22 - parabéns, Júlia.

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Um ano antes, Pov. Lorenzo.

Eu estava dormindo quando a Júlia me chamou para ir embora, mas depois ela resolveu que iria na água então continuei deitado até ouvir uns grito

— ALGUÉM AJUDA A MOÇA, ELA ESTÁ SE AFOGANDO!! — Júlia. Dou um pulo e a procuro, não a vendo mergulho no mar em direção a pessoa que boiava, e era a Júlia. Rapidamente a pego e nado para fora dalí. Deito-a na areia e uma grande rodinha se forma ao nosso redor

"olha é o Lorenzo" — cochica parte da roda

"Tomara que a moça sobreviva" — cochichava a outra parte.

Faço uma massagem em seu tórax, mas nada dela reagir, já estava começando a me desesperar. Encosto meus lábios no dela e assopro para mandar ar para os pulmões dela, novamente massageio e ela finalmente reage cuspindo água enquanto tossia. Aliviado, sorrio

— graças a Deus, que bom que você está bem! — ela lentamente abre os olhos e sorri, abraço-a aliviado e todos em volta bate palma.

~•••~

Pov. Júlia

Sinto alguém me puxando para fora da água, me deitando na areia e implorando para que voltasse a vida, tento abrir meus olhos mas não conseguia ao menos respirar. Sinto uma enorme vontade de tossir quando alguém da um soco em meu torax reanimando meu coração e com um impulso tusso por fim acordando. Enzo estava rindo, eu também ri, ele me abraçou e todos que estavam assistindo aplaudiram

— Juh, Você está bem? — assinto

— sim, estou — respondo ainda com um pouco de dificuldade

— venha, vamos sair daqui — ele me ajuda a levantar e vamos para o carro

— para onde vamos agora? — pergunto

— para casa, esse pequeno incidente quebrou todo clima de alegria que eu estava sentindo. Não sei o que deu em mim para deixar você entrar no mar sozinha, sendo que nem nadar você sabia..

— mas a culpa não foi sua, eu disse que só molharia o pé

— mesmo assim, eu não me perdoaria se algo te acontecesse, vamos para casa. — ele arranca o motor

— não comenta com a mamãe sobre o pequeno ocorrido não, tá? — ele me encara por um tempo, mas logo sorri

— por que eu contaria? Minha boca é um túmulo! — sorrio e prosseguimos viagem em silêncio. Chegamos em casa e ele me acompanha até meu quarto, me sento em minha cama e ele também — que bom, Juh. Que bom que você está bem!

— estou?

— sim — ele assente e sorri. — você está viva!

— eu estou viva? — pergunto avoada e ele sorri assentindo

— é claro que está!

— meu coração está batendo forte, não tá?

— sim! Muito forte e muito lindo! Eu estava escutando, bemm lindo, fazia assim ó Tum , tum. tum, tum. como um reloginho. — Rimos — Juh, não sei pelo o que você passou, mas a vida te deu outra oportunidade para continuar aproveitando, para continuar lutando, e sofrendo. A vida te deu outra oportunidade para ser feliz, aproveita. Seja feliz!

— não entendi. Para você ser feliz significa lutar e sofrer e todas essas coisas ruins que disse? não tô entendo..

— a vida e o sofrimento anda de mãos dadas, Júlia. Por que as vezes sofrer é um aprendizado, um aprendizado que faz com que você dê mais valor a vida, você entende isso?

ELE - Livro 1 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora