- Meu deus irmão... Não acredito que a mamãe foi capaz...

- ela foi.. Kiara por favor, eu te liguei, porque você é a única pessoa que eu confio para cuidar dela.. ela tá tão triste, pode fazer mal ao nosso filho, eu te peço pra você sei lá, cuidar dela pra mim..

- claro que sim irmão, eu vou ligar e perguntar onde ela está. Vou trazer ela  para minha casa, assim posso ficar mais perto dela. E não acho bom você ficar sozinho também. Acho que sabe o que tem que fazer. Beijos. - ela desliga o telefone, eu sei exatamente o que devo fazer. Preciso de um amigo agora. Disco o número de Paulo e peço para que ele venha até minha casa pois hoje preciso de um ombro amigo. Ele avisa que já está vindo. Eu caminho pela casa e sento na escada ainda chorando muito , Márcia aparace meio que recatada na porta da cozinha e eu peço para que se aproxime, ela faz carinhos no meu cabelo e diz que se for preciso ela pode ir para casa da irmã para me deixar sozinho com Paulo. Eu confirmo com a cabeça e ela sai. Tiro meu telefone do bolso de novo e tento por várias vezes, tipo centenas, ligar para Cloe, precisava saber onde ela estava, se ela estava bem... Meu filho... Minha mulher.. preciso deles...

Só vejo que Paulo está aqui quando ele me estende um copo de whisky. Eu viro tudo na esperança de que isso arranque minha dor.

- e aí cara? Como está se sentindo?

- um lixo.. eu faria qualquer coisa pra ter ela de volta.

- você se apaixonou não é? Sempre parece pior quando você está perdidamente apaixonado.

- É. Eu me apaixonei. Ela com aquele jeitinho dela me conquistou tanto, e... Ela é a mãe do meu filho né?

- sim, mas você não me faz o tipo de cara que ficaria com uma mulher apenas pelo filho.

- não mesmo. Mas é bem mais que isso, eu preciso tanto dela, do abraço, do beijo... Tudo nela é tão... - eu seco as lágrimas que caiam e vou pegar mais whisky no bar. - sabe cara, eu nunca entendi a depressão que você entrou depois que Kiara te deixou. Talvez para você fosse pior porque, eu sei que embora eu nunca mais tenha Cloe comigo, eu ainda vou ter o nosso filho por perto, já você, deve ser horrível a dúvida de não ver ela nunca mais.

- foi horrível cara, tanta saudade, só queria ela de volta.. mas o papo não sou eu. O que você vai fazer agora?

- não sei cara.. eu tô perdido, acho que ela vai me manter por perto pelo nosso filho, mas talvez ela não queira mais nada. Por enquanto ela pode continuar morando com Kiara vou ver se acho um apartamento pra ela. - digo bebendo o resto do líquido que desce rasgando minha garganta.

O AnfitriãoOnde histórias criam vida. Descubra agora