15 - até segunda

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— Luk, me dá cobertura hoje a noite?

— de novo? — ele ri — ainda tá me devendo a foto desse seu boy

— é verdade! — dou risada me recordando

— sinto muito, amiga. Hoje não vai dar, tenho que ir visitar minha avó que está internada no hospital do centro. Vai ser só o tempo de te deixar em casa mesmo

— sério? — ele assente — não precisa se incomodar comigo. Pode ficar com o carro que eu vou de ônibus mesmo.

— sério, amiga? Não precisa, pode ir com seu carro.

— não se incomoda comigo, Luk. É sério

— tabom, gata. obrigado e cuidado nesses pontos em!

— beleza! — me despeço dele e vou para o ponto. Passaram-se mais de meia hora e nada do meu ônibus passar, vejo um carro familiar passar na minha frente, noto Matt concentrado na estrada — MATT!!! — grito no automático e vejo ele diminuir o ritimo e colocar a cabeça para fora. Ele procura confuso e quando me avista sorri e da ré vindo até mim

— o que faz aqui ainda? — me pergunta saindo do carro.

— o Luk teve uma urgência com a família e não pude dizer não, mas meu ônibus não passa..

— você já andou de ônibus antes? Nego e ele  ri — e como sabe qual é o seu ônibus? — percebo que realmente não sei qual ônibus passa em casa, então dou de ombro e ele sorri

— olha aí... passa todos menos o meu — falo ao ver o ônibus que acabara de desviar do seu carro e seguir reto

— aquele era seu ônibus! — ele ri

— sério? Já passou 10 dele aqui... — minha expressão muda para triste e ele se acaba de rir

— minha casa é caminho.. eu te deixo lá, vem — ele volta para o carro

— sério? — sorrio juntando as mãos. Ele assinte e me levanto contente indo até o banco do passageiro, após eu colocar o sinto ele liga o carro e arranca. — sobre hoje mais cedo.. — indago mas ele me corta

— não conhecia esse seu lado.. mas adorei conhecer.. — ele me olha e sorri maliciosamente me deixando sem graça.

— não vou poder ir te ver hoje a noite..

— sério?

— sim, minha cobertura não está disponível

— poxa, que triste! — ele diz desanimado

— não fique triste — faço carinho em seu rosto — temos a vida inteira pela frente.. — ele sorri e para o carro no farol

— tem razão, princesa. — ele sorri e me beija,  um tempo depois somos forçados a parar o beijo, pois o sinal estava aberto e os carros começaram a buzinar. Um tempo depois  ele para o carro. — chegamos. — olho em volta e estávamos 3 casas antes da minha

— essa não é a minha casa

— mas é claro que não, também não poderia parar lá

— por quê não? Você está apenas me dando uma carona..

— porque caronas normais não costumam fazer isso.. — ele me surpreende com um beijo que rapidamente separo

— está maluco? E se meu pai nos cata?

— não seja por isso — ele fecha os vidros e trava a porta — é fumê! — sorrio e volto a beija-lo

— nunca me imaginei beijando um cara que eu queria matar..- comento entre um beijo e outro e ele sorri

ELE - Livro 1 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora