Capítulo 10

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Olá - tudo bem com vocês?!

Nem sei se alguém ainda espera por essa história - mas saibam que não desisti - a falta de tempo não estava me deixando escrever mas hoje consegui - achei justo postar logo em seguida para quem estiver por aí - curtir esse casa maravilhoso 🤩

CAPITULO 10
A noite estava sendo uma verdadeira festa, erra assim que costumávamos chamar os plantões agitados. Muitas crianças foram atendidas e quando o dia estava praticamente amanhecendo, fui informada de que a polícia estava trazendo alguém ferido, automaticamente senti meu corpo arrepiar, o medo de que algo pudesse ter acontecido com Miguel atormentou o meu coração e me fez perceber que algo estava acontecendo comigo.

          Após perceber que ele estava bem fiquei mais tranquila e segui para o atendimento. combinamos de jantar juntos e foi como uma dose de adrenalina, o cansaço ficou de lado e meu dia ganhou um novo ânimo. Passei a contar os minutos para finalizar meu trabalho, queria passar no mercado pegar algumas coisas e chegar em casa logo.

          Estava saindo do banho quando a campainha tocou, vesti o roupão e corri abrir a porta. Todo de preto, como já havia percebido que ele gostava de se vestir, mas o que me chamou atenção foi o buquê de rosas vermelhas em sua mão, além do sorriso em seus lábios que fazia meu corpo inteiro reagir e seus olhos que sempre pareciam brilhar de uma forma diferente quando estávamos juntos pareceram dilatar quando percorreram meu corpo.

           - Você quer ser minha namorada? - travei, será que tinha ouvido direito?

           - Oi?! - sim, estava parecendo uma babaca.

           - Oi, pensei a tarde toda em como faria isso, mas ao te ver assim, tão linda, não resisti. Você aceita? - Ele foi entrando e logo estava encostada na porta fechada com seu corpo prensando o meu.

            - Sim, claro, aceito, quer dizer, quero sim, ah Miguel - o beijei como se não existisse amanhã. Suas mãos percorreram meu corpo como um estopim, acendendo todas as chamas.

           Todos os meus medos e traumas eram esquecidos quando estava nos braços dele, poderia ser algo perigoso, mas não conseguia pensar nesse momento. A entrega era total, e por mais que lá no fundo pensasse em ir com calma, a explosão me fazia perder a consciência. Tinha algo muito mais forte entre nós, indiscutivelmente estava entregando não só meu corpo, mas também meu coração.

           Era algo que nunca havia vivido, ia além do prazer, nunca havia amado um homem, mas tinha certeza de que o que havia entre nós estava caminhando para esse nível. Sim, eu já tinha tido alguns homens em minha vida, mas nenhum deles durou tempo suficiente para que algum sentimento se instalasse em meu coração, as transas nunca foram boas e sempre me senti mal por isso. Acabava me culpando e automaticamente me afastando, com Miguel tudo estava sendo diferente, principalmente sexo. Os medos e traumas que sempre me assustaram tanto e que acabavam com meus momentos de intimidade, pareciam menores diante dele, do seu jeito, do seu carinho, da sua proteção e da forma como me amava na cama, Era fato, estava me apaixonando perdidamente.
- Talvez não seja muito fácil, e eu posso acabar fazendo alguma besteira, mas quero que tenha paciência comigo e principalmente que não pense tanto no meu trabalho como algo perigoso – Estava tão perdida em meus pensamentos, que foi como despertar ouvindo a sua voz rouca;
- Não deve ser fácil pensar em você correndo os riscos que corre todos os dias, mas vou tentar me conter. Já percebi o quanto você é apaixonado pelo que faz. Só prometa que tomara ainda mais cuidado. - Praticamente supliquei.
- Você está parecendo a minha mãe, que toda vez que fala comigo me faz prometer a mesma coisa, mas tudo bem, sempre me cuido, prometo tomar ainda mais atenção e voltar sempre para os teus braços. – Os beijos recomeçaram, mas tanto ele quanto eu, estávamos morrendo de fome, e nossas barrigas roncando, denunciaram praticamente juntas o mesmo fato, precisávamos primeiro alimentar o corpo. Rimos da situação, então fui em direção a cozinha procurar um vaso em pudesse colocar as flores.
- Podemos pedir algo para comer, seria mais rápido, o que acha? – ele gritou da sala.
- Ok, pode ser sim, alguma preferência? – falei voltando para a sala, já com as flores no vaso com água.
- Pensei em um hamburguer bem suculento e com muito bacon, catchup e maionese, que tal?
- Perfeito – respondi já imaginando onde faríamos o pedido.
Assim que desliguei o telefone, após o pedido realizado, com um delivery próximo que já estava acostumado a me socorrer em várias noites das quais estava sozinha em casa, e que hoje, com certeza estranhou o meu pedido quando o dupliquei, percebi Miguel sentado em meu sofá velho, me observando com um sorriso no canto dos lábios.
- O que foi? – perguntei ao me sentar ao seu lado, encolhendo uma das pernas, deixando a mesma exposta, por ainda estar apenas de roupão.
- Quero te fazer um convite – antes de continuar, seus dedos captaram uma mecha do meu cabelo – Quero que venha comigo domingo em um almoço na casa dos meus pais. Faz tempo que não apareço por lá e meio que já avisei minha mãe que levaria alguém especial neste domingo. – ele pareceu apreensivo, será que achava que recusaria seu convite?
- Alguém especial é? – brinquei e ele me puxou para o seu colo – Claro que vou com você – os beijos que vieram em seguida teriam nos levado para outra ação se não fosse o interfone. – Preciso atender, deve ser o nosso lanche – consegui me desvencilhar do seu aperto e ouvi uma espécie de rugido ao e afastar, o que fez com que eu me sentisse uma boba e risse como uma adolescente. Quando mencionei que iria descer até a portaria, Miguel praticamente voou do sofá, se dirigindo para a porta.
- Eu faço isso, não vou deixar que desça assim – ele me olhou como se estivesse nua, o que de fato estava, mas por baixo do roupão. Nem tive tempo de contestar e ouvi o baque da porta. O prédio não permitia a entrada de entregadores, então esse era sempre o inconveniente de pedir comida, mas Marcos o rapaz que sempre trazia meu lanche desse delivery, já era um velho amigo, então muitas vezes o atendia até mesmo de pijama, claro que meus pijamas eram sempre muito comportados, mas até então nunca tinha visto problema naquilo. Até que me Miguel retornou com nossos lanches e uma cara emburrada.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupada.
- Tirando a decepção do entregador ao ver quem o atendeu para a entrega do lanche? Ou o fato de que ele está a fim de você, acho que não, o lanche está com um cheiro bom, vamos comer, estou com fome. – Imediatamente percebi seus ciúmes, mas aquilo era tão estranho e tão fora de contexto, que resolvi fingir que não havia percebido, juntei-me a ele na bancada e nos alimentamos em silêncio.
- Desculpa – ouvi de repente, antes que aproximasse seu nariz do meu pescoço – Fui um idiota, perdi a noção quando aquele rapaz pareceu querer tirar satisfação comigo, e saber mais de você. Sei que parece estranho, não sou assim, eu acho, mas com você, tudo parece estar sendo diferente. Confesso que nunca tinha sentido tanto ciúmes.
- Não seja bobo, Marcos é um jovem atencioso, somos velhos amigos, há muito tempo ele entrega meus lanches, mas é só isso, nos tornamos amigos – o encarei e sorri, tentando mostrar que poderia compreender, mas que era uma bobagem.
- Fiquei imaginando que se não estivesse aqui, você teria descido atende-lo somente com esse roupão, não foi algo que me ajudou, quando ele começou a fazer muitas perguntas sobre você – Não aguentei e acabei gargalhando.
- Se não estivesse aqui eu teria saído do banho e colocado meu pijama, não estaria de roupão – me arrependi assim que as palavras saíram, pois seu olhar enfurecido voltou, tentei consertar rapidamente – Calma, não se trata de nenhum baby doll sexy, muito pelo contrário, mais parecem roupas velhas do que um pijama de verdade, são muito comportados por sinal, nem teria coragem de usá-los com você aqui. Quando percebi que ele ainda estava cismado com a questão, resolvi usar de tática que vi em um filme certa vez. Desci da minha banqueta e fui ficar entre as suas pernas, acariciei a sua nuca, algo que já havia percebido que ele gostava e comecei a beijá-lo.
- Está tentando me seduzir doutora? – perguntou ao mesmo tempo em que se levantou e me segurou pela bunda, caminhando comigo de volta até o sofá.
- Estou sim capitão, acabei de aceitar um pedido de namoro e não vou permitir que nada estrague a nossa noite.
- Declaração aceita doutora! – fui colocada no sofá, uma das suas pernas ajoelhou ao meu lado e a outra permanecia apoiada no chão, depois de me observar por alguns segundos, a faixa do meu roupão teve seu nó desatado e suas mãos começaram a percorrer o meu corpo. Estremecia a cada toque e como se já não fosse uma tortura o suficiente, passou a depositar beijos, lambidas e até algumas mordidas, fazendo minha pele incendiar e o meio de minhas pernas latejar.
Miguel ainda estava de roupa, quando explodi em meu primeiro orgasmo, ao ter seus lábios me sugando e seus dedos me preenchendo. Me sentia totalmente extasiada, meu corpo parecia perder os sentidos por alguns minutos, mas foi só o tempo dele arrancar as suas roupas e me pegar em seus braços novamente. Seguimos para o quarto e me vi cheia de expectativas, de repente me sentia uma mulher atraente, sexy e que podia sim, dar prazer a um homem e sentir prazer, desde que esse homem, fosse ele. Nossos corpos tinham o que com certeza chamavam de encaixe perfeito, Miguel sabia que eu tinha alguns gatilhos, e tomava cuidado para não apertá-los, era cuidados, romântico, sexy e acabava de descobrir que muito ciumento, mas no fundo estava gostando daquilo, talvez fosse resultado da carência que tinha, mas não me importava, era bom ser especial para alguém.
Dormir com ele estava se tornando um vício, devido aos plantões, minhas noites de sono eram sempre conturbadas, até o Miguel aparecer. Agora dormia como um anjo aconchegada em seu peito e com minhas pernas entrelaçadas nas suas. Já estava acordada fazia uns quinze minutos, o observando, tinha certeza de que ele já tinha acordado, mas mantinha seus olhos fechados, como no dia que o conheci no hospital. Só que dessa vez ele estava nu na minha cama, então resolvi morder de leve o seu mamilo e acabar com o desejo que estava me consumindo, em ser dele novamente.
- Sabia que você estava acordado – falei assim que ele me jogou contra o colchão e veio por cima do meu corpo.]
- É uma técnica que aprendi no quartel, na minha profissão o melhor a se fazer, é sempre se manter em alerta – uma carreira de beijos percorreu os meus seios.
- Esse sinal de alerta parece bem evidente para mim aqui embaixo – ele estava realmente em sinal de alerta.
- Principalmente tendo você ao meu lado, nua e cheia de desejos, meu sinal de alerta se altera rapidinho – não tive tempo de pensar em uma resposta, gostava desse nosso joguinho, mas a estocada que ganhei me fez perder o ar, não porque tenha doído, muito pelo contrário, estava abraçando seu membro e sentindo minha cavidade pulsar como nunca imaginei que seria possível.
Após aquele sexo matinal, Miguel foi para o banho sob protesto, uma vez que o avisei que iria adiantando o café, pois tinha uma família para conhecer, e não seria legal chegar atrasada ou cima da hora do almoço, na casa da minha sogra.

Não vou nem fazer promessas - mas espero que possamos nos encontrar Mais por aqui!

Bjs - votem e aguarde

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