Capítulo 6

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Hoje saiu o epílogo de Engano - 19/07 e fica lá até as 22 horas de amanhã 20/7 - aproveitem lá!!!

Melissa

                Acordei de madrugada, com braços fortes em volta da minha cintura, lembrei do que tinha acontecido e sorri. Corri meus dedos pelo seu cabelo, e adormeci novamente com uma sensação diferente.

                De manhã eu não sabia o que fazer, precisava ir para casa, tomar um banho e pegar meu carro para ir trabalhar, acordei antes dele, não tinha muito tempo e cheguei a pensar em chamar um taxi e partir, mas não o fiz, então resolvi o acordar.

                – Bom dia – falei baixinho tocando em seu braço que tinha o curativo.

                – Bom dia – ele sorriu e me puxou para a cama novamente, me prendendo com seu corpo.

                – Eu tenho que ir, preciso trabalhar, tenho consulta agendada – pela primeira vez depois de muito tempo eu pensei que faltaria um dia de trabalho, mas seria muita irresponsabilidade da minha parte não aparecer na clínica logo em um dia como hoje, em que minha agenda estava lotada.

                – Eu também tenho que ir, mas isso não acaba aqui – ele me encarou sério.

                – Tudo bem, pode ser, mas agora precisamos mesmo ir – eu não queria me iludir com isso, mas também não conseguia imaginar que fosse só uma noite e nada mais, eu não pensava em nada mais sério, mas eu queria ter ao menos mais uma vez a chance de tirar a prova, de entender como ele tinha conseguido algo que eu nunca tinha tido até então.

                Ele levantou, segurou em minhas mãos e me puxou para que eu levantasse também. Então me deu um tapa na bunda e então fomos em busca das nossas roupas. Saímos em seguida. Durante o caminho ele recebeu uma ligação, e só então soltou a minha mão que mais uma vez ele mantinha em seu colo. Quando chegamos em frente ao meu prédio, eu desci e ele me beijou rapidamente, prometeu que estaria a noite no meu plantão para retirada dos pontos e partiu. Eu subi rapidamente, tomei um banho, me arrumei e parti para a clínica, preenchi o meu dia com muito trabalho e minha cabeça foi um tumulto só, pois cada vez que eu lembrava dele, sentia meu corpo estremecer.

                A noite eu o esperei, não tinha seu telefone, e fiquei apreensiva achando que não apareceria. Já era madrugada adentro quando Alyne entrou na minha sala suspirando, dizendo que o capitão do outro dia estava ali para retirada dos pontos, e não tinha aceitado que ela fizesse o trabalho, exigia que eu o atendesse.

                – Que sorte a sua hein doutora – ela brincou e eu corei.

                – Pois é, paciente exigente né?

                – Queria eu ser exigida por ele – ela saiu sorrindo da sala e eu o esperei, soltei meus cabelos da toca, mesmo que fosse só até ele chegar, pois teria que os prender para poder mexer no seu corte. Mordi meus lábios em expectativa e logo ouvi uma batida na porta e autorizei que entrasse.

                – Demorei? – Ele perguntou ao me encarar e fechou a porta.

                – Demorou – confessei, eu estava em pé ao lado da minha mesa.

                Ele veio em minha direção e eu apontei para que fosse até a maca. Ele sorriu e continuou vindo ao meu encontro, só parando quando nossos corpos estavam bem próximos.

                – Pensei em você o dia todo – ele falou pegando em meu cabelo, com uma das mãos, me deixando um pouco nervosa, pois alguém poderia entrar ali.

Além do Prazer - O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora